Rodrigo se aproximou de Camila, que estava ajoelhada diante do túmulo, com uma expressão sombria. Ele colocou a mão em seu ombro, olhando para a lápide: - Sogra, fique tranquila. A partir de agora, eu vou cuidar de Camila pelo resto da vida. Ninguém, exceto a morte, vai nos separar.Camila levantou o rosto e o olhou, surpresa.Rodrigo apenas arqueou as sobrancelhas.Ele a ajudou a se levantar e Camila virou-se para Miguel: - Pai, você tem algo a dizer para a mãe?Miguel ficou momentaneamente atordoado e seu rosto marcado pela vida se alterou levemente ao olhar para a lápide. Ele sorriu amargamente: - Não há mais nada para dizer. O que precisa ser dito já está em meu coração.…Assim que Camila voltou para o estúdio, viu Karina andando de um lado para o outro no corredor, apreensiva. Ela se aproximou e perguntou:- O que aconteceu?Karina ficou nervosa ao vê-la.- Sra. Camila, parece que há uma nova informação sobre a morte de Isadora. Ela... Ela não se suicidou de verdade.Então, Is
No Premium Bar. Durante o dia, havia poucas pessoas no bar, apenas algumas mesas com clientes fazendo suas refeições.Camila foi conduzida pela garçonete até a cabine onde Revere já estava sentado, esperando.- Tio Revere. - Disse ela.Ele segurava uma garrafa de edição especial de Condeixa e, ao ver Camila se aproximar, colocou a bebida no banco.- Você chegou.Camila se sentou e olhou para a garrafa ao lado dele.- Alguém te deu isso?Revere sorriu.- Sim, um velho amigo que voltou do exterior me presenteou com essa garrafa especial de Condeixa. - Ele então olhou para Camila. - Por que você veio aqui de repente?Camila apoiou as mãos na cabeça enquanto olhava para ele:- É claro que eu vim especialmente para agradecer a você por toda a ajuda que me deu.Revere riu e pediu um café para o garçom, afastando a garrafa de vinho:- Se você tem algo a perguntar, vá direto ao ponto. Não gosto de rodeios.Camila abaixou as mãos e arrumou a postura.- Hoje é o aniversário de morte da minha mã
À noite, na Villa Girassol.Camila preparou o jantar, perdida em pensamentos sobre a conversa da tarde com Revere. Mas logo voltou à realidade quando percebeu que Rodrigo ainda não havia descido as escadas. Ela se dirigiu ao escritório, mas ao se preparar para bater na porta, ouviu a voz de Rodrigo:- Foi um problema no motor, você tem certeza? – Disse ele.A mão levantada de Camila recuou lentamente.Um problema no motor?- O Sr. Alan ainda não acordou? – Perguntou Rodrigo. - Entendido. Vocês devem cooperar com a investigação da polícia e ver se há alguma evidência de contato com alguém ou transações financeiras em suas contas antes do acidente. Rodrigo encerrou a ligação e virou-se para ver Camila entrando pela porta. Ao ver a expressão no rosto de Camila, seus lábios finos se abriram lentamente. - Camila, você...- Eu ouvi tudo. - Camila o interrompeu calmamente. - Então o casal sofreu um acidente?Rodrigo aproximou-se dela, colocando levemente as mãos em seus ombros, com uma exp
- Eles certamente virão para matar o Sr. Alan. - Ele abaixou a cabeça e olhou para ela. - Você quer usar ele como isca?Ela sorriu com cautela.- Você tem certeza? - Questionou ele.O calor de sua mão se espalhou pela cintura dela enquanto ele inclinava a cabeça.- Vale a pena tentar.…No Departamento Administrativo.Na sala de descanso, alguns funcionários que haviam pedido comida se reuniram para fofocar: - Vocês ouviram falar? Aquele casal que foi procurar problemas com a Sra. Camila alguns dias atrás morreu em um acidente.- Sim. As pessoas do 16º andar disseram que aquele casal não tinha vergonha na cara. Eles culparam a Sra. Camila pela morte da própria filha e até pediram dinheiro à senhora.- É verdade. Tudo foi esclarecido nos últimos dias. Sinto que a Sra. Camila está sendo acusada injustamente. Como era mesmo o nome daquela mulher? Isadora, não é?Kyra passou pela sala de descanso e ouviu a conversa lá dentro. Ela congelou quando ouviu o nome de Isadora.Espiando pela fres
