Renan Andreollo
Manuela conseguiu realmente tudo o que precisava, como já havia conseguido falar com Lev, sabia que ele carregaria a minha irmã em qualquer loucura que estivesse fazendo. Eles são a minha única família e sabia que por minha felicidade ele fariam de tudo por mim.
Principalmente me ajudar a cuidar desse anjinho que nem a mim pertence.
No fim do meu plantão fui até a UTI onde a mãe do Ravi estava, para que ele pudesse dar um beijo em sua mãe. Precisarei pensar em como cuidar desse pequeno nas horas que estiver em alguma cirurgia.
Ao entrar na UTI, Ravi que já estava acordado reconheceu a sua mãe, o segurei mais apertado no meu peito e deixei que ele beijasse o rosto de sua mamãe.
— Não podemos demorar pequeno, ou a tia ali brigará comigo. — Sorrio um pouco mais divertido olhando para a enfermeira da UTI.
Me aproximo do ouvido da mãe do Ravi e sussurro ao seu ouvido, até porque não preciso de mais ninguém criando fofocas com meu nome pelos corredores do Hospital General de Dallas.
— Cuidarei desse pequeno, até que esteja pronta, então seja forte! — Exclamo olhando para a paciente que ainda estava sedada respirando por aparelhos.
Saio do hospital, com o Ravi acenando para todos que passam pela gente. Estava carregando a bolsa dele no ombro e minhas mãos cheias de sacolas com as compras que Manuela fez durante a Madrugada.
— Nem pense em sair sem me deixar dar um beijinho nesse pequeno. — Manuela surge ao nosso lado e pega o Ravi no colo que gargalha ao ver quem o apertava.
— Minha irmã e cunhado devem estar aí no estacionamento… — Não consigo nem concluir o que queria.
Ela o carrega em direção à saída, onde vejo toda a minha equipe, o plantão de trauma e equipe cirúrgica, todos aparecendo ao nosso lado.
— Tem que comprar uma árvore-de-natal. — Uma das enfermeiras diz ao fazer um carinho na bochecha do Ravi.
— Que tal uma ceia hoje e trocarmos os presente na sua casa, acredito que esse pequeno esteja sem nenhum brinquedo. — Mauricio diz ao bater em meu ombro. — Vou com Zack para a sua casa.
Olho para todos ao meu redor que pareciam mais entusiasmados do que eu. Podia ver meu cunhado ao longe e pelo seu olhar incrédulo estava engraçado.
Todos foram caminhando ao meu lado até o meu carro, se organizando para que pudéssemos preparar a festa na minha casa e com certeza adorarei ter a casa cheia em volta desse pequeno anjinho que surgiu em minha vida.
Observo quando a minha irmã sai do carro olhando para todo aquele alvoroço em torno de pequeno anjinho em um casaquinho do Harry Potter.
— De quem é esta criança Renan? — Minha irmã olha de Ravi para mim, com certo desespero.
— O roubei para mim. — Digo rindo da expressão assustada de Giuliana.
Todos começam a rir e até Ravi se rende ao momento, ele estende os bracinhos e o pego com carinho para apresentá-lo a minha irmã e ao meu cunhado.
— Tudo bem, vou organizar a casa para a chegada de vocês, que tal as 20 h? — Pergunto olhando para o pequeno que provavelmente não entendia o que estava acontecendo.
— Tudo bem, nos vemos mais tarde. — Me despeço da minha equipe e me viro em direção aos dois assustados.
— Ravi estes são a tia Giulia e o tio Lev. — Coloco a mão na barriguinha do meu anjinho e apresento a minha reduzida família a ele.
— Renan, o que aconteceu para estar com esse lindinho? — Minha irmã estende a mão para pegá-lo de mim.
Olho para ver a reação do Ravi e me surpreendo em ver que ele vai para o colo da minha irmã e brinca com os cachos de seu cabelo.
— A mãe dele causou um acidente essa noite no hospital, ela está se recuperando na UTI, me convenceram de ficar com ele, pelo menos até que ela se recupere. — Falo olho para o carro da mãe dele que não estava assim tão longe.
Aproveito que a minha irmã estava com ele no colo e toco no ombro do meu cunhado para ele vir comigo e tentar achar uma solução para o carro da mãe do pequeno.
— Levo para você, Giulia nos acompanha com o nosso carro. — Lev diz ao abrir a porta e olhamos para a tudo que estava revirado dentro.
— Ela parecia estar preparada para fazer uma viagem. — Confirmo ao ouvir a voz da minha irmã atrás de mim.
— A mãe dele chegou muito machucada, vocês não tem ideia. — Resolvo contar um pouco do que houve para eles.
