Rodrigo carregou Camila até o banheiro para ajudá-la a tomar um banho. Ela já estava tão exausta que mal tinha consciência disso. Ele a colocou de volta na cama e estava prestes a cobri-la com o cobertor quando seu celular, que estava em cima da mesa, vibrou. Ele pegou o celular e deu uma olhada, seus olhos se tornaram frios.João: “Os pais de Isadora tiveram um acidente. A Sra. Diana sofreu ferimentos graves e faleceu no local, o Sr. Alan está na UTI e estão tentando reanima-lo.”Rodrigo: “Envie alguém para vigiar o hospital para evitar qualquer ação suspeita. E não conte isso a Karina por enquanto.”Ele colocou o celular de volta na mesa e olhou para Camila, que estava dormindo profundamente. Ele não queria que ela pensasse que o fato de ela ter acabado de encontrar aquele casal resultou nessa tragédia.Rodrigo se vestiu e saiu silenciosamente do quarto.…No hospital.- Mestre Rodrigo, você chegou. - Disse João com uma expressão preocupada. - Eu já enviei alguém para ficar vigiando
Mesmo após as palavras reconfortantes de Rodrigo, um toque de tristeza ainda se apossou de Camila. Com carinho, ela cobriu as costas da mão de Rodrigo com a sua, abaixando os olhos com um suspiro: - Rodrigo, não importa o que aconteça no futuro, eu nunca vou te deixar, a menos que...“A menos que o quê?” Camila ainda não tinha determinado uma condição concreta. Ela própria não sabia por que disse algo assim de repente, talvez fosse porque Rodrigo lhe deu tanta compreensão.Antes, ela achava que o interesse de Rodrigo estava relacionado ao filho que compartilhavam. No entanto, após passarem tanto tempo juntos, ela sabia que Rodrigo era quem mais se dedicava à relação.Os cantos da boca de Rodrigo se curvaram, com um toque de ternura nos olhos:- Minha esposa, por quem lutei tanto para conquistar. Como eu poderia te deixar? A menos, é claro, que eu morra. Caso contrário você realmente não teria como me deixar.Camila fez um som de desdém e quebrou o clima com uma pitada de humor:- Você
Rodrigo se aproximou de Camila, que estava ajoelhada diante do túmulo, com uma expressão sombria. Ele colocou a mão em seu ombro, olhando para a lápide: - Sogra, fique tranquila. A partir de agora, eu vou cuidar de Camila pelo resto da vida. Ninguém, exceto a morte, vai nos separar.Camila levantou o rosto e o olhou, surpresa.Rodrigo apenas arqueou as sobrancelhas.Ele a ajudou a se levantar e Camila virou-se para Miguel: - Pai, você tem algo a dizer para a mãe?Miguel ficou momentaneamente atordoado e seu rosto marcado pela vida se alterou levemente ao olhar para a lápide. Ele sorriu amargamente: - Não há mais nada para dizer. O que precisa ser dito já está em meu coração.…Assim que Camila voltou para o estúdio, viu Karina andando de um lado para o outro no corredor, apreensiva. Ela se aproximou e perguntou:- O que aconteceu?Karina ficou nervosa ao vê-la.- Sra. Camila, parece que há uma nova informação sobre a morte de Isadora. Ela... Ela não se suicidou de verdade.Então, Is
No Premium Bar. Durante o dia, havia poucas pessoas no bar, apenas algumas mesas com clientes fazendo suas refeições.Camila foi conduzida pela garçonete até a cabine onde Revere já estava sentado, esperando.- Tio Revere. - Disse ela.Ele segurava uma garrafa de edição especial de Condeixa e, ao ver Camila se aproximar, colocou a bebida no banco.- Você chegou.Camila se sentou e olhou para a garrafa ao lado dele.- Alguém te deu isso?Revere sorriu.- Sim, um velho amigo que voltou do exterior me presenteou com essa garrafa especial de Condeixa. - Ele então olhou para Camila. - Por que você veio aqui de repente?Camila apoiou as mãos na cabeça enquanto olhava para ele:- É claro que eu vim especialmente para agradecer a você por toda a ajuda que me deu.Revere riu e pediu um café para o garçom, afastando a garrafa de vinho:- Se você tem algo a perguntar, vá direto ao ponto. Não gosto de rodeios.Camila abaixou as mãos e arrumou a postura.- Hoje é o aniversário de morte da minha mã
