- Como secretária, estar preparada para todas as situações é sempre uma escolha acertada. – Comentou Larissa, sem emoção.- Você está tão ansiosa para que algo aconteça entre mim e ela? – Questionou Walter.- O que você decide fazer não é da minha conta. – Disse Larissa.Walter encarou ela por alguns segundos, de repente, se aproximou dela.Larissa não sabia o que ele pretendia, instintivamente deu um passo para trás.Sorte que, naquele momento, Diana saiu do quarto usando a nova roupa.- Walter, já troquei de roupa. – Disse Diana.- Deixe-me levar a Srta. Diana para casa primeiro. – Sugeriu Larissa, de imediato.- Não, Larissa, estou bem agora. Posso continuar trabalhando. – Negou Diana, balançando a cabeça.- Não precisa se forçar. – Disse Larissa.- Enfrentamos isso juntas, você não chorou. Eu não posso mais ser mimada. Preciso aprender com você, preciso ser corajosa! – Disse Diana, ela estava incrivelmente séria.Walter, sem se importar com a cena, se dirigiu para a saída. - Volte
Larissa estava parada na entrada da copa quando ouviu aquelas palavras. - Não tente nos separar! Mesmo que haja algo entre Walter e Larissa, eu vou competir de forma justa com ela! Se você também gosta do Walter, pode competir comigo de maneira justa. Estou confiante, não sou pior do que nenhum de vocês, Walter acabará ficando comigo! – Disse Diana, rapidamente.Larissa virou as costas e saiu.Diana era realmente uma boa garota. Mas aquela Felícia, tentando armar situações através dela, não deu certo. Agora deixou Diana contra ela. Era melhor Felícia não fazer nada, ou ela não seria gentil....À noite, ao sair do trabalho, Larissa viu Enrico no saguão do primeiro andar.- Professor Enrico. – Cumprimentou Larissa, se aproximando, depois de pensar um pouco.- Srta. Larissa. – Disse Enrico, se levantava do sofá.- Você veio buscar a Srta. Diana? Quando desci, vi ela conversando com colegas, então ela deve estar descendo em breve. – Conjecturou Larissa.- Eu soube de tudo o que aconteceu
No dia seguinte, Larissa foi trabalhar como de costume. Segurando sua garrafa térmica, ela foi até a copa para pegar água quente. Como ainda não havia começado oficialmente a trabalhar, ela se apoiou no balcão, pegou o celular e fez uma ligação.Desde o dia em que Walter mencionou sua mãe, Larissa estava um pouco inquieta. Após dois dias procurando, ela encontrou o número de telefone da antiga vizinha de sua mãe e decidiu ligar para perguntar.- Alô, quem é? - Perguntou do outro lado.- Maia, sou eu, Larissa. - Respondeu Larissa.- Oh, Larissa, como você conseguiu meu número? - Perguntou Maia.- Eu tinha guardado antes. - Disse Larissa, baixinho.- Então, por que está me ligando? - Perguntou Maia.- Você ainda é vizinha dos meus pais? Como eles estão recentemente? - Perguntou Larissa.- Eu mudei há muito tempo, não moro mais lá. Atualmente, moro com meu filho e nora. Não mantenho muito contato com seus pais, mas da última vez que vi eles, estavam bem. Não sei como estão agora. - Disse
Por causa daquela frase, Larissa ficou completamente desapontada com seus pais. Nos três anos seguintes, ela não contatou eles mais, até que alguns meses atrás, teve a ideia de ligar, mas não conseguiu.Naquela hora, ela até soltou um sorrio sarcástico. Em termos de coração frio, seus pais foram campeões. Quando eles diziam que cortaram, cortaram completamente.Agora, ao ouvir a voz da mãe e saber que ela estava bem, Larissa não se preocupou mais. Cada um seguia o seu caminho.Ela pegou a xícara de chá e voltou para a sala da secretária.Mal havia se sentado, Felícia jogou o documento de ontem em sua mesa, se gabando da vitória. - Já falei com o Sr. Walter. O Sr. Walter designou você para cuidar disso! - Disse Felícia.Justo quando Larissa não queria mais ficar no escritório bagunçado, ela não disse nada, pegou o documento e a bolsa e saiu.Felícia olhou para as costas dela com um olhar malicioso.Larissa saiu da empresa e entrou em um café nas proximidades, pedindo aleatoriamente um
