Bati a garrafa vazia de whisky em cima da mesa de centro da sala, fazendo companhia para a primeira garrafa da mesma bebida, que sequei em menos de 1 hora. Já estava começando a sentir a cabeça pesar e o apartamento girar.Precisava de água. Peguei o celular que estava jogado no sofá, tinham notificações dela na tela, ponderei se abria ou não, mas a saudade falou mais alto. Desbloqueei o aparelho e rolei as notificações, tinham chamadas, mensagens de texto... Tomei coragem e liguei para ela antes que se esvaísse junto com o álcool.Deixei uma mensagem no correio de voz dela, incompleta, a embriaguez dificultava a fala e o raciocínio. Optei em tomar uma ducha rápida e de preferencia gelada.Sóbrio, voltei a pegar o celular na esperança que ela tivesse respondido, me frustrando ao notar que ainda continuava sem resposta. Resolvi ligar para ela de novo, deixando mais duas mensagens de voz e terminando a ligação com o coração em frangalhos, a alma despedaçada e o soluço preso na garganta
Estacionei o carro no mesmo lugar de sempre, peguei meu cigarro e celular, ajustei os óculos escuro no rosto e pulei para fora. A cabeça latejava, resultado de mais de 4 litros de álcool ingeridos num único dia. Peguei o analgésico do bolso, colocando dois no fundo da garganta e engolindo no seco.Paralisei antes de abrir a porta da maçaneta, Heather estava debruçada no balcão, fazendo a limpeza dele. Dava para ver em seu rosto que ela teve uma péssima noite, senti um aperto no peito ao vê-la sofrendo. Respirei fundo e abri a porta, resmungando internamente sobre o barulho inconveniente do sino que tinha em cima dela.Qualquer dia arranco esse sino no chute! Tirei os óculos e coloquei na gola da camisa. Olhei para ela e mesmo sem levantar o olhar dava para perceber a tensão em seus ombros.Ela sabia que era eu. Senti meu coração palpitar e um nó se instalar em minha garganta, quase fazendo o remédio voltar.Senti o mundo quase parando no exato momento em que ela me olhou, tive que m
O resto da semana passou num piscar de olhos, evitei ela o máximo que conseguia e quando isso não era possível, fazia o máximo de esforço para não precisar falar com ela e muito menos ficar perto o bastante para sentir seu cheiro, pois sabia que aquilo seria meu calcanhar de Aquiles.Foquei nas minhas apresentações no pub, procurando repertório, treinando em casa e deixando minha mente o mais ocupada possível. E funcionou, não chorava mais pela ausência dela, a dor estava anestesiada e escondida o mais fundo dentro de mim. Mas, em contra partida, não conseguia ficar com mais ninguém e sinceramente, não sabia se isso era de todo mal.Minha folga finalmente chegou e iria me apresentar mais cedo no pub. Oliver pediu para entrar 2 horas mais cedo e estender meu horário por mais 1 hora. Claro que eu prontamente aceitei. Mais tempo fazendo o que gosto e mais dinheiro no bolso.Meu salário de gerente na cafeteria conseguia suprir todos os meus gastos e ainda sobrava um pouco para guardar, ma
Depois de mais algumas canções, decidi dar uma pausa — contra a vontade da plateia.— Prometo que volto daqui 20 minutos. — Respondi com o microfone em mãos, enquanto tentava conter as pessoas que reclamavam por eu ter parado a música.Oliver colocou uma música qualquer de fundo, para distrai-lo enquanto eu fazia minha pausa.— Meu Deus! — Dom falou eufórico, vindo ao meu encontro e me dando um soco leve no braço em forma de brincadeira. — A plateia te ama maninho! — Só conseguia rir.A gratidão era tanta que não conseguia expressar em palavras tudo que estava acontecendo comigo.— Concordo plenamente! — Reconheci a voz de Oliver logo atrás de mim. — Sua família é bem animada.— Você não sabe o quanto! — Respondi me virando para ele.— Vou aproveitar esse momento alegre para te fazer um convite. — Oliver me entregou uma caneca de chopp, quase trincando de tão gelada.Assenti para que ele prosseguisse enquanto bebia um longo gole da bebida.— Quero te tornar fixo aqui no pub. — Quase e
