Azikiwe, ao sair do banheiro, percebeu que sua esposa não estava mais no mesmo, porém o seu cheiro estava no ar. Um aroma de framboesa e cassis. Ele respirou fundo, foi se vestir. Saiu à procura dela e a encontrou nos jardins com um sorriso que o desarmou por completo. Ficou de longe observando o quanto é linda e sensual, mesmo não querendo demonstrar esse intuito. Ela o viu e fechou o sorriso para a insatisfação dele. — Está há muito tempo aí? — Perguntou como se não quisesse nada. — Não, cheguei agora. — A encarou por mais alguns segundos antes de falar. — Vamos jantar! Á mesa do jantar eles comiam degustando a carne assada com ervas.— Não sabia que falava Suaíli. — Comentou despreocupado. — Não falava, até um mês atrás. — Deu de ombros. — Depois que descobri sobre você, pesquisei sobre o país, acabei me interessando, quando vi já estava estudando o idioma. — Percebi. Você foi muito bem lá, achei que não daria conta. — Você não me conhece mesmo. — Pronunciou trincada. Mandis
Simba não está satisfeito sobre o jeito que as coisas estão se desenrolando. E o mais frustrante é ter que deixar sua esposa sozinha, sendo que não conhece nada no país. Ele olhava para os homens sentados a mesa que o prenderam durante dois longos dias. Fazendo questão de o enterrar debaixo de problemas e mais problemas. — Ukuu, mandamos alguns homens para conter a pequena multidão que se aglomerou em frente ao palácio que protestavam pela anulação do seu casamento. — Concluiu em pensamento o restante, não querendo contrariar seu rei. Fora a olhada que recebia dele. — Quantos homens, Jahi? — Questionou o chefe do Serviço Secreto Kuandense. Todos naquela bendita sala não escondiam suas reprovações. Foda-se. Pensou contrariado. — Só foram preciso trinta homens, majestade — pausou olhando algo no papel — Mobilizamos todas as forças para fazer a segurança amanhã durante a cerimônia. Simba tentou agradecer, mas o representante da tribo do sul Nassor Bello levantou-se nervoso e tomou a
Ainda assustado Simba se aproximou de sua esposa. Ela gritava em meio ao sono profundo. Aproximou-se, cautelosamente, sentando-se na beira da cama e começou a chamá-la. No início ele fez com calma, mas quando via que não despertava, precisou usar um pouco de força. — Acorda, minha leoa... Acorda. — Pediu, sacudindo-a fortemente. Ela acordou assustada, se afastando do toque dele e procurando alguma coisa no quarto. Depois que se acalmou se encolheu na cama em forma fetal. Simba nunca presenciou algo do tipo. — Mandisa... Você... — Tentou pergunta se precisava de algo, mas ela o olhou com os olhos vermelhos. — Você realmente se importa? — Fungou — Eu não quero pena de ninguém Azikiwe, principalmente de você! Não havia raiva, apenas dor em sua voz. Sem parar para pensar, ele a puxou usando sua força, e a deitou em seu colo. — Eu não estou com pena, minha leoa — Suspirou preocupado — Estou assustado. Fale comigo. O que foi que aconteceu aqui? Por que estava gritando em seu sonho? Iss
— O que foi? Está sentindo alguma coisa? — perguntou preocupada.— Eu estou nervosa, senhora Kali.. — Não conseguiu terminar.— Não fique minha linda, eu tenho certeza que se sairá muito bem — Abraçou-a carinhosamente — Agora respire. Isso... Você se sairá muito bem. — Repetiu como uma mãe. Sem dar chances para ela mudar de ideia, puxou sua nora para fora do quarto. Havia uma fila de mulheres recepcionando-as até as escadas. Elas começaram a jubilar fazendo Mandisa olhar para elas impressionada. Até seu nervosismo tinha passado.Quando focou em descer as escadas, e não tropeçar com os pés, mirou seus olhos a o último degrau. Ela precisou suspender sua respiração mais uma vez. Seu marido a fitava quase que hipnotizado. Seus trajes tinham as cores idênticas com a roupa dela. A diferença é que a mesma é totalmente masculina. Mas o que a deixou impressionada, e com água na boca, foi admirar o corpo do seu esposo. Ele está sem camisa mostrando seu abdômen cheio de gominhos. Há um colar de