Não me estendo muito, até porque estava começando a esfriar e hoje teria um dia bem puxado para dar um natal mágico para o pequeno que foi me entregue sob confiança. Minha irmã, ajudou a instalar a cadeirinha no banco de trás do meu carro e com um pouco de dificuldade consegui colocá-lo sentado e preso no cinto.
— Esqueceu como se prende uma criança Guilia? — Digo rindo para ela.
— Sei un idiota, fratello mio! “Você é idiota irmão!”
Começo a rir, observando que Ravi fica confuso com a fala da minha irmã.
— Vamos para casa pequeno! — Saio da parte de trás e observo enquanto minha irmã vai até o seu carro e meu cunhado passa com o carro da mãe do Ravi por mim.
Espero que a Vera não resolva aparecer durante o período que estiver com o Ravi em casa, sei que se ela o ver fará uma confusão enorme, ainda mais que ainda brigamos pela casa. Me recuso dar a minha casa de mão beijada a mulher que nem se importa com a nossa história.
Dirijo devagar preocupado com o meu acompanhante, presto atenção a cada sinal de trânsito que havia pela frente respeitando a todos. Antes de chegarmos em casa vejo a minha irmã e meu cunhado entrando em uma venda de árvores-de-natal, reviro os olhos para a atitude dos dois.
Mesmo sabendo que teria que comprar uma hoje para a festa de mais tarde, acreditava que poderia descansar um pouco após o meu plantão. Olho para o retrovisor e vejo que alguém começava a fechar os olhinhos.
Posso não ter experiência, mas não sou idiota. Ligo para a minha irmã e aviso que estou indo para casa, descansar um pouco com o Ravi e assim poderia ficar despreocupado mais tarde.
O caminho para minha casa foi bem tranquila, com o Ravi falando baixinho na sua cadeirinha, acho que ele cantarolava uma canção. Ao passar pelos portões do condomínio fechado onde moro deixo avisado que receberei visita mais tarde e que minha irmã e cunhado estão chegando.
Paro com o meu carro na vaga coberta e olho para o espelho e o olhar curioso do Ravi é até engraçado, ele brincava com a sua chupeta e olhava para todos os lados.
— É campeão, que tal conhecer a sua casa pelos próximos dias? — Digo me virando em sua direção.
O seu olhar cheio de curiosidade e expectativa estava ali, peguei em sua bochecha e fiz um carinho delicado e vê-lo confiando em mim, faz com que acredite que ele não conhece carinho de pai, o que me faz perguntar tudo o que a mãe dele não deve ter passado para mantê-lo seguro.
Saio do carro e o retiro para levá-lo para dentro, estava esfriando muito nos últimos dias, provavelmente vai nevar ainda mais essa noite. O coloco no chão e pego as bolsas que a Manuela havia comprado e a bolsa que tiramos do carro de sua mãe.
Já em casa, no conforto e aquecidos, deixei que ele conhecesse cada uma dos cômodos do andar inferior, minha casa era grande e quando havia pedido a decoração pedimos no intuito de ter crianças correndo entre os móveis sem perigo de se machucar.
Enquanto ele corria pela sala embaixo de meus olhos, preparo algo para tomar café ao lado do meu parceirinho curiosos. Com tudo pronto, o chamo para comer e o vejo coçando os olhinho e bocejando.
— Vamos comer e prometo que te coloco na cama. — O pego no colo e o sento de frente para mim e lhe dou de comer.
Antes que terminasse de oferecer as frutas, ele estava praticamente cochilando. O pego no colo e antes que chegue com a meu pequeno anjinho, minha irmã surge abrindo a porta para que meu cunhado arraste uma árvore de um dois metros de altura.
— Fratello, comprei a decoração e quando chegamos na portaria o caminhão de uma loja infantil estava na entrada, permitimos a entrada. — Ela diz e já vejo alguns homens descendo do caminhão na frente de casa.
— Vou colocá-lo na minha cama. — Digo para ela que sorri para a cena.
Sei o que todos estão pensando, até eu, comecei a pensar sobre isso. Já que será impossível não me apegar a esse pequeno que passará seus dias ao meu lado.
O levo para o meu quarto, retiro a roupa que ele estava e o deixo mais fresquinho, troco a sua fralda e deixo a sua chupeta perto. Ao seu redor encho de travesseiros, fico olhando para a cena e ainda não me sinto seguro, ele pode empurrar os travesseiros e acabar caindo, melhor pegar mais.
Pronto, Ravi estava no meio de um ninho e como um pai substituto estava orgulhoso em proteger a minha cria, a mãe dele não poderá me acusar de não cuidar dele. Me viro em direção à porta quando sinto uma presença atrás de mim e vejo a minha irmã ali que me chama.
