“Quem eles pensam que são?” Amara levantou o punho de forma agitada. Se Pitter não tivesse reagido rapidamente, sua mandíbula teria sido deslocada por aquele soco.“Meninas não devem xingar,” Pitter franziu as sobrancelhas, embora não pudesse deixar de achar adorável o jeito que ela parecia ao fazer isso.Amara, completamente embriagada, relaxou nos braços dele. Sentia o calor e a segurança que ele transmitia. Sem malícia, ela começou a balbuciar enquanto se acomodava no colo dele: “É só porque sinto que está abaixo de mim… Caso contrário... com esse rosto... eu poderia achar alguém... um apoio bem melhor... Você acha que pode me suprimir? Eu vou achar um agora… já!”Pitter levantou a sobrancelha levemente. Segurou gentilmente a mão dela com sua palma áspera e colocou-a em sua própria coxa, dizendo: “A maior perna da capital está bem aqui. Onde mais você vai encontrar algo melhor?”Amara tocou aquela coxa tonificada e, sem hesitar, gritou: “Não é grande o suficiente! Não é grande de j
– Você… o que você quer fazer? – Amara perguntou, abraçando o volante como se estivesse protegendo algo precioso. Seus olhos estavam fixos em Pitter, que agora se sentava no banco do passageiro, emanando uma aura de tensão contida.Pitter se encostou no assento, o maxilar travado e os olhos fixos em um ponto indefinido. O que ele queria fazer? Ha, melhor que ela nunca descobrisse. Ele puxou o colarinho da camisa branca, desabotoando-o com um gesto brusco. Depois o próximo botão. E mais um.Amara acompanhava cada movimento com uma expressão cautelosa, mas ao mesmo tempo fascinada. Seus olhos percorriam o peitoral firme que começava a se revelar. Por um instante, até se esqueceu do pequeno Théo, que poderia aparecer a qualquer momento.Pitter, perdido em seus pensamentos, lutava contra as emoções que o dominavam desde o início daquela noite. O ciúme o corroía, algo tão irracional que o fazia duvidar de si mesmo. Era um carro, afinal. Ele soltou um suspiro longo, pegou um cigarro e o ace
Ou talvez Amara devesse dizer que não foi Asllan que mudou, mas sim que ele sempre escondeu seu verdadeiro eu, e ela nunca o entendeu de verdade.O olhar de Amara inadvertidamente pousou nos vestígios de sangue nas costas da mão de Pitter, e ela perguntou: “P… Pitter, o que aconteceu com sua mão?”Pitter olhou para aquele círculo de marcas de dentes, depois voltou seu olhar para ela com um esboço de sorriso: “O que você acha?”Amara engoliu em seco. “Essas marcas de dentes… parecem um pouco familiares…”Havia um traço de elogio na expressão de Pitter. “Boa observação.”“Uh, obrigada pelo elogio.” Amara tossiu e sorriu sem jeito, antes de perguntar cautelosamente: “Eu fiz isso?”“Você acha que estou te incriminando? Pode me morder de novo para comparar.” Pitter sugeriu, estendendo a mão para ela.Amara acenou rapidamente com as mãos, envergonhada. “Não precisa! Definitivamente, não há necessidade disso! Eu admito! Admito que fui eu! Mas… o que aconteceu ontem à noite? Depois que comece
“O que há de errado? Você não está satisfeita?” Pitter estava de pé atrás dela.Amara tocou a testa, suspirando. “Não é uma questão de satisfação...”“Então, o que há de errado?”“Senhor, Pitter...”“Use meu nome.”“Ok, Pitter, você não acha que está me tratando... bem demais?” Ele a estava tratando de uma forma tão especial que ela não podia evitar pensar errado.“Você finalmente percebeu.” Pitter tinha a aparência de quem acabava de ensinar algo importante a uma criança.Amara ficou sem palavras. Vendo sua expressão conflituosa, os olhos de Pitter escureceram por um instante antes de voltarem ao normal. “Você salvou Théo, e ele ainda precisa da sua ajuda por um longo período. Há algo errado em tratá-la bem?”Ele pausou por um momento, olhando diretamente para ela. “Ou você prefere que eu use outros métodos para mostrar minha gratidão?”Ao ouvir isso, Amara relaxou. Então ela havia entendido tudo errado. Uma grande pedra parecia ter saído de seu coração. Ela rapidamente acenou com as
