Responder às palavras dele seria cair numa armadilha de perguntas e respostas.Ela não se sentia mais obrigada a responder as perguntas dele.Então, Larissa desviou o assunto. - Com o Sr. Danilo cuidando, Sr. Sandro e Sr. Joaquim devem estar bem. Eu vou indo. - Disse Larissa.Sua atitude era indiferente como se estivesse lidando com um estranho.Walter a encarou com frieza. - Já se passou uma semana. Ainda não superou as emoções? - Disse Walter, após Larissa dar alguns passos.Larissa hesitou por um momento, percebendo que ele pensava que ela tinha sido injustiçada no hospital e apenas desabafou impulsivamente. Com o tempo, ela deveria estar mais calma.Na verdade, ao relembrar aquele momento, ela própria achava que sua emoção estava exagerada. Despejou todas as suas queixas sofridas com ele de uma vez. Aos olhos dele, provavelmente, ela parecia uma palhaça.Larissa não tinha muito a dizer. Ela já havia renunciado ao emprego e eles não tinham mais relação. Não havia necessidade de co
No momento em que Larissa foi surpreendida ao ser capturada, seus olhos encontraram os brilhantes de Sandro quando ele virou a cabeça de repente.- Eu sabia que a música no seu celular era idêntica à daqui. Você estava definitivamente aqui, você estava me enganando! - Disse Sandro, sorrindo.Larissa mordeu a ponta da língua. Viviane estava lá atendendo clientes quando enviou uma mensagem a Larissa, admitindo ter bebido demais e pedindo que ela a buscasse. Normalmente, Viviane não recorreria a ela daquela maneira, temendo que Viviane tivesse possíveis problemas, Larissa foi de imediato ao seu encontro.No entanto, Viviane não mencionou o número da sala. Larissa, sem saber onde ela estava, aguardava sua resposta quando recebeu uma ligação de Sandro.Sem disposição para explicar muito, Larissa inventou que estava recebendo visitas em casa, mas...Larissa, cerrando os lábios, teve que admitir. - Sr. Sandro, estou esperando por uma amiga. - Disse Larissa.Entretanto, ao afirmar momentos a
Larissa levantou a taça, uma após a outra, esvaziando três copos consecutivos e no final virou o copo de cabeça para baixo.- Bebi, Sr. Sandro, aceite meus votos de boa sorte. Realmente tenho um compromisso urgente hoje, não posso acompanhar. Me desculpe. - Disse Larissa, com um sorriso. O olhar profundo de Walter a acompanhou enquanto Larissa se afastava.Ela bebia rápido, falava rápido, andava rápido. Ninguém reagiu a tempo. Era natural que ninguém a impedisse. Foi só depois de ela sair que murmuraram uma palavra “desinteressados”.Larissa estava destinada a ser assim desinteressante.Ela estava presa naquela situação. Se não bebesse, não conseguiria sair da sala. Eram apenas três copos, beber resolveria o problema e não a impediria de procurar Viviane. Então, por que não beber? Resistir era ter dignidade, mas uma dignidade mal aplicada não resolveria nada, apenas aumentaria a diversão para os “senhores” daquele jogo mundano.Larissa não queria ponderar sobre o significado por trás
- É verdade, não tenho muita dignidade, mas penso que o raciocínio é simples e fácil de entender. Vocês também conseguem entender. Ambas as empresas estão negociando uma parceria por benefício mútuo. Se a situação ficar feia, a colaboração pode ser prejudicada. Isso não seria prejudicial apenas para a empresa da Vivi, mas também para os senhores. Concordam? - Afirmou Larissa.Era realmente uma lógica simples.A capacidade de colaborar indicava benefícios recíprocos, sem que nenhuma parte estivesse sendo prejudicada. No entanto, a natureza impulsiva dos homens os levava a tirar vantagem para dificultar as mulheres. Contudo, isso não chegava ao ponto de romper o contrato só porque não comseguiam obter todas as vantagens desejadas. - Eu acho que já te vi antes. Você é... A secretária do Sr. Walter, não é? - Comentou um dos homens, após observar Larissa.- Qual Sr. Walter? - Indagou o outro homem, mudando sutilmente a expressão.- Estou falando do Sr. Walter do Grupo BY. - Respondeu, o co