Camila colocou a mão no ombro dele: - João está pronto agora, certo?Rodrigo arqueou a sobrancelha: - Claro.À noite.Fora da UTI do hospital, não havia mais ninguém de guarda.Enquanto a enfermeira fazia as rondas, um médico se aproximou para cumprimentá-la.Ele acenou para ela e caminhou em direção à UTI.Quando chegou à porta da sala e viu a enfermeira se afastando, ele empurrou a porta e entrou, aproveitando a luz fraca que entrava de fora para ver a pessoa deitada na cama. O médico se aproximou da beira da cama e tirou uma seringa do bolso.Ele perfurou o bico da seringa no saco de soro e estava prestes a apertar para injetar o líquido quando a luz da sala se acendeu de repente. Ele virou a cabeça e foi derrubado no chão por um soco de Karina.João instruiu seus seguranças a imobilizá-lo no chão e arrancou sua máscara.O homem rosnou, olhando ferozmente para eles: - São vocês?João olhou para o relógio e sorriu: - Não esperava que vocês morderiam a isca tão rápido.O homem fin
Camila lhe lançou um olhar firme e murmurou baixinho: - Não se preocupe comigo.Algumas pessoas não suportavam sangue, desmaiavam, tinham medo de cenas violentas. Ela não era uma dessas pessoas, mesmo incomodada com a cena, ela ficaria até o fim.João tossiu levemente, e os homens de preto pararam. O homem espancado, com o rosto todo machucado, mostrou um sorriso sangrento.- Não importa como vocês me torturem... Eu fiz tudo sozinho. Se tiverem coragem, me matem.O homem de preto se aproximou de Rodrigo e falou respeitosamente: - Mestre Rodrigo, esse cara é duro demais. Não importa o quanto batamos nele, ele não vai entregar ninguém.Rodrigo lançou um olhar gélido para o homem, resmungando friamente: - Se ele quer sofrer, então que continue.Ele segurou a mão de Camila e juntos sentaram-se no sofá, ele pegou a bebida que alguém trouxe sem pressa.O homem de preto olhou hesitante para Camila: - Mestre Rodrigo, a senhora está aqui, se formos muito violentos...Rodrigo ainda não havia
Camila sorriu: - Quando eu te perguntei antes, suas pupilas dilataram visivelmente, o que demonstra que você estava nervoso com essa pergunta. Você hesitou ao responder que não tinha.- Eu disse que não tinha! - O homem de repente ficou agitado, como se quisesse se lançar com todas as suas forças, mas foi contido por dois homens de preto que o seguraram no chão.Camila ficou assustada por um momento, mas logo recuperou sua calma e se levantou lentamente, olhando para ele sem expressão: - Embora eu não saiba por qual motivo, é melhor você pensar bem se realmente tem a capacidade de protegê-los. Você viu o que aconteceu com aquele casal.O homem deitado no chão ficou imóvel, talvez por ter esgotado suas forças ou por ter desistido de lutar, seus olhos vazios olhavam para outro lugar.Rodrigo se aproximou de Camila, colocou o braço em volta dos ombros dela e se virou para João: - Mantenha-o sob vigilância, só pergunte novamente quando ele tiver pensado melhor.João assentiu.Depois de
Kyra sentiu algo estranho e sua expressão ficou indecifrável.- Camila, você não pode me incriminar sem provas!- Eu não estou te incriminando de nada. Por que você tem tanta certeza de que estou tentando te incriminar? Mesmo que tenha sido aquele cara, ele só disse que te conhecia, só estou perguntando. - Disse ela com um sorriso.Camila estava prestes a entrar, e de repente, ela se virou para ela e disse: - Aliás, você se lembra de um cara com várias marcas de espinha no rosto?- Impossível...Kyra ficou chocada, seus ombros tremiam e seu rosto empalideceu.Camila abriu a porta do escritório, mas Kyra a puxo antes que ela pudesse entrar.- O que você está insinuando?Ao ver Rodrigo dentro do escritório, o mau pressentimento de Kyra se intensificou:- Rodrigo, eu...- Parece que foi mesmo alguém do seu círculo.Sua fala simples deixou a cara de Kyra pálida como papel, e ela percebeu tudo de repente. Era uma armadilha!Quando ela soube que aquele velho ainda estava vivo, ela já estav