Passamos por Lloydminister, Vermilion e Mundare até chegarmos em Edmonton. Ao fim da viagem, Angus estava suando frio e com hálito azedo, e eu cheirando a todos os tipos de odores de meia suja.
Chegamos no meio do dia com o sol de verão ardendo como se quisesse incendiar tudo. Angus se arrastou para fora do carro com a cabeça abaixada protegendo o rosto do sol.
“Parece bom, não?” Perguntei a ele, Angus levantou a cabeça e olhou ao redor do bairro. Casas perfeitas de dois ou três andares e montadas cuidadosamente vinham de uma ponta da rua e iam a outra ponta da rua. Algumas tinham enfeites no jardim como pedras, flores e estátuas e outras apenas tinham a bandeira do Canadá.
Carr
Na segunda de manhã do primeiro dia de aula, Angus foi o primeiro a acordar para tomar banho. Tive alguns minutos a mais para dormir enquanto ele demorava no banheiro.— O que tem para comer? — pergunto entrando na cozinha. Ele está sentado no balcão com um pote de cereal.— Cereal — ele indica o pote —, ovo e bacon na geladeira, pão no armário, geleia e… — ele olha para o alto tentando lembrar da palavra. — Iogurte.Passo por trás dele e dou um beijo em seu rosto.— Eu realmente não consigo imaginar como será a escola. Aperto e puxo, antes de levar à boca o pau do senhor Weskardewara. Ele se apoia com força na porta da sala de produtos de limpeza, sua perna direita treme quanto mais passo a língua pela sua glande e seus lábios tremem como se estivesse perto de uma convulsão.Sinto-me quente, meus olhos estão ardendo e meu pau parece estar dilacerando de tanto pulsar.Aperto mais o corpo do pênis de Weskar até seu leite esguichar próximo da minha boca.— Isso é delicioso! — ele diz, puxando-me para cima. Sua língua passa pelo canto da minha boca antes de entrar na minha boca.— Tenho... aula agora — dou mais um beijo, afastando-se.— Tudo bem, podemos terminar mais tarde — Weskar passa as mãos pelos cabelos escuros e forma um sorriso com seus lábios grossos.— Com certeza — seguro seu pau e o empurro para dentro das calças. Beijo ele uma última vez e fecho o seu zíper. — Até mais tarde.Heather está distraída anotando algo na arquibancada. Ela 3 | Seu apto Namorado
Eltery queimou a mão no trabalho e eu tenho que o ajudar, enquanto corro pela casa tentando me arrumar para a escola.— Eu juro que não o vi entregar à panela, ela parecia fria, então peguei com a mão — enfio a mão dele na água acomulada na pia do banheiro.— Bem… agora você ficará com a mão cheia de bolinhas — tiro coisas de cima de um banco próximo ao box e o puxo para perto da pia. Eltery se senta e continua com a mão embaixo da água ao tempo que eu arrumo o cabelo acima dele.— Não vou para escola hoje, está doendo muito — Eltery se ajeita no banco e mexe os lábios em sinal de dor.— Tudo bem, tenta passar em um médico depois.— Ele provavelmente só vai me receitar gelo e analgésicos, e provavelmente ficarei horas esperando ser atendido por não ser algo grave.— Ah… pelo amor Eltery, você não perdeu a mão. Vá ao médico, é de graça! — espirro perfume no pescoço, algumas gotas caem no rosto dele e o faz esfregar o nariz e piscar os olhos.
— Ela o matou… — digo desesperado.— Quem? — Kira pergunta.— Alice, Alice matou o sr. Weskar.Kira faz uma careta confusa e balança a cabeça tentando acreditar no que digo.Ainda está de noite e já faz mais de uma hora que contei para o monitor e ele foi verificar junto com outros monitores, mas ainda ninguém informou ao internato o que tinha acontecido.— Jack, para de inventar história. Acha mesmo se isso tivesse acontecido não teríamos sido todos informados e não apenas você? — Kira segura a porta de seu dormitório parecendo tentada a batê-la na minha cara.— Mas eu vi! Eu juro que vi Alice em cima dele. Tinha uma tesoura na barriga dele e muito sangue. Muito sangue! Estava no chão e nos pés dela e…— Kira! Fecha essa porta! — Amy grita de dentro do quarto.— Tá bom, Jack, amanhã você conta outra história. Agora vá dormir — Kira revira os olhos e começa a fechar a porta. Tento dizer mais alguma coisa, mas a porta bate.
