Quando os pensamentos turbulentos atingiram seu ápice, a porta da cela foi aberta de repente de fora. - Todos de pé! - Gritou o guarda.Todos imediatamente largaram suas tigelas de comida e se levantaram. Larissa tinha ouvido falar das regras ali e se lembrou delas. Mas mal teve tempo de pôr os pés no chão quando uma pontada no estômago a fez se dobrar, quase caindo, até que um braço se estendeu e envolveu ela. Ela colidiu com o peito daquela pessoa, o nariz encontrando um cheiro familiar de neve limpa. Nos olhos de Larissa, surgiu uma onda de angústia indescritível.A injustiça de ser acusada, a injustiça de passar fome por duas refeições. Uma pergunta quase escapar pela sua poca, “por que você demorou tanto?”, mas ela conseguiu morder a língua a tempo. A voz de Walter veio de cima dela. - Não consegue andar? - Dor de estômago... - Disse Larissa fracamente.- Você mereceu, não pensou em deixar a Milena me procurar? Larissa empurrou fracamente o peito dele e Walter ergueu ela
- Você se aproveitaria da minha vulnerabilidade? - Perguntou Larissa, engolindo em seco.Walter olhou para ela de forma misteriosa enquanto o elevador subia calmamente até o 12º andar. Só depois que eles saíram do elevador, ele respondeu à sua pergunta. - Você está muito malcheirosa agora, não consigo nem pensar em beijar você.Ela só tinha ficado um tempo na cama fedorenta... Walter chegou à porta do quarto dela e tirou um cartão de acesso de algum lugar, abrindo a porta diretamente. Larissa não estava realmente com cabeça para perguntar nada naquele momento. Não era a primeira vez que ela percebia que ele era capaz de tudo. Walter usou o pé para fechar a porta. No final das contas, ele acabou entrando no quarto dela. Walter colocou Larissa no sofá e ela finalmente conseguiu libertar suas mãos, se servindo de um copo de água morna e bebendo quase metade antes que a campainha tocasse e Walter fosse atender. Ele voltou em pouco tempo, segurando uma caixa de comida. Devia ter sid
Larissa era alta e magra, mas não demais. Ela tinha curvas nos lugares certos, mesmo usando esse pijama sem forma alguma, dava para perceber suas curvas.Walter lembrava com facilidade como costumava controlar ela. Quando eles fizeram sexo, ele costumava sussurrar em seu ouvido que ela era feita para ele, tudo nela era perfeito, até mesmo o tamanho dos seios, se fossem maiores, ele não conseguiria os segurar com apenas uma mão.E então, vendo ela se encolher, com o rosto corado, chamando ele de canalha... Ela realmente não sabia como insultar as pessoas.Ele movimentou a garganta sem expressão e perguntou com uma voz profunda: - Está me chamando? Algum problema? Larissa não estava consciente de como estava parecendo, ainda estava lá, em pé. Ela estava na passagem entre o quarto e a sala, ao lado da luminária, com o rosto pálido.- Milena me ligou, disse que há fotos da Sarah na internet... Você mandou alguém lidar com isso? - Sim. O coração de Larissa, que estava em tumulto, se aca
- Usarei seu quarto para trabalhar. - Disse Walter, se aproximando dela. - Estende a mão. Ele morava no sótão, onde a internet era mais rápida do que no quarto dela, então por que ele precisava trabalhar ali... Larissa hesitou antes de estender a mão.- São comprimidos para dormir, tome e durma. - Walter jogou duas pílulas brancas para ela. - Eu vou dormir... Sr. Walter, você pode voltar para o seu quarto. - Larissa fechou a mão. Walter olhou para a expressão cansada dela e para o cabelo bagunçado, de repente abaixou a cabeça, beijando seus lábios sem aviso prévio.Larissa imediatamente recuou.Walter segurou com força a parte de trás da cabeça dela, restringindo seus movimentos, intensificando o beijo. Larissa estava com a respiração irregular, suas mãos agitadas empurravam o peito dele e ela não pôde deixar de soltar um gemido abafado. Walter mordeu o lábio inferior dela, depois a soltou. Larissa rapidamente se enrolou no cobertor, se afastando para o fundo da cama, observando e
