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“A viagem dos sonhos...”
— OH!!! GENTE, não sei nem como agradecer todo carinho que vocês tiveram comigo, e por me acompanhar até aqui no aeroporto, obrigada mesmo por todo esse amor, jamais poderei retribuir tanto carinho, e tanto amor.
— Não precisa agradecer – falou o pai, feliz por poder realizar o sonho de sua filha tão querida.
— Vamos sentir saudades, filha, mas não volte antes de se divertir e descansar bastante, merece mais do que ninguém essa férias, por isso aproveite.
— Obrigada, mãe, cuide bem do Mark, beijos gente, amo todos vocês – e entrou no portão de embarque de passageiros.
ERA A SUA QUINQUAGÉSIMA viagem de avião, segundo ela, então não estava tão apreensiva, pois quando criança, Daiana e sua irmã Mikaela ganharam uma viagem para a Florida, jamais esqueceram daquela viagem, pois elas sempre foram mais rivais do que irmãs, mas depois daquela viagem, viraram irmãs de verdade, pois foram sozinhas, e tiveram que aprender a compartilhar tudo o que viviam juntas.
O caminho do hall de embarque até o avião era mais longo do que Daiana se lembrava, ela não imaginava que faziam anos que não entrava em um avião e desfrutaria de uma loucura, a última vez tinha sido em sua lua-de-mel, quando foram para as Bahamas e no fim dos dois meses de férias e lua-de-mel ela se descobriu grávida.
Ela nunca soube ao certo como tudo aconteceu e o pior, como tudo terminou entre ela e seu ex marido, ela só entendia que tudo foi acontecendo na mais pura nostalgia que quando viram a realidade entenderam que um não era para o outro.
Ambos se achavam os melhores ex um do outro do mundo, pois continuaram amigos e sempre fizeram de tudo pela felicidade do filho, indiferente do resultado negativo que o casamento tomou, a conta positiva ainda era algo relevante a ser considerada.
Para Daiana um casamento não era baseado sobre o que acontecia na cama, ela era sexualmente realizada, o que não era é pessoalmente realizada, era como se algo importante naquela máquina
DAIANA SE SENTOU ao lado de um senhor muito gentil, Sr. Harrison, já era de idade avançada, mas era muito inteligente e de uma conversa agradável.
— Olá! Prazer, me chamo Dorian Harrison – cumprimentou-a com um sorriso aberto e feliz.
— Prazer, Sr. Harrison, me chamo Daiana... Daiana Pearson.
— Oh! Pearson? Esse sobrenome não me é estranho, estudei com um Pearson no colégio, fazia bastante sucesso entre as mulheres, se não me engano, se chamava Bastian Pearson, loiro de olhos verdes escuros, muito inteligente...
— Bastian Pearson? Você conheceu Bastian Pearson?
— Sim.
— Bastian Pearson era meu avô, ele morreu quando eu estava ainda no ventre de minha mãe...
— Que triste notícia, minha querida, e que feliz coincidência de encontrar a neta de um dos homens que eu mais admirava em minha adolescência.
— Oh! Sr. Harrison, adoraria saber das histórias de meu avô, se não fosse incômodo ao senhor me contar.
O senhor deu um belo sorriso como quem se lembra de um sonho bom.
— Claro, minha querida, me dá até satisfação de lembrar daqueles felizes momentos que eu tive, devo muito ao seu avô, era um rapaz extraordinário, além de inteligente, era muito comunicativo, tinha um prazer sem igual de ajudar as pessoas, todos adoravam o Bastian, era o melhor jogador de basquete que tínhamos, não apenas pela sua mira impressionante, mas porque ele não era “fominha”, como a gente chamava aquelas pessoas que jogavam para elas mesmas, querendo impressionar alguém, normalmente uma garota, ele não, ele jogava para o time, era um exemplo a ser seguido.
— Que louvável, Sr. Harrison, essas coisas, minha avó jamais contou.
— Como se chama sua avó, pequena Pearson?
— Tara... Tara Pearson.
— Tara? Hum!!! Lembro-me dela também, é bom saber que conseguiu se casar com ele, me lembro que era muito apaixonada por ele.
— Isso ela me contou, e que demorou para conseguir conquista-lo...
— Não posso afirmar, pois quando sai do colégio, fui para Paris, meus pais se mudaram para lá, e acabei fazendo minha faculdade, mas Tara era uma garota linda, uma das mais desejadas da escola, não me admira você ter herdado a sua beleza, pelo menos, o brilho dos seus olhos, é inegável de dizer que você não ser neta de Tara... Poxa... Como o tempo passa, parece que foi ontem, toda aquela loucura, as festas, as namoradas, que tempo bom eram aqueles.