Hoje marcou o primeiro dia de filmagem nos estúdios nos arredores da capital.A cena de abertura era um banquete real onde o imperador receberia emissários estrangeiros. O sétimo príncipe, Dalln Levastt, e sua consorte, Ghorett Pleys, usariam de sua astúcia para lidar com os desafios apresentados pelos visitantes. Como a Consorte, Amara não precisava desempenhar um papel ativo; sua presença era meramente decorativa, como um ornamento gracioso ao lado do imperador. Mesmo assim, as roupas elaboradas e as camadas de tecido em um dia tão quente eram quase insuportáveis.As vestes de Amara eram as mais intrincadas do elenco. Não apenas o tecido era espesso, mas os enfeites e os adornos na cabeça pesavam quilos. Após filmar uma única cena, embora não fosse visível, Amara suava intensamente por baixo de todo aquele figurino.Assim que o diretor gritou “Corta!”, os dois assistentes de Melissa correram imediatamente para atendê-la. Um a abanava enquanto o outro lhe entregava água, e sua cadeir
Amara segurou a testa e caminhou agressivamente. "Nem vou mencionar o envio de flores para me provocar, mas você sabe que a notícia do seu retorno já vazou. A mídia e seus fãs vão inundar o aeroporto! Você quer mesmo que eu vá te buscar? Quer que eu seja esmagada por eles? Eu só terminei com você uma vez! Não vale a pena me dar tanto trabalho!""Estou te dando trabalho? É uma oportunidade gratuita para você ganhar fama, algo que muitas estrelas desejam e nem conseguem!""Eu. Não. Preciso. Disso!""Tudo bem, então! Não quer vir, não é? Pois vou contar para o mundo inteiro que você me largou! Não me importo de ser humilhado, mas quero deixar todos saberem para fazerem justiça por mim!" Ele respondeu com descarada provocação."Você..." Amara sentiu os pulmões prestes a explodir de raiva. A coisa mais estúpida que já havia feito em sua vida foi se envolver com alguém tão encrenqueiro como Lenno.Mas será que ele achava que ela não era capaz de lidar com esses joguinhos baratos?Um sorriso
O calor parecia incinerar cada célula do corpo de Amara. Era um incêndio interno, ardente como lava, e a única chance de alívio estava no toque do homem à sua frente...Instintivamente, seus dedos se agarraram à pele fria e marmórea. A sobrevivência falava mais alto, eliminando qualquer resistência. A dor misturava-se ao prazer, crescendo devagar, intensificando-se como fogos de artifício iluminando o céu noturno de sua mente. Era como estar à deriva em um mar escaldante, subindo e descendo sem controle, completamente incapaz de escapar.“Ei, acorde... Está frio aqui, você pode pegar um resfriado.”Um toque em seu ombro fez Amara abrir os olhos ligeiramente. O olhar preocupado da enfermeira trouxe-a de volta à realidade. Ainda desorientada, ela sentiu o calor ruborizar seu rosto, como se tivesse sido pega em flagrante.Droga. Mesmo depois de tanto tempo, aquela noite, cheia de calor e descontrole com Asllan, continuava invadindo seus sonhos.Por estar bêbada a ponto de perder a consci
Cinco anos se passaram.No bar Eton, em um corredor isolado no último andar, Amara estava com a cabeça latejando após horas acompanhando alguns investidores. Procurando um lugar tranquilo para se recompor, ela encontrou um canto discreto. Porém, antes que pudesse relaxar, ouviu os passos determinados de Pillar, sua empresária, que a seguira até ali.Amara respirou fundo, reunindo energia para encará-la.– Pillar, o que você quer? – perguntou, visivelmente cansada.– Amara, deixe-me ser direta: você se inscreveu para o teste do papel principal feminino em Se Amar nas Estrelas? – Pillar cruzou os braços, a expressão carregada.– Sim. E daí? – respondeu Amara, erguendo uma sobrancelha.– Você não tem permissão para ir amanhã! – Pillar declarou com firmeza.Embora soubesse que deveria se surpreender, Amara apenas sorriu de leve.– E qual seria o motivo?– Agiu pelas minhas costas! Como sua empresária, eu já havia providenciado para Melissa fazer o teste.– Isso não impede minha inscrição,