Zack de pé, punhos cerrados, dentes cerrados. O seu olhar era uma mistura de raiva, frustração e dor.Por um momento ele ficou sem palavras. Ficou furioso e magoado com a forma como Andrea tinha assumido a culpa por um caso que nunca tinha acontecido. Ela tinha assumido a responsabilidade por ambos, e a ideia de que a sua família poderia pensar mal dele enfureceu-o.- Embebedaste-me e tiraste partido de mim? -Por que assumiu as culpas por isso?Zack sentiu as suas orelhas a zumbir de raiva. Não em Andrea, é claro, mas em toda a situação que os tinha levado à beira de uma ruptura familiar.-Porque era necessário! Não reparaste como o teu pai olhava para ti?Zack rangeu os seus dentes sem ajuda.-Esse problema era meu, Andrea! Eu devia ter tratado dele, não tu! -Tem alguma ideia do que a minha família vai pensar de vocês? O que o meu pai vai pensar de vocês?-E quem se importa com o que o teu pai pensa de mim? Ele não me vai voltar a ver depois do Natal! É em ti que ele não pode pensar
A respiração de Andrea era rápida e rasa, enquanto que a de Zack era pesada e áspera.-Não se atreva a fazer isso, Zack! -she assobiou enquanto as suas mãos lutavam inutilmente com as cabeçadas. Proíbo-vos!-Você não me proíbe nada, Cupcake! -respondeu enquanto as suas mãos lhe acariciavam os seios e depois apertavam o punho na bainha superior do seu vestido.- Então, peço-vos, não façam isto, deve haver outra maneira!-E não faz mal se quiseres gritar, eu gosto mais assim! - Sorriu para ela com um olhar tão cheio de luxúria que Andrea estremeceu.A próxima coisa que ouviram foi o som de rasgar o tecido e o grunhido de Zack enquanto rasgava aquele vestido do peito aos pés, e Andrea arfou em choque.-Esse era o meu vestido preferido! -Ela despejou enquanto Zack pressionava o seu tronco nu no seu corpo e sentiu aquela erecção feroz contra a sua virilha.-Prometo comprar-te outra, querida, mas não suporto ter mais nada entre ti e mim....- Podias tê-lo tirado dos meus pezinhos", murmurou
Zack acordou com o calor do corpo de Andrea ao seu lado. A sala ainda estava escura, a luz matinal ainda não tinha começado a infiltrar-se através das cortinas finas. Ele sentiu a sua mudança, e durante alguns momentos apenas gostou de a ter só para si. Eles deitavam-se ali, o braço de Zack sobre o corpo de Andrea, as suas pernas entrelaçadas.Não conseguia começar a descrever como era bom estar lá com ela. Estava linda com o cabelo espalhado pela almofada e aquela expressão cansada e satisfeita.Lentamente assistiu ao amanhecer a partir da janela e ouviu o seu ronronar. Inclinou-se sobre ela e deixou um beijo suave nos seus lábios que a fez abrir os olhos.Andrea tentou reunir os seus pensamentos. Os acontecimentos da noite anterior pareciam distantes, como se tivessem acontecido num sonho. Por isso, em vez de pensar no que iria acontecer a seguir, decidiu pôr o seu melhor sorriso e aceitar o que tinha acontecido entre eles. Afinal de contas, só porque ela se tinha deixado ir, não si
-O que deixou o meu pai Adriana?Estas foram as primeiras palavras de Zack quando chegou a casa e conheceu a sua mãe. Estavam todos na sala de estar a brincar com o bebé, excepto o Sr. Nikola que estava a dormir a sua sesta no seu quarto.Luana franziu o sobrolho enquanto o via caminhar pela sala com um passo determinado, a sua força de vontade impondo-se a cada passo.-De que está a falar? - perguntou ela.-O meu pai, ou melhor, a vontade do meu pai! -Ele deixou algo para Adriana, não deixou?Luana olhou para ele com olhos que transmitiam tranquilidade mas também preocupação. Esteve em silêncio durante alguns momentos, como se estivesse a avaliar a sua resposta, e os seus irmãos sentiram a tensão no ar.-Não me mintas... Eu sei que o pai lhe deixou alguma coisa. O que foi?Finalmente, a sua mãe descascou os seus lábios.-Um fundo fiduciário. Um que ele pode retirar quando fizer 18 anos. Como descobriu?-Porque foi isso que deixou Chiara e Noémi fora de controlo! - respondeu ele, e a