Ethan passou o resto da semana me evitando e nos poucos momentos em que aparecia no salão, tentava ao máximo não precisar falar comigo e isso estava me matando por dentro. Mas havia decidido não me importar mais com isso, ou ao menos fingir que não me importava.No primeiro dia foi difícil, senti a falta dele o dia inteiro, dormi mal e comi pior ainda. No segundo já não me senti tão mal, consegui me alimentar e dormir um pouco melhor. Quando chegou no domingo, mal havia notado que ele estava de folga, — ele só vivia trancado no escritório, — meu apetite voltou a ser como antes, até melhorou para falar a verdade, o sono foi estabilizado e minhas bochechas voltaram a ter o tom rosado de sempre.— Você está bem melhor né? — Abby perguntou enquanto se jogava no meu sofá, segurando um balde de pipoca.Era domingo à noite e havíamos combinado de ficar em casa, assistindo filme e conversando.— Sim. — Bebi um longo gole da minha Coca-Cola. — Só o mal estar de manhã que permanece, mas nada an
Abri a porta e segui para o meu quarto, mal percebendo a entrada da Abby no banheiro. Enfiei meus pés no primeiro tênis que vi e segui até a cozinha, pegando as chaves em cima da bancada da cozinha e descendo correndo as escadas, sem me importar com os gritos da Abby, me procurando pelo apartamento.Corri para fora do prédio, respirando fundo ao sentir o vento batendo em meu rosto. Tomei um susto ao ouvir a buzina do carro que solicitei pelo aplicativo do celular, parado bem na minha frente. Abri a porta de trás e entrei no carro, sorrindo aliviada ao notar que o motorista era uma mulher.Ela sorriu para mim e me deu boa noite, apenas assenti e tentei sorrir de volta.Encostei a cabeça no banco e abri o vidro, olhando as luzes de Nova York enquanto seguíamos viagem, as casas deram lugar aos prédios e os estabelecimentos comerciais, depois de alguns longos minutos, foram substituídos por um longo túnel quase vazio, devido ao horário. Fechei os olhos e respirei fundo, esboçando um peque
— Para sua casa ou a minha? — Ethan perguntou enquanto desacelerava o carro, parando no farol.— Para a sua. — Respondi rápido, antes que minha consciência me fizesse mudar de ideia.Ethan se virou para mim, com um meio sorriso nos lábios e um brilho nos olhos, se tornando quase palpável o desejo nele.— Você vai que horas para a cafeteria hoje? — Perguntei pegando uma bala de menta de dentro do porta luvas.— Não vou. — Ele respondeu tranquilamente enquanto acendia o cigarro, dando uma rápida tragada nele, antes de olhar para mim. — Pedi uma semana de folga. — Ele deu de ombros, voltando a atenção para a estrada. — Pensei que não iriamos mais voltar, precisava de um tempo para mim. — Ethan pressionou os lábios, pensativo.— Então quer dizer que podemos ficar o dia todo revezando entre o sofá e a cama? — Perguntei tentando anima-lo novamente e deitando minha cabeça em seu ombro.— O dia todo não, mas, ao menos até as 19:00 horas pelo menos. — Ele recostou a cabeça dele na minha, beija
Já não conseguia conter os gemidos, minha respiração estava ofegante, os batimentos descompassados e começava a sentir minha barriga contrair. Ethan puxou meu cabelo para trás, me fazendo olhar para ele enquanto aumentava o vaivém com os dedos, deslizando mais um dedo para dentro da minha boceta.— Ethan... — Não conseguia mais manter o ritmo dos meus dedos, o tremor começava a tomar conta do meu corpo. — Não consigo...— Isso. — Sua voz estava rouca e sua íris quase escura, tão penetrante que era impossível desviar o olhar.Cravei os dedos em sua coxa ao sentir seu dedo pressionando meu clitóris, ao mesmo tempo que aumentava o ritmo do vaivém, aumentando meus tremores e deixando minha respiração ainda mais pesada. Tentei fechar as pernas enquanto era preenchida pela maravilhosa sensação do clímax tomando todo meu corpo, mas fui impedida pela sua mão. Ele abaixou a cabeça, beijando meus lábios enquanto diminuía o ritmo do vaivém, cessando por completo alguns segundos depois. Abri os o