EmilyA manhã estava ensolarada, mas uma leve brisa entrava pela janela, trazendo uma sensação de frescor e calma. Oliver e eu estávamos a caminho da clínica para mais uma consulta do bebê, e, dessa vez, algo parecia diferente. Estávamos no terceiro trimestre, e tudo parecia mais real do que nunca. Eu sentia cada movimento do bebê com mais intensidade, como se ele estivesse tão ansioso quanto nós para finalmente chegar.— Você está nervosa? — Oliver perguntou, olhando para mim enquanto dirigia.— Um pouco. — Respondi, rindo suavemente. — Não sei por quê, já fizemos isso tantas vezes, mas sempre parece um evento.— Porque é. — Ele disse, sorrindo. — Cada consulta é um passo mais perto de conhecermos o nosso pequeno.Ele segurou minha mão enquanto dirigia, um gesto que sempre me fazia sentir segura.Ao chegarmos à clínica, fomos recebidos pelo sorriso caloroso da recepcionista, que já parecia nos conhecer bem. Não demorou muito para que o médico nos chamasse, e entramos juntos na sala d
EmilyEntrar naquela sala de reuniões tinha um peso diferente dessa vez. Não era mais a incerteza ou o nervosismo que me acompanhavam, mas uma sensação de confiança que crescia a cada dia. Os olhares que antes carregavam desconfiança agora me viam com respeito. E saber disso me dava forças para continuar mostrando que eu merecia estar ali.Ao sentar na mesa, ainda era estranho me ver como liderando projetos de um departamento. Mas Dan, que estava ao meu lado, me lembrou de que aquela posição era fruto de muito trabalho e dedicação, não um presente ou favor.— Então, pessoal, antes de começarmos, quero agradecer por todo o esforço no último projeto. — Disse, olhando para cada pessoa ao redor da mesa. — Foi um trabalho incrível, e eu sei que não teria sido possível sem o comprometimento de cada um aqui.Houve sorrisos e acenos de cabeça. Dan, sempre o primeiro a quebrar o gelo, falou:— Não teria sido possível sem você nos guiando, Emily. Você merece todo o crédito por transformar uma i
OliverOs últimos dias haviam sido uma montanha-russa, mas, finalmente, sentia como se as peças do tabuleiro estivessem se encaixando. Depois de meses de planejamento, reuniões intermináveis e estratégias meticulosamente calculadas, eu havia recuperado o controle total da minha empresa.As ações que um dia pertenciam à família Harrington agora estavam em minhas mãos. Foi uma aquisição discreta, quase silenciosa, mas extremamente eficaz. Com a reputação de Sofia completamente arruinada e os negócios de seu pai sofrendo com o impacto de nossas revelações, eles não tiveram escolha a não ser vender. Eu sabia que, ao assumir o controle, poderia não apenas garantir a estabilidade da empresa, mas também eliminar qualquer influência restante da família Harrington.Enquanto revisava os documentos finais no meu escritório, senti uma satisfação que há muito tempo parecia fora de alcance. Essa vitória não era apenas sobre negócios; era pessoal. Cada ação recuperada era um lembrete de que Sofia e
OliverA manhã estava fria e silenciosa quando saímos de casa. Emily estava ao meu lado, mais calma do que eu esperava. Desde que Sofia havia sido detida, um peso parecia ter sido tirado de nossos ombros. No entanto, havia uma última peça que precisava ser resolvida: Fernando. Ele ainda estava lá, como uma sombra do passado, e precisávamos garantir que nunca mais pudesse nos atingir.No caminho para a prisão, o silêncio no carro era quebrado apenas pelo som do motor e pelo leve som de Emily mexendo em sua pulseira, um hábito que eu havia notado quando ela estava nervosa. Olhei para ela rapidamente, mas não disse nada. Eu sabia que esse encontro seria emocionalmente pesado para ela, mesmo que ela não quisesse admitir.Chegamos ao presídio e fomos escoltados por guardas até a sala de visitas. O ambiente era sombrio, com paredes cinzentas e iluminação artificial. Fernando já estava sentado, algemado à mesa. Quando nos viu, seus olhos se fixaram diretamente em Emily. Havia algo diferente