— Qual quarto você escolherá para ele? — Olho pelo corredor como outros quatro quartos e prefiro mantê-lo próximo.
— Esse dá frente. — Digo abrindo a porta e observo o quarto de hóspedes decorado em tons neutros.
— Acho que em uma semana você estará tão apaixonado nessa criança que vai se ver considerando ajudar a mãe apenas para dar um lar a ele. — Sorrio para minha Giuliana e a puxo para um beijo.
— Acabei de pensar sobre isso sorella. — Confesso a minha irmã.
— Vera nunca foi uma mulher de família, termine essa briga com ela e siga com a sua vida, seja com esse garotinho ao seu lado ou não, você merece conhecer a felicidade fratello.
A puxo para fora do quarto para começarem a arrumar o que precisavam, pelo que vi, Manuela estourou o meu cartão resolvendo tudo o mais rápido possível.
— Aproveite fratello, curta esse menino e quem sabe não conquiste a mamãe dele.
Começo a rir, Giuliana não sossegará até conseguir me ver livre de Vera e principalmente aproveitando a vida novamente com uma família.
Talvez ela esteja certa, mas por hora quero pensar apenas em ser o protetor daquele anjinho na minha cama.
Renan AndreolloSou um médico há muitos anos e a privação de sono é algo que me acompanha desde a época de faculdade, para mim não seria algo demais ficar acordado enquanto organizo as coisas para mais tarde.Tenho certeza de Maurício e Manuela irão convidar muito mais pessoas que apenas os nossos amigos de plantão e particularmente gosto de cada um deles, desde as enfermeiras que participam das cirurgias como dos fisioterapeutas que entram apenas para regular os respiradores.Aproveito que Ravi estava dormindo e desço com a minha sorella para poder organizar a árvore e pedir para a empregada de casa preparar algumas coisas para a nossa ceia.Pego meu celular e vejo que meu aplicativo de mensagem Smoke estava com dois grupos criados e que fui adicionado, um se chamava.Boletim esposa de Renan. Reviro os olhos, isso é arte de Angela, a enfermeira da UTI que deve estar de plantão hoje, mas, na verdade, nem me importo muito, gostei de saber que todos torcem por minha felicidade.Natal de
Renan AndreolloEm poucas horas a minha casa estava totalmente decorada com muitos enfeites natalinos, embaixo da árvore estava com mais caixas de presente do que a que estava no shopping com um modelo do papai Noel para tirar fotos. Queria muito ter uma foto assim com o Ravi, mas acho que já estou fazendo mais do que a mãe dele aceitará.Quando meus companheiros de plantão chegaram na minha casa o meu celular começou a apitar e com curiosidade apertei para ver o que estava acontecendo e para a minha surpresa o grupo de notícias da mãe do Ravi estava enchendo de mensagens.Boletim esposa de Renan: A futura senhora Andreollo, teve a sua sedação diminuída, diminuímos os parâmetros da ventilação mecânica para ver como está o seu nível de consciência, para o anestesista de plantão, achou satisfatório os estímulos causados.Ela está ativa e reativa, com reflexos em boas condições, funções fisiológicas presentes e acreditamos que no ano novo ela já estará acordada para celebrar o novo ano e
Mary PopeUma semana depois que acordei e conheci o homem maravilhosos que vem cuidando de Ravi, a cada visita que recebo meu pequeno está usando uma roupinha diferente, com cheiro de limpeza e sem contar que ele está sempre feliz.As enfermeiras que estão cuidando de mim sempre me tratam com muito respeito e após verem o Ravi correndo pela UTI todo elétrico em direção de Renan, acredito que devem imaginar que posso ter algum envolvimento com esse médico todo charmoso que está me visitando todo dia.Estava finalmente livre de todos os dispositivos que me conectavam aos vários medicamentos que estava tomando nos últimos dias. Além disso, estava fazendo acompanhamento com uma psicóloga já que entrei com um carro no saguão em um hospital, causando alguns machucados.Mas eles estavam mais preocupados com o fato de que pudesse ser um risco para o Ravi e via a preocupação de todos em relação ao meu filho. Conheci a pediatra que estava cuidando do meu pequeno e pelo que disse causou um peque
