E disse-me mais:Está cumprido.
Eu sou o Alfa e o Ômega.O Princípio e o Fim.
A quem quer que tiver sede, de graça, lhe darei da fonte da água da vida.
Apocalipse 21;6
Muito anos depois de Londres
O dia nasceu lindo e o único objeto a brilhar acima de todos,naquela piscina azul celeste, era o sol.O mundo evolui assim como os vampiros, e não falo só da forma espiritual mas, principalmente, física.
Julio Cesar, por exemplo, cortara seus longos cabelos e os 'espetara' para cima dando aquele charme despojada junto a jaquete de couro que substituira o sobretudo de antes.
Marcus por outro lado deixara seus cabelos crescerem em leve ondas a altura dos ombros e abandonaram os casacos e sobretudos por jaquetas e camisetas, mas continuaram adeptos de cores fúnebres.
No momento, o pequeno grupo vinha por um túnel formado por árvores altas e com muitas folhas. Ok que o sol já não mais os afeta,mas isso não significa que eles o adorem.
Abruptamente Julio Cesar estacou.
-Julio Cesar, o que foi? -perguntou-lhe Brenda ao seguir seu olhar e ficar boquiaberta como ele ao ver aquilo que não lhes seria possível.
-Não é possível - murmurou com o coração em disparada como há muito tempo não acontecia.
Todos ficaram espantados, felizes e alguns tomados de ódio ao verem o que aqueles dois contemplavam.
-Aquela não pode ser Miranda - enraivou-se Lais - eu mesma matei aquela vadia.Eu a vi virar cinzas pelo ar - mas a última parte ela acrescentou em pensamento já que seu segredinho valia ouro.
Logo mais á frente vinha aquela que todos estavam a jurar que era o passado encarnado no futuro.
Uma garota de longos e lisos cabelos negros como a noite com mechas azuis escurar a brilharem e olhos tão negros como a vastidão escura aproximava-se daqueles que ela percebera pararem do nada e lhe encararem com diversas emoções em seus rostos.Em suas mãos a garota trazia dois cadernos colegiais e um estojo, sinal de que estava a caminho da escola.
O encontro estava próximo, mas Julio Cesar não queria e nem podia esperar, então adiantou-se em direção a 'sua Miranda' e agarrou com firmeza o braço da garota que arregalou os olhos e estremeceu com aquele toque frio.
-Miranda, meu amor - e pela primeira vez em anos, ele sorriu.
-Desculpe - com gentileza, mas tremor, esta puxara seu braço do aperto daquele estranho - mas meu nome é Soraia - e tratou de sair rapidamente da presença daquele grupo que lhe causava arrepios.
-Ela é a Miranda - afirmou ao trocar seu sorriso de amor pelo de ressentimento diante da recusa e mentira da garota.
-Não ouviu ela dizer que se chama Soraia?!
Lais trazia fúria e medo em suas palavras, afinal, se Julio Cesar descobrisse o que ela fez com Miranda, teria o mesmo, senão, pior destino.
-Ela está mentindo!
-E por que ela o faria?
Brenda olhava com atenção para a garota que se distanciava, e via óbvias semelhanças e diferenças entre ela e Miranda, mas sabia que o amor podia cegar, mesmo um ser como Julio Cesar.
-Soraia, o que foi? - perguntou Amy, a melhor amiga de Soraia desde crianças,uma garota pequenina de cabelos ruivos com mechas brancas nas pontas ao meio de suas costas, olhando com seus brilhantes olhos verdes escuros para a preocupação estampada no rosto da amiga que olhava para um sujeito que a encarava fixamente.
-Aquele cara me abordou me chamando de Miranda e meu amor de um jeito muito estranho.
-Ele te confundiu com outra - disse ao pegar as mãos da amiga e perceber que esta as tinha gélidas e trêmulas.
Soraia então deu uma olhada de rabo de olho e, para seu alívio, o grupo assustador havia sumido.Ao menos por enquanto.
-Acho melhor entrarmos - falou Amy, mas então estremeceu do nada, como se alguém a espreitasse, então deu uma olhadela ao redor, mas nada vira.
'Pôxa, tô ficando paranóica também'.
Olhas espreitaram por detrás de uma árvore,seu alvo era uma garota linda demais para não olhar, vestida numa calça branca e blusa azul escura com tiras lhe abraçando o corpo, mas aquele olhar verde como duas esmeraldas o deixou sem palavras.
Um enorme prédio de três andares entrou em destaque e o letreiro negro Division Academy entrou em constraste com a cor clara do prédio e a escadaria estava abarrotada de estudantes se dirigindo as enormes portas duplas abertas a estes.