Ela viu que ele olhava para o mesmo lugar que os demais. Quando fez o mesmo viu uma linda negra entrando no salão. Ela exalava sensualidade e sexapill. Ela olhou novamente para Simba, e viu um sentimento diferente passando nos olhos dele. Ela não soube identificar, mas algo dentro dela apertou por dentro.— Majestade! — A desconhecia falou, fazendo uma reverência exagerada. Deu para ver seus seios fartos pelo decote de seu vestido e a mulher fez questão de exibi-los descaradamente— Agora reverencie sua rainha, Jakunde. — Simba mandou sério. A mulher olhou com altivez para Mandisa fazendo a ruiva arquear a sobrancelha para ela.— Majestade! — Disse com escárnio. Havia cinismo na voz da bela negra. Obi não quis sair por baixo, por isso se dirigiu a mulher nada contente.— Quem é você? — Sua pergunta saiu rude, por isso recebeu uma olhada de Nyeusi. Fez questão de ignorar.Ela não vai me humilhar, não mesmo.— Me chamo Nala Jakunde, sou. — Ela não teve a chance de terminar pois foi inte
Não importa o que as pessoas pensam de você, mas sim como você se comporta como pessoa. É com esse pensamento que Mandisa permanece firme em sua escolha de não se entregar de mão beijada para seu lindo e digníssimo esposo. Passaram-se dois dias desde a cerimônia e, para ser sincera consigo mesma, está sendo difícil, muito difícil resistir a bendita tentação que ele se tornou para seus olhos famintos. Alguns podem pensar que ela está fazendo doce, ou como Simba sempre joga na cara, "está se valorizando demais". Mas, para Mandisa, o que as outras pessoas pensam sobre ela não é de suma importância. O importante é não decepcionar a si mesma. Um dia seu pai lhe disse algo que lhe marcou muito. Ele disse:— "Nunca troque o que você quer na vida, por algo que você quer no momento."Para a jovem rainha, nada é tão contagioso quanto o exemplo. Segui os ensinamentos do seu falecido pai é tão importante quanto respirar.Mandisa se sobressaltou com a entrada de suas novas protegidas, as irmãs de
— E a confusão na praça central de mais cedo? — Simba questionou olhando seu tablet. Nesses dois dias a sua vida tem sido uma verdadeira bagunça. Em seu país acontece, todo santo dia, uma desavença e para completar sua desgraça, Mandisa o rejeita. Ele nunca pensou que passaria por algo assim. Achou que a batalha seria fácil, porém constatou que a única coisa fácil foi a perda de sua paciência.— Já foi controlada, alteza! — Daren respondeu olhando para uma confusão de pessoas empilhadas na porta de uma das salas do palácio.— Mas o que está acontecendo aqui? — Azikiwe perguntou a Zolla, que vinha em sua direção.— A senhora Mandisa está na sala contando história. — Deu de ombros sem graça, pois em vez de fazer o seu trabalho, também estava escutando como todos. O rei entrou de mansinho e quando perceberam a sua presença, pediu que fizessem silêncio e o deixassem ouvir um pouco.— Ela está contando sobre José do Egito, Senhor — Uma das servas cochichou — A Vossa Alteza está na parte e
Mandisa despertou em um lugar totalmente diferente de seu quarto. As paredes brancas e o cheiro forte de soro, denunciam que ela está em um hospital. Sentou-se na cama devagar, para não ficar tonta, e percebeu um vulto no canto do quarto. Quando olhou, deu de cara com seu esposo. Sua face está séria e seus lábios estão cerrados. Sem a dirigir a palavra, pegou o celular, discou e a entregou, depois foi sentar-se.Por que será que ele está assim?Ela se perguntou um tanto nervosa. Deu de ombros um pouco desconfortável pela olhada que recebia, mas se esforçou para prestar atenção ao telefone. Quando a outra pessoa atendeu, seu coração deu uma cambalhota no peito.— Oi minha gostosa!— Minha Lili! Eu... — Sua garganta se fechou por causa do choro — Eu tive tanto medo por você.— Eu sei amor, mas graças a Deus estou bem. — Pausou sorrindo — Fiquei sabendo que desmaiou. Precisa se cuidar, não quero que meu sobrinho ou sobrinha se machuque.Mandisa sabe que Liliene está certa, infelizmente e