À noite, na Villa Girassol.Camila preparou o jantar, perdida em pensamentos sobre a conversa da tarde com Revere. Mas logo voltou à realidade quando percebeu que Rodrigo ainda não havia descido as escadas. Ela se dirigiu ao escritório, mas ao se preparar para bater na porta, ouviu a voz de Rodrigo:- Foi um problema no motor, você tem certeza? – Disse ele.A mão levantada de Camila recuou lentamente.Um problema no motor?- O Sr. Alan ainda não acordou? – Perguntou Rodrigo. - Entendido. Vocês devem cooperar com a investigação da polícia e ver se há alguma evidência de contato com alguém ou transações financeiras em suas contas antes do acidente. Rodrigo encerrou a ligação e virou-se para ver Camila entrando pela porta. Ao ver a expressão no rosto de Camila, seus lábios finos se abriram lentamente. - Camila, você...- Eu ouvi tudo. - Camila o interrompeu calmamente. - Então o casal sofreu um acidente?Rodrigo aproximou-se dela, colocando levemente as mãos em seus ombros, com uma exp
- Eles certamente virão para matar o Sr. Alan. - Ele abaixou a cabeça e olhou para ela. - Você quer usar ele como isca?Ela sorriu com cautela.- Você tem certeza? - Questionou ele.O calor de sua mão se espalhou pela cintura dela enquanto ele inclinava a cabeça.- Vale a pena tentar.…No Departamento Administrativo.Na sala de descanso, alguns funcionários que haviam pedido comida se reuniram para fofocar: - Vocês ouviram falar? Aquele casal que foi procurar problemas com a Sra. Camila alguns dias atrás morreu em um acidente.- Sim. As pessoas do 16º andar disseram que aquele casal não tinha vergonha na cara. Eles culparam a Sra. Camila pela morte da própria filha e até pediram dinheiro à senhora.- É verdade. Tudo foi esclarecido nos últimos dias. Sinto que a Sra. Camila está sendo acusada injustamente. Como era mesmo o nome daquela mulher? Isadora, não é?Kyra passou pela sala de descanso e ouviu a conversa lá dentro. Ela congelou quando ouviu o nome de Isadora.Espiando pela fres
Camila colocou a mão no ombro dele: - João está pronto agora, certo?Rodrigo arqueou a sobrancelha: - Claro.À noite.Fora da UTI do hospital, não havia mais ninguém de guarda.Enquanto a enfermeira fazia as rondas, um médico se aproximou para cumprimentá-la.Ele acenou para ela e caminhou em direção à UTI.Quando chegou à porta da sala e viu a enfermeira se afastando, ele empurrou a porta e entrou, aproveitando a luz fraca que entrava de fora para ver a pessoa deitada na cama. O médico se aproximou da beira da cama e tirou uma seringa do bolso.Ele perfurou o bico da seringa no saco de soro e estava prestes a apertar para injetar o líquido quando a luz da sala se acendeu de repente. Ele virou a cabeça e foi derrubado no chão por um soco de Karina.João instruiu seus seguranças a imobilizá-lo no chão e arrancou sua máscara.O homem rosnou, olhando ferozmente para eles: - São vocês?João olhou para o relógio e sorriu: - Não esperava que vocês morderiam a isca tão rápido.O homem fin
Camila lhe lançou um olhar firme e murmurou baixinho: - Não se preocupe comigo.Algumas pessoas não suportavam sangue, desmaiavam, tinham medo de cenas violentas. Ela não era uma dessas pessoas, mesmo incomodada com a cena, ela ficaria até o fim.João tossiu levemente, e os homens de preto pararam. O homem espancado, com o rosto todo machucado, mostrou um sorriso sangrento.- Não importa como vocês me torturem... Eu fiz tudo sozinho. Se tiverem coragem, me matem.O homem de preto se aproximou de Rodrigo e falou respeitosamente: - Mestre Rodrigo, esse cara é duro demais. Não importa o quanto batamos nele, ele não vai entregar ninguém.Rodrigo lançou um olhar gélido para o homem, resmungando friamente: - Se ele quer sofrer, então que continue.Ele segurou a mão de Camila e juntos sentaram-se no sofá, ele pegou a bebida que alguém trouxe sem pressa.O homem de preto olhou hesitante para Camila: - Mestre Rodrigo, a senhora está aqui, se formos muito violentos...Rodrigo ainda não havia