Renan AndreolloAssim que consegui convencer a Mary a ficar comigo, deixo Ravi descer do meu colo e correr pelo quarto, observava o quanto ele estava eufórico.Depois de toda a confusão que a Vera fez na minha casa, conversando com todos enquanto olhávamos o Ravi se divertir com os novos brinquedos, decidi que o manter sempre comigo seria o melhor, já que a Vera podia surgir na casa e causar algum mal ao meu pequeno.Então ele está sempre comigo durante os plantões e por sorte nunca recebi nenhuma reclamação, quando eu ou a Thalita estávamos em cirurgia, Manuela ou Oliver estavam cuidando dele, pelo que demonstrava, ele já tinha as suas preferências para fazer bagunça.Com os dias, soube que a Mary iria receber alta e comecei a ficar angustiado, já que ela havia dito que iria embora de Dallas para se afastar do perigo do ex-marido. Um assunto que ela não suporta tocar.Tento respeitar ao máximo, mas quero muito poder ajudar e sem contar que ela ainda precisa de tratamentos, então usei
Mary PopeEstar rodeada por pessoas desconhecidas e, ao mesmo tempo, conhecidas me trouxe uma sensação que nunca senti, mesmo ao lado dos meus pais antes de morar com o Donald. Digo esperar por suas visitas. Estar casada com ele apenas no civil, nunca fez com que realmente me sentisse casada, ainda mais quando ele ia e vinha quando bem entendia. A distância que acabei colocando entre mim e minha família fez apenas que a falta de afeto aumentasse e como já era emancipada desde os dezesseis, sempre tive controle em minhas finanças.Outra coisa que graças a Deus nunca precisarei do Donald, tenho minha renda e sou financeiramente estável, não preciso de nenhum centavo dele para manter o meu filho e farei o meu melhor para nunca ter que pedir nenhum centavo daquele cretino.Olho para o Ravi brincando com o homem enorme que descobri ser um dos pediatras que estão cuidando da saúde do meu filho, que nem percebo a aproximação da Giuliana ao meu lado. Desde quando nos conhecemos no hospital,
Renan Andreollo Ver todos os meus amigo e a minha pequena família recebendo a Mary como uma de nós, foi tão prazeroso. É algo que nunca senti ao lado da Vera, já que ela não aceitava que a nossa casa recebesse os meus companheiros de plantão, com medo de aumentar o risco de trazermos mais bactérias hospitalares. Amava aquela mulher de uma forma que não via o quanto ela realmente era detestável. Agora vendo todos tentando deixa a mãe do Ravi confortável e principalmente fazer com que se sinta segura e uma de nós é maravilhoso. Ela foi aceita por todos eles, principalmente por quem mais era importante na minha vida, Giuliana. Quando a minha irmã pediu para passar a noite com o Ravi, ela me deu a oportunidade de conversar com a Mary e conhecê-la melhor, quem sabe conseguir entender o que fez ela fugir. Claro que sim que seu antigo relacionamento é abusivo e violento, mas nada acontece do dia para a noite. Com esse pensamento preciso realmente entender se ela está na posição de receb
Mary PopeQuando ouvi ele dizer “Seja minha”, a lembrança de quando o Donald me fez o mesmo pedido foi a minha ruína, não que acredite que o Renan fará o mesmo que o meu então ainda marido. Um título que assim que possível modificarei para me deixar livre realmente desse homem.Aceitar as carícias do Renan foi algo fácil, durante os dias que fiquei internada e sabia que ele queria algo a mais, sentia uma insegurança enorme e principalmente tinha medo de rejeitar o seu toque, por isso fiquei tão surpresa em deixá-lo me tocar e principalmente me beijar como ele estava fazendo.Adorei como ele me colocou em seu ombro e caminhou comigo até o seu quarto, quando chegamos até onde é seu quarto ele me deixou escorregar por seu corpo e já sentia o peso de meus seios com a excitação e o desejo que ele me tocasse. Assim como a minha intimidade já molhada pelas reboladas que havia dado em cima dele ainda na sala.Ele estava ainda com a sua mão estendida em um convite e uma promessa, pelo menos er
Mary PopePara dizer a verdade, me sentia agora na cama dele, como se fosse o seu presente de natal, que acabou sendo entregue atrasado, podia ver que ele queria estava se esforçando para não parecer afoito, mas seus toques o denunciam, deixa claro que ele queria me foder o mais rápido possível.Mas toda essa expectativa de senti-lo dentro de mim, me deixava ainda mais excitada, seus olhos brilhavam e tinha certeza que os meus estavam da mesma forma que a dele, passo a língua pelo lábio inferior antes de morder e deixá-lo ainda mais excitado que estava.— Não tem ideia de como estou louco para te foder! — Sorrio ao sentir o peso do tesão daquelas palavras.— Então o que está esperando! — Digo cheia de tesão.Um sorriso ladino surge e os dentes brancos aparecem, deixando o seu rosto ainda mais perfeito do que já estava vendo.Olho para ele saindo de cima de mim e indo em direção a sua calça, que estava caída no chão, avisto-o retirando o preservativo da carteira e jogando ela no chão n