Chelsea— Acho que você deveria diminuir as suas aulas, se não, como vai fazer a tatuagem? — Pergunto a ele. Quando falei com Anelise mais cedo, ela me disse que já começou a fazer a sua, também mencionou meio chorosa que é um pouco mais doloroso do que imaginava.No final, acabou dizendo que ter uma criança é ainda pior e riu.Na hora eu também ri, mas quando me lembro de que estou bem perto de ter duas delas meu coração tropica. Sei que não tem como evitar a dor, nem quero fazer uma cesariana se não for necessário, entretanto, ignorar completamente o medo parece errado.Talvez porque eu continue pensando em um monte de coisas inúteis. Continuo me relembrando daquela noite em que saí com Marshall. Me lembro de que, apesar da raiva, aceitei uma garrafa de água que ele me ofereceu assim que peguei minhas coisas para ir embora.Tinha a intenção de ir para casa, já que sabia que eu havia passado dos limites. Contudo, no dia seguinte, acordei numa cama de hotel. Por mais que eu tente me re
Chelsea— Você… porque voc... — Nem consigo dizer uma frase coerentemente enquanto ele sorri de modo orgulhoso enquanto me olha da posição que tomou no meio das minhas pernas.— O que foi gatinha? — Me pergunta como se não soubesse do estrago que causa em mim. Minha sanidade facilmente se estilhaça na sua presença.— Já não conseguiu a sua recompensa? — Questiono, feliz por conseguir formar uma frase coerente de novo.— Não acho que tenho o suficiente do seu gosto na minha boca — fala, como se fosse uma frase simples, ignorando que eu ainda sinto os tremores do segundo orgasmo provocado.— Acho que tem sim — replico, me curvando para segurar em seu cabelo, impedindo-o de me atacar com a sua língua mais uma vez. Acabarei morrendo antes de chegar no prato principal. — Espere, se você se mexer, juro que vou te dar um soco — ameaço, mudando minha posição para ficar de lado, já que não estou confiante em aguentar o peso do meu corpo em meus braços.Embora ele sempre esteja disposto a me se
Chelsea— Você me fode, depois vem me alisar — murmuro para o meu namorado.Atentamente, observo os seus movimentos enquanto massageia o meu corpo.— Se eu não equilibrar as coisas, você pode tentar me chutar — fala, não sei em qual dos sentidos ele quis dizer, mas independente dele, eu não seria capaz disso.Por qual motivo eu o chutaria?— Está muito sonolenta? — Pergunta, já que bocejei várias vezes durante o seu processo de me deixar cheirando a óleo corporal.— Um pouco — balbucio, mas deve ser porque estou relaxada demais.Deve ser impossível sair completamente bem depois de uma rodada de sexo como a que fizemos. Ainda consigo sentir como se ele estivesse dentro de mim. Realmente não mente quando diz que fará com que me lembre de cada um dos detalhes do que fazemos.Sexo nunca foi tão bom assim. Era razoável, dava parar tirar um sorriso de mim, mas eu nunca tive tantos orgasmos como tenho quando ele decide colocar as suas mãos em mim.— No que está pensando tanto?— Em quantas v
Chelsea— Nós recebemos muitas inscrições para as aulas — digo para Portia e a alegria dela é muito mais indescritível do que eu esperaria ver no rosto de alguém que começará a ter problemas a mais para resolver.Terá partes disso que ela amará, entretanto, também haverá os detalhes que farão com que ela fique de cabeça quente. No momento em que ela percebeu que a obra seguiria com um progresso rápido, trabalhou com muito mais animação. Agora que já recebeu basicamente um alvará de que está livre para começar quando quiser, fica ainda mais alegre.Não posso reclamar, uma vez que eu também ganharei muito com isso.Ela faz o que gosta e eu expando os meus negócios.Obviamente tenho muito que agradecer a Archie pela questão da obra ter sido resolvida com tanta facilidade, se não fosse a ajuda dele eu ficaria muito mais encrencada, isso é claro.Meu conhecimento nesse campo é limitado, e o dinheiro me limitaria ainda mais, entretanto, com ele pondo a sua mão em tudo pude realizar todas as