O que Julio Cesar e seu grupinho nem sequer imaginavam, é que por detrás de um beco ao canto de uma casa, um belo par de olhos verdes claros com algumas mechas negras caindo sobre estes os espreitava, ora franzindo o cenho ora adimirando algo. Quem era? O que queria?
O primeiro andar do colégio era ocupado pelas salas de aulas onde alunos entravam e saiam.No segundo piso ficava o refeitório, a biblioteca e a videoteca.E no terceiro um salão para aulas de dança.Tudo pintado com cores claras num contraste forte com os móveis em madeira escura e as cortinas brancas.
O campus do colégio era bem amplo com árvores e bancos de madeira ali e aqui e uma faixa de cascalho que levava a quadra de futebol e a de basquete.
No momento alguns alunos estavam espalhados por ali a conversarem sobre a festa cinemática, ou seja, festa a fantasia de cinema que aconteceria no sabado em prol do hospital que fora saqueado.
-Eu tenho que ficar perto daquela garota - dissera Julio Cesar sentado em uma carteira ao fundo da sala, indicando com os olhos para Soraia á Brnda ao seu lado que nem acreditava que estava em uma sala de aula depois de milênios.
-Mas ela não é Miranda.
-Pode não ser na alma, mas no corpo é - rebateu e então Soraia lhe encarou nos olhos e ali viu que ela tinha o potencial para carregar a alma de seu amor.
Antes que Brenda viesse a falar algo, Marcus sentou- se na cadeira á frente e encarou Julio Cesar - isso é obsessão, Julio Cesar.
Julio Cesar rosnou um - eu vou trazer Miranda de volta pra mim - e levantou-se rapidamnete, o que fez vários olhares se voltarem para si, mas pouco se importou, pois estava indo de encontrou ao seu amor.
Do outro lado da sala, Lais escutava tudo claramente e trincava seus dentes ao olhar para a tal Soraia que sorria para a outra ao seu lado, enquanto Julio Cesar se sentava na cadeira atrás da sua atento a tudo o que ela fazia.
'Ele ainda não esqueceu aquela desgraçada.E mesmo depois de morta, ela ainda empata a minha vida'.
Enfim chegou o tão aguardado sábado.E do início da semana até aqui Julio Cesar não fizera outra coisa, senão seguir os passos de Soraia.E o desconhecido dos olhos verdes também.Soraia aproveitou o sábado de sol para dar uma caminhada pelo bairro assim como tantas outras pessoas, mas ela sentia que alguém a seguia, mas suspirava de raiva ao olhar para todos os lados e não ver ninguém lhe observando.De repente um sussurro trazido pelo vento chegou aos seus ouvidos -Soraia tome cuidado com a bruxa -e os pelinhos de seus braços se eriçaram e, por instinto, os esfregara e deu uma boa olhada ao redor, mas nada vira.Julio Cesar trincou seus dentes e viu-se obrigado a se transformar em morcego para sair dali, pois não queria arriscar um confronto com aquela raça maldita na frente de testemunhas, tão
-Brenda? - chamou a sua fiel aliada que estava recostada a mesa de bebidas com um copo quase vazio nas mãos.Brenda o atendera prontamente com um olhar serviçal, ficando ereta e largando o tal copo.-O que deseja, meu senhor?Julio Cesar olhou para a garota que ria ao lado de Soraia - vê aquela garota? - esta assentiu - ordene a ela que me apresente a Soraia - com um aceno, Brenda rumou em direção ás meninas.O estranho dos olhos verdes estreitou seu olhar e trincou os dentes ao ouvir o pedido de Julio Cesar, e o pior é que não podia fazer nada para impedi-lo ou para impedir aquela mulher de ir até Soraia.Mas uma coisa ele podia fazer -Soraia, tome cuidado com a bruxa -sussurrou pelo ar.Soraia estremeceu ao ouvir aquela voz lhe rondar o corpo e o espírito. Ah, como queria descobrir a quem pertencia aquela voz intensa.-Amy - sussurros ecoaram no ar e c
O fim da madrugada se aproximava e mesmo contra a sua vontade, quando enfim acordara sobre um sofá de couro no colégio, sozinha, sentia-se puxada por Julio Cesar como se este fosse um imã.E o pior é que não via seu salvador de olhos verdes.Que droga!Muitas foram as vezes que Soraia tentou desviar os olhos e até sair dali, mas de um jeito ou outro via-se perto dele o olhando.E no caso de Amy acontecia o oposto, quanto mais tentava se aproximar da amiga mais esta se afastava.Como ele tem tanto poder no olhar?Somente o estranho dos olhos verdes tem essa resposta mas, infelizmente,para o bem da cidade toda convém manter essa resposta guardada. Mas até quando?Brenda sorria, afinal seu senhor havia conquistado a atenção da garota. Mas e quanto aquele estranho?O que ele é?O que ele quer?Num lugar não muito