O céu está cinza, na rua só se ouve o som de um pássaro que cisca de uma árvore para outra como se estivesse brincando.Suspiro, aperto o corrimão da varanda e tento ver melhor a entrada da casa de Daivi e Nether. Está tudo calado, mais calado que a rua, que pelo menos tem um pássaro animado.“Ele tocou em mim, foi bizarro, Eltery! Parecia que ele queria me estuprar,” Angus contou ao chegar em casa com a mão sangrando e a camiseta suja. Sua testa estava suando e os lábios estavam tremendo. Tive que me segurar para não ir a casa deles no meio da madrugada, pegar Nether e o estraçalhar.O passarinho para de ciscar de uma árvore a outra e se lança até o portão da casa de Daivi e Nether. Em menos de alguns segundos, o portão abre e Daivi sai vestido com uma jaqueta de couro escuro, óculos de lente preta e luvas sem cobertura nos dedos.Levo-me para a sala, pego as chaves e rodeio todo o cômodo até chegar às escadas para a saída de casa.Ao sair, Daivi me vê
A água está quente, o chão e as paredes estão gelados e, o ar, está sufocante pelo vapor. Observo nauseado gotas escorrerem do meu cabelo e caírem direito nos buraquinhos do ralo.“Você tem transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, Jack. Talvez possamos resolver isso com algum tratamento, tudo bem?” A psicóloga balançou a cabeça como se auto concordasse com o que dizia.Passou-se sexta, sábado e domingo, e fiquei o tempo todo no dormitório dormindo e acordando. Pensei sobre Alice ter matado Weskar e todo mundo ter ignorado isso, pensei sobre onde Kira podia estar e pensei sobre o que diabos Eliott estava pensando enquanto chupava os paus dos monitores. Eu pensei sobre um monte de coisas, até sobre meu pai e suas milhares de namoradas. Mas no fim de tudo, concordei que o importante é que eu realmente tentei contar sobre o assassinato de Weskar. Eu escrevi tudo o que sabia e tudo o que sabia foi rasgado e jogado no lixo.Se tivesse ficado com a boca fechada,
— Você comprou uma arma? — olho indignado.— Eu não comprei, eu ganhei de Dayna.— Ganhou? — sento-me no sofá com uma das sobrancelhas levantada tentando compreender o que ele estava pensando quando conseguiu uma arma.— É, eu fiz turno extra nesses dias para conseguir a arma. Dayna queria ir para um show e eu queria segurança, então entramos em um acordo — ele move a arma para o lado contrário com intuito de mostrá-la melhor.— Para de brincar com isso, podemos levar um tiro.— Está travada. Nada de tiro — Eltery coloc
12 mil CAD$ em notas e moedas, tem também pulseiras, colares e um cartão do banco em nome da Kira.— Kira Tanner — viro o cartão de um lado para o outro observando o sol refletir nele. Como Kira tinha conseguido tudo isso? Eu sei exatamente como, mas não suporto a verdade. Provavelmente, se eu tivesse a oportunidade estaria fazendo o mesmo no lugar dela e jamais teria deixado ela sequer pensar em ir por este caminho.Não é o melhor meio, não é certo, é difícil. Eu realmente devia estar no lugar dela, este dinheiro devia ser meu e eu quem devia estar saindo toda à noite para fazer sexo com desconhecidos.Por que eu não desconfiei antes? Eu não a visitava durante as noites, só durante as manhãs. Também não daria, porque Amy dorme cedo. Enfim, eu devia saber, eu realmente devia saber. Era minha obrigação.Kira surge na entrada da quadra com os cabelos sendo erguidos brutalmente pelo vento. É meio-dia, e está extremamente frio e claro. A quadra está infestada de