ChelseaAinda que não seja um pensamento que deva manter em mente, às vezes me pergunto se eu deveria ter olhado melhor para o que eu fazia. Tudo movido pelas paranoias que passei a criar em minha cabeça depois de esclarecer partes do que houve naquela noite com Marshall.Fico me perguntando em que ponto acabei enredada no plano dele. Me questiono sobre cada momento em que fiquei com ele. Me interrogo acerca das ocasiões em que pensei que gostava dele.“Quão cega eu estava?” é a questão que não sai da minha cabeça.Entretanto, o que me irrita ainda mais é o que vem depois. Fico me perguntando se também tem alguma coisa que eu não vejo na minha relação com Archie e odeio que o que aquele desgraçado fez comigo brinque com a minha mente a esse ponto.Esse é o porquê de ter pedido para ter mais sessões na terapia. Não quero que o que aconteceu interfira no que tenho com Archie. Uma marca feita por Marshall não pode continuar fodendo a minha vida.— Você fica tão sexy quando está concentra
Chelsea— Você não cansa de me surpreender, não é? — Questiono analisando o local e consigo reconhecer alguns nomes nas obras em exposição, algumas delas estão aqui desde a época que eu era uma estudante e a bancada não as tirou para colocar outras no lugar.— Você sabe que é a pessoa mais importante na minha vida — diz ele, sem preocupação pelo que as pessoas em torno de nos podem ouvir. Independente de como interpretem o seu amor, ele está disposto a aceitar.Às vezes nem tenho certeza de se ele sabe o quanto as suas palavras me impactam.— Quando menciona seus dias como estudante mostra algumas preocupações, como se não tivesse feito tudo o que podia, eu só queria que você soubesse que deixou uma marca — esclarece se aproximando para me abraçar por trás.Beija o lado do meu rosto, e a risada baixa dele em meu ouvido é como um manjar que deixa a minha mente nadando em emoções felizes. Não tem como impedir, apenas acontece.— Só precisei perguntar a algumas pessoas sobre o que havia
Kenneth— Ei, você está muito preocupado, exalando preocupação — aviso a Archie.Chelsea conversa com Anelise muito calmamente, embora as contrações tenham se iniciado. Nossa irmã continua esperando que ela tenha a passagem para o nascimento dos bebês. Como não tem nada de errado com Chelsea e o processo ocorre naturalmente sem obstáculos, é o que foi decidido.— Sei que tenho me preparado para apoiar ela, mas sempre que vejo ela com dor, sinto que eu não fiz nada — conta-me o meu irmão. Nunca terei certeza do que ele experimenta nesse momento, mas entendo que queira impedi-la de sofrer.Infelizmente, não temos como melhorar muito o que ela sentirá.Archie a acompanha sempre que ela faz exercícios recomendados por Anelise e até conta as respirações dela para Chelsea não pensar um segundo que seja que está sozinha. Creio que nada disso será o bastante para ele.— Apoiá-la agora é importante, e eu sei que ela entende que você também tem motivos para ficar nervoso — asseguro para Archie.
Chelsea— Você está fazendo todo mundo pensar que tenho uma doença terminal — aviso a ele, ouço as risadas de seus irmãos enquanto ficam jogando conversa fora no momento em que as visitas são permitidas.Já faz três dias desde que tive os meninos, ainda assim, ele está tão cauteloso quanto no primeiro dia. Archie nem sai do hospital. Temos sorte de seus irmãos resolverem todas as pendências que ocorrem. Trazem tudo que ele pode precisar.Eleonor e Karl também vieram me visitar, mas eles sempre voltam mais rápido para poder estar com Melissa, já que mantê-la no hospital comigo não seria saudável e Archie não quer que eu saia até que tudo esteja bem.Anelise disse algumas vezes a ele que tudo correu bem, que os meninos estão saudáveis e que eu também, entretanto, as palavras passam pelos seus ouvidos sem que ele as retenha.— Só não quero que você se esforce nesses primeiros dias — me fala o que tenho escutado repetidamente. É exatamente desse modo, ele não me deixa fazer nada, se eu ai