EmilyO céu estava tingido de um azul suave, com nuvens dispersas que pareciam pintadas à mão. A estrada até a fazenda dos meus pais sempre me trazia uma sensação de nostalgia. Era o lugar onde eu havia crescido, onde muitas das minhas memórias mais preciosas estavam guardadas. Agora, voltar ali, casada e grávida, parecia um marco na minha vida.Oliver segurava minha mão enquanto dirigia. Seus dedos acariciavam os meus de vez em quando, um gesto silencioso de conforto. O rádio tocava uma melodia tranquila, mas estávamos mais envolvidos no silêncio confortável entre nós.— Como está se sentindo? — Ele perguntou, sem tirar os olhos da estrada.— Bem. — Respondi, sorrindo. — Só um pouco ansiosa. Faz tanto tempo que não passamos um tempo assim com meus pais.— Eles estão ansiosos para nos ver. — Disse ele, apertando minha mão suavemente. — Especialmente agora, com o neto tão perto de chegar.O simples pensamento do bebê trouxe um calor ao meu peito. Levei a mão livre até minha barriga e a
EmilyA manhã seguinte na fazenda começou com o som suave dos pássaros cantando e o cheiro de café fresco vindo da cozinha. Abri os olhos lentamente, sentindo o calor do corpo de Oliver ao meu lado. Ele já estava acordado, me observando com aquele sorriso encantador que sempre parecia me roubar o fôlego.— Bom dia, minha leoa. — Disse ele, a voz rouca de sono.Eu ri, ainda me espreguiçando.— Leoa?— Você está sempre com fome, sua barriga estava roncando. — Ele brincou, beijando minha testa. — Falando nisso, tenho um plano para essa manhã.— Um plano? — Perguntei, curiosa, sentando-me na cama.— Cachoeira. Vamos fazer um piquenique. Eu já organizei tudo.Senti meu coração se aquecer com a ideia.— Parece maravilhoso. Quero muito ir.— Eu sabia que você gostaria. — Disse ele, levantando-se e começando a se vestir.Enquanto nos preparávamos, a energia animada de Oliver era contagiante. Quando descemos para a cozinha, encontramos meus pais lá, rindo de algo.— E o casal finalmente aparec
Oliver Enquanto Emily terminava de comer, fiquei observando cada detalhe dela. Seus olhos brilhavam, e o sorriso suave nos lábios me fazia querer devorá-la ali mesmo. Quando ela terminou, não consegui conter um sorriso malicioso que escapou do meu rosto.— O que foi? — Ela perguntou, arqueando uma sobrancelha, divertida.— Estava só pensando que agora que você já se alimentou, é a minha vez. — Respondi, minha voz baixa e carregada de intenção.Emily riu, mas havia um brilho curioso em seus olhos.— E o que você quer comer?A pergunta não era inocente, e a forma como ela me olhou, inclinando a cabeça levemente, fez o desejo em meu peito crescer ainda mais. Inclinei-me para frente, aproximando-me dela, e coloquei minha mão em sua coxa, acariciando suavemente.— A melhor coisa sobre você estar sempre de vestido ultimamente... — Comecei, minha voz baixa, quase um sussurro. — É que o acesso ao meu paraíso ficou tão fácil.Ela abriu a boca para dizer algo, mas eu não dei tempo. Deitei-a su
OliverA viagem de volta para casa foi tranquila, mas minha mente não conseguia desligar. Cada quilômetro percorrido me aproximava de uma nova realidade, uma que estava ansioso para viver, mas que também carregava uma responsabilidade esmagadora. Eu seria pai. Não apenas o homem que protegia e amava Emily, mas também alguém que teria que ensinar, guiar e estar presente para nosso filho.Eu me perdi nesses pensamentos, a paisagem passando como um borrão ao meu redor, enquanto minha mente revisitava todas as decisões que me trouxeram até aqui. As boas e as ruins. Será que eu estava pronto? Será que eu saberia ser um bom pai?— Em que está pensando? — Perguntou Emily ao meu lado, sua voz doce quebrando o silêncio. Ela tinha a cabeça encostada na janela, observando a paisagem com um leve sorriso, mas agora me olhava curiosa.— No que está por vir. — Respondi, sorrindo suavemente. — Estamos prestes a começar algo completamente novo, e quero que tudo esteja perfeito para você e para o bebê.