Walter, sempre imperturbável, chegou ao local marcado para encontrar Yuri. Ele estava devorando um bolo.Walter examinou ele e se sentou.- Os dados que você quer estão aí, vá ver por si mesmo. Estou morrendo de fome desde ontem à noite. - Disse Yuri, de maneira ininteligível, indicando os documentos na mesa.- Não tem ninguém em casa para te fazer comida? Sua mãe não estava procurando uma esposa para você? - Perguntou Walter, casual, examinando os documentos.Ao lembrar da mulher mais velha que, sob o título de noiva, invadiu sua casa, Yuri ficou enjoado e jogou o bolo de volta na sacola, limpando as mãos com um guardanapo.- De acordo com a antiguidade, eu teria que chamar ela de tia. Ela tem cinco anos a mais do que eu. É incrível que minha mãe pense em fazer ela minha esposa. Ela só quer a herança dela. Se eu casar com ela, basicamente teria uma empregada em casa... Não quero nem mencionar ela. - Recalmou Yuri, com um tom desagradável. Ele levantou as pálpebras, perguntando. - Por
- Ouvi dizer que você acabou de ter um filho, um bebê adorável. Gostaria de ter a honra de ver ele? - Disse Larissa, mantendo a compostura.Sr. Michel ignorou ela e partiu. Contudo, em vez de ir para casa, ele se dirigiu a um hotel para participar de um salão do setor.Larissa, como secretária-chefe do Grupo BY, teve acesso ao evento. No entanto, ela não tinha interesse em conversar com outras pessoas, preferiu ficar quieta em um canto isolado.Quando o evento do Sr. Michel terminou, ela se aproximou dele, pressionando ele a assinar o acordo adicional.Se ele não assinasse, não havia problema. Ela voltaria no dia seguinte. Ele que se desgastasse por quatro dias, justamente quando ela estaria deixando o emprego.Enquanto folheava uma revista, Larissa notou uma comoção ao lado. Ela se levantou e se aproximou deles. Era Michel discutindo com uma mulher. - Michel! Você está vendendo propriedade da empresa! Você merece uma morte terrível! - Xingou a mulher, não se importava com a ocasião
- Como você pretende lidar com ela? - Questionou Larissa, sem se abalar.- Isso é problema meu, não tem nada a ver com você. - Disse Sr. Michel, com um sorriso frio. - Se você cometer alguma ação prejudicial a ela, envolvendo crimes, eu me tornarei cúmplice. Claro que me diz respeito. - Rebateu Larissa.- Na verdade, estou te ajudando. Se minha intuição estiver certa, essa tarefa que originalmente era dela e acabou nas suas mãos foi por causa do Sr. Walter, que está favorecendo ela. Até certo ponto, a existência dela está bloqueando o seu caminho. Entregue ela para mim, eu resolvo isso e você fica sem um concorrente. Fica mais fácil, né? - Sugeriu Sr. Michel.Ele dissecava a situação com calma, seu tom era tentador, como se não houvesse malefício algum.- É verdade, eu também estou incomodada com ela. - Concordou Larissa, depois de pensar por um momento.- Você concorda? - Perguntou Sr. Michel, semicerrando os olhos.- Concordo. Eu já vou ligar. - Larissa pegou o celular, discou o núm
Naquela noite, Walter parecia não se entender bem com a cintura de Larissa, deixando nela várias marcas de mordidas e arranhões.- Não percebi antes, como você é boa em seduzir as pessoas? - Enquanto estava absorto, Larissa ouviu ele dizer em seu ouvido.Larissa pensou que ele estava se referindo ao Sr. Michel, achou tão absurdo que nem se deu ao trabalho de responder, fechou os olhos, deixando ele fazer o que bem entendesse.No dia seguinte, Larissa foi a primeira a se levantar.Walter foi muito brusco na noite anterior, ela sentiu desconforto ao se levantar da cama. Se movia com alguma lentidão. Walter também se levantou, lançou a ela um olhar vago, não disse uma palavra e foi diretamente para o banheiro.Ele se lavou rapidamente. Larissa se maquiou antes de sair e ele seguiu para fora. Os dois saíram do hotel sem trocar uma palavra.O motorista de Walter trouxe o carro até a entrada para buscar ele. - Espere um pouco. - Disse Walter, ao motorista, depois de entrar no carro.Larissa