Walter não comentou sobre o suicídio de Sarah, apenas observou Larissa, que estava bem-arrumada. - Você ainda vai para o trabalho? Larissa encarou ele e também perguntou:- Você vai encontrar os pais da Sarah? O que vocês vão conversar? Ela não sabia se Walter tinha voltado para seu próprio quarto na noite anterior. Será que ele realmente passou a noite toda sentado na sala dela? Ele costumava usar camisa e calças pretas, então não dava para dizer se ele tinha trocado de roupa, mas seu rosto não denotava cansaço, seus olhos negros continuavam profundos e penetrantes.- Você está apenas curiosa ou está preocupada? Está com medo de que os pais da Sarah me subornem? - Perguntou Walter. Larissa apertou os lábios, era... A última opção. Se os pais da Sarah estavam pedindo para encontrar ele, então eles sabiam que ele estava protegendo ela. Certamente eles estavam oferecendo boas condições em troca dela ser entregue a eles, para que pudessem fazer o que quisessem com ela. Ele concordar
Walter ergueu os olhos para Sra. Nunes de baixo para cima, sua presença imponente era como a de um tigre mostrando os dentes, intimidando ela até que ela se sentou de volta na cadeira. Logo ela percebeu que estava sendo assustada por alguém mais jovem, o que era muito embaraçoso, então ela se levantou de novo, querendo dizer alguma coisa, mas foi segurada pelo Sr. Ademir.Sr. Ademir estava mais calmo, afinal, Walter não afirmou diretamente que iria proteger Larissa, então havia margem para negociação. Ele sorriu de novo. - Walter, você foi um pouco duro. Minha esposa é impaciente e fala diretamente...Walter não teve paciência para ouvir as cortesias. - Diga logo. Após um breve momento de silêncio, Sr. Ademir disse francamente: - Larissa é a culpada, ela feriu minha filha, nós vamos garantir que ela seja presa! As últimas palavras foram ditas com ênfase!Na mesa do outro lado, onde a mulher estava abaixada comendo, a colher de porcelana caiu na tigela, fazendo um som de clique.W
Mesmo com a garantia de Walter, Larissa ainda não estava completamente tranquila. Se os pais de Sarah estavam dispostos a oferecer 50 milhões para que Walter deixasse ela, quem sabia o que mais eles estariam dispostos a fazer?Ela até ficou um pouco assustada com a ideia de receber uma ligação, com medo de ser novamente chamada pela polícia para prestar depoimento. A distração tomou conta dela durante toda a manhã.Durante o intervalo para o almoço, alguns colegas convidaram ela para ir ao refeitório. Larissa não era muito próxima dos colegas do Grupo Dias, então raramente comia com eles, mas como eles a chamaram, ela acabou indo.Só descobriu o motivo do convite quando chegou lá, eles estavam sedentos por fofocas.- Secretária Larissa, é verdade que a Srta. Sarah quase se jogou do prédio ontem à noite? - Secretária Larissa, por que você não veio trabalhar ontem? Alguém disse que te viu na delegacia. A polícia te chamou para depor? - Secretária Larissa, você tem alguma ligação com o
- Está tudo bem, nós estamos bem. - Respondeu a babá, depois de ficar surpresa por um momento.Larissa soltou um suspiro de alívio. Vanda havia acabado de passar por uma cirurgia cardíaca e não podia ser assustada, então ela apertou os lábios e avisou: - Se receber alguma ligação suspeita, simplesmente desligue e não aceite coisas de fontes desconhecidas. Se notar algo estranho, me ligue ou chame a polícia. - Certo, eu entendi... Srta. Larissa, aconteceu alguma coisa? - A babá ficou assustada com a seriedade de Larissa.- Nada, não fale nada para os meus pais. Estou ocupada com o trabalho e não voltarei para casa neste fim de semana. Mandei minha irmã ir buscar minha mãe para o check-up. - Ah, entendi, entendi. Depois de desligar a ligação, Larissa voltou para sua mesa, parecendo abatida. A assistente Laura colocou uma caixa de papelão na mesa dela.- Secretária Larissa, tem uma entrega para você na recepção, então aproveitei e trouxe. - Obrigada. - Larissa forçou um sorriso. El