— Mas me conte mais sobre meu avô, Sr. Harrison.
— Em geral, ele era tudo que um homem gostaria de ser com a sua idade, ele era famoso, tinha a garota que quisesse, mas dispensava a maioria delas, naquela época ele namorava uma líder de torcida, Jean se não me engano, Jean MacEvan, era lindíssima, morria de ciúmes de sua avó, mas já desconfiava que no fim, ele ficaria com a sua avó, já que a Tara era uma garota doce, meiga, estudiosa, já a Jean se gabava de sua beleza e talento em seus flertes nos melhores rapazes do colégio
— Ninguém merece ficar com pessoas egoístas mesmo.
— Todos nós sabemos que existem pessoas boas e más na vida, indiferente da idade, e a Tara e a Jean representava exatamente isso, Jean era atrevida demais para seu avô, todos percebiam isso, ela não dava liberdade para nada, tinha um ciúmes doentio, todos ficavam constrangidos pelo Bastian por causa de suas crises, toda vez que ele terminava, ela se humilhava e chorava para ele voltar, acho que por dó dela, voltava, mas em uma semana, aquela loucura toda retornava, como um viciado em drogas, foram inúmeras vezes que seu avô terminou com ela, e dou a ele toda razão.
— Nossa! É realmente fantástico saber sobre ele, todo mundo conhece um pouco dele, menos eu, só vi algumas fotos, algumas poucas histórias, mas nada real, apenas poucas aventuras com minha avó, sua lua-de-mel em Lisboa, coisas assim.
— É uma satisfação conhecer a neta de alguém tão admirável em meu tempo, chega a ser uma honra, eu e seu avô não éramos amigos íntimos, mas sempre o admirei muito, gostaria de revê-lo novamente, mas acho que só o verei no céu agora, irei descansar um pouco minha jovem, logo mais, me acorde quando chegarmos em Sydney por favor...
— Claro, Sr. Harrison, não tenho palavras para te agradecer por falar do meu avô.
— É um prazer falar de alguém como ele, até mais – vira a cabeça e fecha os olhos e dorme.
Que loucura, meu Deus – pensou ela consigo mesma... – sempre sonhei com meu avô de um jeito, do jeito que a vovó sempre me contava, e agora do nada, aparece esse senhor e me conta coisas fantásticas sobre ele, essa já está sendo uma viagem inesquecível, já valeu a pena...
Vira e dorme também...
4“Uma perda inesperada”DAIANA ESTAVA com o sono leve, quase despertando quando ouviu a comissária falando gentilmente ao comunicador:— Pedimos a gentileza que apertem os cintos, pois iremos aterrissar.Daiana se ajeitou e percebeu que aquela cochilada a havia revigorado bastante, não imaginava que estivesse tão cansada, geralmente não dormia em viagens de avião, mas da Inglaterra à Austrália eram vinte e uma horas de viagem e por mais que o senhor Harrison tivesse uma conversa agradabilíssima, o que para ela qualquer conversa longe do mundo jurídico já era agradável, ainda teria que descansar um pouquinhoEla teve um sonho maravilhoso em que estava em uma praia paradisíaca e via um homem tocando lindamente um violino, o que não fazia sentido algum, afinal...Quem iria tocar violino em u
5“Um doce encontro...”DAIANA PEARSON saiu desolada daquele avião, que tristeza havia se instalado em seu coração, poucas horas atrás, nem sabia que aquele senhor existia, e de repente, está ela ali chorando, como se o conhecesse há décadas, como se fosse da sua própria família.De repente, ela recebe um esbarrão e cai suas coisas no chão— Me desculpe... – disse sem saber se estava certa ou errada, estava tão longe das capitais que provavelmente ela é quem havia se esbarrado e não vice-versa.— Me perdoe – a outra pessoa foi tão sincera quanto ela.Seus olhares se cruzaram, como o sol que se encontra com o céu em todas as manhãs, trazendo vida e um amanhecer mais belo que o entardecer anterior, difícil dizer algo que seu soment