Após assinar o contrato, Larissa segurava o documento com uma mão, enquanto ajudava a quase incapaz Viviane a andar com a outra, seguindo Sandro para fora da sala.No corredor, Sandro olhava para um lado e para o outro, sem encontrar Walter.- Você e sua amiga estão bem? - Perguntou Sandro.- Estamos bem, obrigada, Sr. Sandro. - Agradeceu Larissa, com sinceridade. Se tivesse sido forçada a tomar as duas últimas taças, ela podia suportar, mas certamente se sentia desconfortável. Sandro a ajudou.Pela primeira vez, Sandro foi olhado por Larissa com sinceridade, se sentindo um pouco constrangido.- Não foi nada, contanto que você leve a sério a ideia de trabalhar comigo. - Disse Sandro, abrindo um largo sorriso.Larissa prometeu que sim.Recusando a gentileza de Sandro de providenciar transporte para elas, Larissa ajudou Viviane a sair. Sandro, experimentando uma satisfação por ter ajudado alguém, voltou satisfeito para a sala deles.- Walter, por que me empurrou agora? - Reclamou Sandro
Três mulheres ocupavam o banco traseiro enquanto Walter tomava o banco do passageiro.Larissa, resignada, cancelou o Uber.Bianca, que propôs levar elas, agora se sentia inquieta. Sua intenção era ostentar seu status, mas acabou percebendo que Larissa, ao contrário do que ela pensava, entrou no carro.O veículo começou a se movimentar.Bianca, relembrando a amizade entre Larissa e Walter, não pôde deixar de olhar para o espelho retrovisor. Walter, no banco do passageiro, fechou os olhos, aparentemente desinteressado e ela soltou um suspiro de alívio.O silêncio dominou o interior do carro, mas Viviane, incapaz de se conter, quebrou o gelo.Ela não gostava de Walter, mas considerava Bianca uma amante, uma interferência em um relacionamento alheio. Ela queria mostrar quem era a verdadeira “dona”.- Lari, aquele pendente parece familiar. Foi o que você fez? - Comentou Viviane, observando um pendente no retrovisor. Era, de fato, um trabalho manual de Larissa.- Comprei. - Disse Larissa.
O motorista, ciente das regras de Walter, fechou em silêncio as janelas do carro, evitando que as ocupantes do banco de trás ouvissem mais. - Sr. Walter, como posso me permitir ser um incômodo para você? - Indagou Larissa, se afastando. A atitude de Walter permaneceu indiferente.- Você acha que ainda não causou problemas suficientes para mim? - Questionou Walter.Larissa, se sentindo exausta, não via motivo para discutir. - Enfim, nossa relação atual não é apropriada. - Disse Larissa.- Que relação temos? - Ironizou Walter.Larissa se sentia exausta e desejava evitar qualquer encontro com Walter, até mesmo estar no mesmo espaço com ele a sufocava.- Sr. Walter, eu ainda sinto náuseas. Não quero mais andar de carro. Estamos perto de casa. Eu posso voltar a pé. Se for conveniente para vocês, apenas deixem Vivi na entrada do condomínio. - Disse Larissa.- Você vai entrar no carro ou não? - Perguntou Walter, impaciente.- Eu realmente não quero andar de carro. - Insistiu Larissa.Walte
Ao acordar, Larissa notou que o dia já havia amanhecido. A ressaca a deixava incomodada, ela não pôde conter um gemido.Uma voz fria e indiferente soou ao seu lado. - A água está à esquerda da cama. - Murmurou um homem.Isso era... A voz de Walter?Larissa quase abriu os olhos num instante. Lá estava Walter, com as pernas cruzadas na cadeira ao lado da cama, olhando para ela.“Como Sr. Walter está aqui?”Então ela percebeu que estava deitada em uma cama de hospital, com uma agulha presa às suas costas.- O que aconteceu comigo? - Perguntou Larissa. - Você não se lembra do que aconteceu ontem à noite? - Questionou Walter.- Me Lembro de ter bebido demais e de ter ficado bêbada. - Disse Larissa, com a voz sonolenta. Com o estômago revirando e uma dor intensa na barriga, ela se sentia péssima. Por que ela estava no hospital? Não poderia simplesmente ter ido para casa e dormido?- O que mais aconteceu comigo? - Perguntou Larissa, confusa e inquieta.- Um aborto. - Respondeu Walter. La