As luzes do corredor estavam apagadas, o que já era de se considerar estranho, então com a ajuda das luzes vindas das salas de ambos os lados do corredor pode-se ver uma garota de joelhos a soluçar e cobrir o rosto ao lado de um corpo todos ensanguentado numa poça de sangue e de olhos arregalados como se tivesse visto o demônio antes de morrer.Soraia solidária, mas temerosa em seus passos, retirou sua máscara de mulher gato enquanto se aproximava da garota, olhando apavorada para aquela cena ao abraça-la.O estranho dos olhos verdes estacou e recuou, pois não queria e nem precisava ver aquela cena para saber quem a havia praticado.Nesse tempo alguém havia chamado a polícia, pois alguns homens fardados com as cores da bandeira da cidade - preto e vermelho - se aproximavam pelo corredor, aústeros.-Por favor, afastem-se da vítima - pediu o policial que vinha a frente
No interior de uma tenda banhada pela luar que aos poucos se livrava das nuvens negras, duas vozes femininas conversavam com certa aflição na voz.-Chegou a hora - afirmou a garota dos olhos negros e um semblante sereno, apesar da situação, não se via muito mais do que a lateral de seu rosto branco com um tom acinzentado, sua boca sensual, seu nariz teimoso e partes de seu cabelo negro que caía pela lateral de seu pescoço alvo.-Sim - concordou a outra mulher a seu lado também mostrando parte de seu rosto onde o que mais brilhava eram os seus olhos verdes claros delineados com kajal e os cabelos negros enrolados junto ao que seriam pedrinhas coloridas á lateral de seu pescoço adornado com correntes - você não deve esperar mais. Julio Cesar persegue seus alvo incansavelmente, sem trégua.A garota que aparentava ser bem mais jovem do que a mulher suspirou ao dizer - eu
-Então você já a conhece?Julio Cesar nem fazia ideia de o quanto, afinal já haviam trocado um beijo enquanto que ele não havia experimentado mais do que o calor do toque da pele dela.-Não se faça idiota,eu sei que você sabe disso.Julio Cesar sorriu amplamente ao dizer - o sangue dos lobos está começando a ferver em suas veias, não é mesmo, amigo?-Você nem faz ideia - rebateu com um sorriso sexy e provocador ao fazer seus olhos verdes claros ficarem amarelos como chamas vivas dentro de suas pupilas.Julio Cesar jamais iria se permitir ficar para trás, muito menos para Augusto.Então, assim como ele, fez seus olhos já negros de nascença adquirirem o rubi de sangue ao centro, algo tão caracteristico dos de sua espécie.-Seja lá o que você quer da Soraia, eu vou te impedir - deixou-o de sobreaviso, afi
Brenda encontrasse numa sala anexa ao seu quarto com as mãos espalmadas sobre uma mesa de madeira branca redonda onde repousa aestrelado destino e ao seu redor velas negras dão aquele aspecto sombrio.Brenda mantém a posição e de olhos fechados entoa um cântico ritualístico de linguagem imcompreensível.Do nada, as chamas das velas começam a se mexer, mas não há vento algum na sala, e então todas se apagam num sopro e a fumaça que sobe ao ar torna-se densa e assenta sobre a mesa.-O que quer de nós, sacerdotisa? - pergunta muitas vozes ao mesmo tempo tanto vozes femininas quanto masculinas.-Quero ver a possessão da Raquel em Lais.Risadas finas e assobios rascantes ecoam no ar ao dizerem - seu pedido é uma ordem, sacerdotisa- enquanto a fumaça levanta-se da mesa e cruza pelo corpo de Brenda que mant&eacu
Não eram somente os lobos que queriam descobrir as intenções dos vampiros, ainda desonhecidos dos humanos, pois nesse exato momento a polícia analisa as fitas de video do colégio no dia do dito baile.O Delegado Sergio, um belo homem que, com certeza, senão fosse delegado seria modelo, não somente pelo seu porte fisíco mas também por seus belos olhos e cabelos escuros brilhantes, e estava impaciente, caminhando de um lado para o outro com os braços cruzados, evidenciando seus músculos.Sem olhar para ninguém, nem mesmo para a Investigadora Malvina ao seu lado, álias, uma bela mulher bem 'classuda' numa calça social preta contornando com perfeição as suas curvas, assim como a sua camisa branca longa e o estilo fica por conta do coque frouxo com muitos fios soltos de seu cabelo loiro claro e seus olhos,incrivelmente, azuis claros a observarem as imagens na tela d