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Traição do Namorado? Virei Esposa do Maior Inimigo Dele
Traição do Namorado? Virei Esposa do Maior Inimigo Dele
Por: Ana Clara Silva
Capítulo 1 No décimo ano do nosso relacionamento, ele anunciou seu romance com outra pessoa
Braulio sumiu por três meses.

Não atendia ligações, não respondia mensagens.

Depois, descobri que ele tinha me colocado na lista de bloqueio.

No último dia do terceiro mês, após cuidadosa consideração, aceitei o anel de noivado de Caetano Monteiro.

Naquele momento, Caetano estava sentado em uma cadeira de rodas. Ele sorriu com tranquilidade e me agradeceu sinceramente:

— Srta. Celina, obrigado. Se tiver alguma exigência para o casamento, pode me falar diretamente. Farei o possível para atender.

Na parede, um grande outdoor exibia um enorme anel de diamante.

Fiquei momentaneamente atordoada, lembrando que Braulio certa vez prometeu me dar um anel se ganhasse um prêmio, porque eu era sua pessoa de sorte, a pessoa mais importante da sua vida.

Mas quando ele ganhou seu primeiro prêmio, o anel nunca veio.

Em vez disso, o que recebi foi um Braulio embriagado, chorando enquanto me abraçava.

Ele reclamou de como sua vida era difícil e, entre soluços, disse que sentia muito por mim: "Celina, estando comigo, não podemos tornar isso público. Me desculpe, me desculpe..."

Não tinha problema, eu tentava entender.

Meu coração se sentia vazio, com um toque de melancolia.

Mais tarde, entendi.

O fim de um relacionamento não acontecia de repente.

A decepção se acumulava, momento após momento, até que, enfim, o amor se dissolvia lentamente, como um palhaço se despedindo do palco sem aplausos.

Retribuí ao Caetano com um sorriso igualmente sereno.

— Não tenho pedidos específicos. Se o Sr. Caetano tiver alguma ideia para o casamento, se sinta à vontade para dizer. Também farei o possível para atender.

Afinal, era um casamento de conveniência. Um acordo mútuo, sem grande importância.

Caetano sorriu.

— Tudo bem, se eu tiver algo em mente, avisarei.

— Espero que tenhamos uma parceria agradável.

— Igualmente!

Três dias depois, finalmente vi notícias de Braulio no Facebook. Ele fez um grande alvoroço, chamando atenção por toda parte.

[Nesta vida, tenho você, @Eulália]

[Nesta vida, tenho você, @Braulio]

Meus olhos ficaram vermelhos.

Não sabia exatamente o que sentia. Apenas parecia que tudo havia, enfim, chegado ao fim.

Aquela pedra que estava suspensa em meu coração finalmente caiu.

E isso era bom.

Agora, não devíamos mais nada um ao outro.

Na mesma hora, minha secretária entrou e disse que Caetano havia enviado algo para mim.

Ao abrir a caixa, encontrei um lindo e enorme anel de diamante. Sob a luz do sol, ele brilhava em múltiplas cores, deslumbrante.

Dentro da caixa, havia um pequeno cartão: [Anel nº 1].

Ri baixinho.

De repente, a angústia no meu coração desapareceu.

Ajustei o ângulo e tirei uma foto do anel reluzente, postando no Facebook:

[Perfeito para um casamento.]

Pouco depois, o telefone tocou.

Olhei para aquele número tão familiar e, por um instante, me senti perdida.

Ele finalmente decidiu me tirar da lista de bloqueio.

Mas eu já não tinha mais interesse em atender.

Com um movimento rápido, coloquei seu número na minha própria lista de bloqueios.

O barulho irritante do telefone, enfim, cessou.

No entanto, logo em seguida, minha secretária entrou, visivelmente desconfortável.

— Presidente Celina, é sobre o Sr. Braulio... Ele está ligando...

O telefone em suas mãos parecia quente como brasa.

Me lembrei das vezes em que liguei para o agente de Braulio no passado.

...

A resposta sempre era a mesma, dita com formalidade e frieza:

— Srta. Celina, Braulio está muito ocupado. Ele não tem tempo para perder com frivolidades. Esperamos que, a menos que seja algo realmente importante, a senhorita evite ligar para ele no futuro.

Era assim que o interesse se perdia.

"O Braulio sabe disso? Se soubesse, o que ele teria dito?"

Gravei com interesse as palavras do agente e enviei a gravação para o Braulio.

Ele ficou em silêncio.

Só no terceiro dia me ligou, animado:

— Você sabe quem eu encontrei hoje? Jacinto! Meu Deus, ele faz o papel de pai no filme, e eu interpreto o filho. Eu e o Jacinto, atuando juntos!

— Parabéns.

Ele falava sem parar.

Dentro de mim, a decepção aumentava um pouco mais. Comecei a me sentir distante.

Por fim, não aguentei e perguntei:

— Você viu o celular?

— Celina... — Seu tom era de lamento, mas ele não terminou a frase.

— Entendi. — Minha voz saiu indiferente.

Fiquei pensando: "Quantas decepções são necessárias para que alguém aprenda a engolir a mágoa com tanta tranquilidade?"

— Ela conseguiu esse recurso incrível para mim, eu não posso...

Eu entendia, entendia tudo.

Diante de uma oportunidade grandiosa, certos sacrifícios poderiam ser feitos.

E, nesse caso, a sacrificada fui eu.

Na época, compreendi Braulio. Agora, ele também deveria ser capaz de me compreender.

...

Fiz um sinal para minha secretária:

— Diga a ele que estou ocupada. Se não for algo realmente importante, não precisa ligar.

A secretária assentiu, e em seu olhar percebi um brilho discreto de satisfação.

Por um instante, fiquei atordoada.

"No fundo, todos ao meu redor já sabiam, não é?"

Todos sabiam que Braulio e eu pertencíamos a mundos diferentes.

Nós nunca tivemos chance.

Mas, ironicamente, fomos os únicos que levaram esse jogo de amor a sério.

O telefone tocou novamente.

Desta vez, era um número desconhecido.

Assim que atendi, ouvi a voz arrogante de Braulio:

— Apague essa postagem do Facebook. Não tente me forçar ao casamento desse jeito. Você sabe muito bem que minha carreira está em ascensão, que acabei de anunciar meu namoro. Não há a menor possibilidade de eu me casar com você...
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