Zack sentiu o seu coração levantar-se na garganta à medida que o carro se aproximava. Era demasiado tarde para parar. Estava demasiado longe para recuperar o atraso.Ele nem sequer conseguia que uma voz gritasse.O carro bateu-lhe com força e ela caiu ao chão. Os gritos soaram e Zack correu na sua direcção. Ele viu-a piscar lentamente, atordoada, mas não a deixou mover-se. Atrás dele alguém chamou uma ambulância e logo a sua mãe estava ao seu lado.-O que aconteceu, Zack?-Não sei, mãe, eu ia procurar a Andriana e de repente... ela não olhou, ela só... não olhou quando atravessou...-Estará ela...? Ela não parece muito magoada", murmurou ele porque ela parecia atordoada mas consciente.-Sim... não sei... mas eles estão a chegar...- Obrigado, Deus...Ela olhou nos olhos assustados do seu filho e pegou-lhe na mão num gesto tranquilizador.-Não é culpa sua. Não é culpa sua. Dá má sorte. Ela vai ficar bem.Zack não disse nada. Ele permaneceu em silêncio quando a ambulância chegou e os pa
Andrea sentiu um formigueiro nas palmas das mãos que a fez tremer. Metade dela queria acreditar nisso, e metade não queria.-Ask me in January", murmurou ela, e Zack franziu o sobrolho.-Em Janeiro? porquê Janeiro? - perguntou ele.-Porque é aí que voltaremos à realidade um do outro, Zack", respondeu ela. O Natal é mágico, mas não dura para sempre, não pode durar mil dias, por isso... em Janeiro, quando voltarmos às nossas vidas, perguntem-me novamente se quero ser vossa namorada.Zack sorriu suavemente para ela. Ela estava muito desconfiada, mas depois de tudo o que tinha acontecido, ele não a podia censurar.-Em Janeiro... -Ele abraçou-a e os seus lábios encontraram-se num beijo cheio de promessa.-Tempo para presentes! -Eles ouviram a sua mãe dizer, e os olhos de Andrea foram-se alargando.-Os presentes dos gémeos estão prontos", disse ela e ambos fugiram.Chiara e Noemi já estavam no céu, vendo que os seus presentes eram os maiores debaixo da árvore.-Espera! -Zack avisou, e entre
Andrea não tinha palavras para descrever esses dias. Eles foram muito a casa, para ver Adriana, mas parecia que o bebé estava encantado pelos pais de Zack. A cabana era perfeita em todos os sentidos, e o que deveria ter sido dois dias esticados em quase uma semana inteira.Todos os dias Zack e Andrea saíam juntos para lugares diferentes para explorar. Falavam do mundo à sua volta, da família, dos seus sonhos e aspirações, de qualquer coisa que não fosse dolorosa, e acima de tudo, tentavam não falar juntos sobre o seu futuro.Todas as noites sentavam-se juntos no terraço e observavam as estrelas, aconchegando-se uns aos outros. Ficariam lá até um deles arrastar o outro para dentro, onde faziam amor tão apaixonadamente como se fosse a primeira vez.Foi nesses momentos que Andrea sentiu que tinha encontrado algo especial. Zack não só a fez sentir-se desejada, como também segura e protegida. Quando estavam juntos, ela não podia deixar de pensar na sorte incrível que teve por ter alguém as
Andrea queria ser engolida pela terra enquanto deixava a sua filhinha no berçário. De lá ela teve de ir ao escritório do Zack e recolher o dinheiro que lhe devia para o contrato de Natal. Ela detestava ter de o fazer, mas naquele momento a primeira coisa que queria fazer era pagar essa dívida ao hospital antes de duplicar.Assim que ela entrou no escritório, ele levantou a cabeça e olhou-a nos olhos. O ambiente parecia pesado, embora ele tentasse sorrir, talvez porque era ela quem se sentia mal por isso.-Hi, Thorcito", murmurou ela, inclinando-se mais e colocando um beijo suave nos seus lábios.-Hi, Cupcake. O bebé? -Pediu Zack, e Andrea sentiu as suas bochechas coradas.-Sim, está tudo bem. Ela tentou manter a sua compostura, mas por dentro estava tão envergonhada. Ela tinha concordado com esse contrato de Natal com Zack, mas agora que eles estavam juntos, muita coisa tinha mudado. Thorcito... Tenho muita vergonha de lhe perguntar isto..." sussurrou ela com os olhos. -Sussurrou, a o