6“Tudo começa no olhar...”— ALÔ! DÊ... é a Dai...— Oi!!! Como foi a viagem? – Disse Denise com voz nitidamente sonolenta.— Foi maravilhosa, muito tranquilo, realmente emocionante, aconteceu de tudo, um homem morreu ao meu lado enquanto dormia... – ela fez uma pausa proposital – conheci uma pessoa que você não vai acreditar... um deus grego.— Sério? Me conta vai!!! Você já o beijou? Como foi?— Nada disso, sua boba, você só pensa em besteiras mesmo, hein? Nunca vi igual, apenas o conheci, parecia uma cena de cinema, ele se esbarrou em mim, mas quando olhei em seus olhos, parecia que estava em um sonho, senti como se a minha vida tivesse dado um giro de 180º, como se tivesse vivido a vida toda para viver aquele momento mágico, aquel
7“Tudo é como deve ser...”DAIANA OUVE alguém bater levemente na porta.— Quem será a esse horário? São seis da manhã.Daiana abre a porta ainda sonolenta e vê uma pessoa com as vestes do hotel.— São para a senhora, uma entrega especial do Sr. Chanieth.Daiana bocejou.— Mas precisava ser entregue a esse horário?— Senhora... São duas horas da tarde.De repente ela realmente acordou abismada com o horário que tinha acordado, nem ela tinha percebido que tinha virado a noite sonhando acordada com Brad e já era quase hora dela voltar a dormir e riu boba consigo mesma.— Poxa vida... É verdade... Me esqueci que estava em outro país, obrigado querido, me perdoe a indelicadeza.— Não foi ind
8“Um convite para o paraíso...”— OH!!! BOB, entre, o que ela respondeu?— Estou certo de que trago boas notícias, senhor.— Fale-me então.— Ela mandou entregar-te este bilhete.Antes mesmo que o rapaz estendesse seus braços pegou o bilhete.— Está bem, Bob, muito obrigado – e entrega uma nota de 50 dólares ao garoto – vejamos o que ela escreveu.Querido Brad...Quão amável é seu conviteQue ninguém falaria nãoSinto-me tão lisonjeada, fruto de AfroditeAmor esse que invade meu coraçãoEspero compreender tudo que existe entre a genteEspero que n&at
9“A batida perfeita de um coração...”— SENHOR CHANIETH... – bate na porta – Senhor Chanieth...Brad abre a porta extremamente ansioso.— Oh! Bob, entre, por favor, fez tudo o que eu te pedi?— Sim senhor, aqui está o vestido que me pediu, e a limusine já está na frente da porta esperando pela senhora Pearson...Brad abre a caixa e analisa detalhadamente sabendo que tudo tinha que estar perfeito para aquela noite.— Acho que ela irá gostar.— Tenho certeza, senhor.Brad sorri para ele satisfeito.— Muito obrigado Bob, leva o vestido para a Sr.ª Pearson junto com este bilhete, eu já estou indo para o teatro fazer a passagem de som, diga a ela que se sente na primeira fileira, o convite é especial, pouquíssimas pessoas o t&e
10“Lugar perfeito, momento perfeito e a pessoa perfeita...”ASSIM QUE BOB saiu do quarto de Brad, acabou cruzando com Daiana no Hall de entrada do hotel.— Senhora Pearson? Aonde a senhora vai?Bob estava parecendo estar sem fôlego.— Irei comprar um vestido, pois hoje à noite irei a um concerto, a convite do Brad e não tenho nada formal para me vestir, por que a pergunta?— Não precisará mais comprar o vestido Sr.ª Pearson, o Sr. Chanieth te mandou este presente, eu mesmo o escolhi, acho que combina perfeitamente com a senhora.Daiana pareceu mais surpreendida do que gostaria de demonstrar.— Vamos até o meu quarto, leve-me o presente, por favor, Bob, vamos ver se tem bom gosto mesmo – e deu um sorriso extremamente agradável e entram no quarto – coloque o presente em
11“Um presente para a vida toda...”DAIANA TERMINOU de se vestir após ter feito a maquiagem e arrumado o cabelo fazendo um elegante coque e se sentia uma princesa, ela, de repente, analisou seu corpo e se sentiu orgulha da beleza que possuía, não era mais uma garotinha de quinze anos de idade, era uma linda mulher entrando na casa dos trinta anos.Diferente do que acontece com muitas mulheres, ter ficado grávida deixou seu corpo na medida certa, deixou-a com cursas sinuosas e sexy.Ela passou a mão por sobre o vestido sentindo as curvas de seu corpo e não culpada Brad por desejá-la, ela realmente estava deslumbrante e se sentia no mesmo nível.Daiana pegou o telefone e ligou para o serviço de quarto.— Alô! Bob? Já estou pronta, estarei esperando no saguão do hotel... – desliga o telefone.