Esther ficou apavorada, quase soltando um grito, mas não chegou a cair completamente na água. Marcelo a segurou com firmeza, uma mão apoiada em seu quadril e a outra nas costas, mantendo sua cabeça fora da água. Ela não chegou a se afogar, mas seu corpo inteiro estava encharcado.A água da piscina era quente, agradável ao toque, mas a raiva de Esther fervia. Seus olhos brilhantes lançaram um olhar de fúria para Marcelo, enquanto seus braços, quase por reflexo, se agarravam aos ombros fortes dele, buscando equilíbrio.— O que você pensa que está fazendo? — Esther disse, com a voz repleta de irritação.Marcelo, com a voz tranquila, a pressionou contra a borda da piscina, ainda a segurando pelo quadril, o que os deixava na mesma altura.— Se eu não tivesse feito isso, como você ia se aproximar? — Perguntou, com um leve sorriso nos lábios.Esther tentou empurrar o peito de Marcelo, mas era como tentar mover uma parede de concreto. Ele não se mexeu.— Não foi quem disse que estava pronto pa
Essas palavras foram suficientes para mudar completamente a expressão de Marcelo. Parecia que Esther tinha tocado na parte mais sensível da alma dele.— Você precisava mesmo tocar nesse assunto? — Marcelo perguntou, com o tom mais frio.— Eu estou falando isso para evitar que a gente se machuque mais. — Ela respondeu, firme, mas com uma ponta de amargura.Marcelo a encarou intensamente, tentando processar a situação. Ele já tinha se esforçado para esquecer toda essa confusão, mas agora ela jogava tudo isso de volta na sua cara.— É simples, basta tirar essa criança. — Ele sugeriu, apertando os lábios.— Eu não quero. — Esther respondeu, sem hesitação.Marcelo respirou fundo, tentando manter o controle.— Eu posso te dar tempo, até você pensar melhor sobre isso. — Ele disse, suavizando o tom.Esther levantou os olhos para ele, sem desviar o olhar.— Não tem mais tempo, Marcelo. — Ela falou, com uma calma que parecia cortar o ar.Marcelo, com a mandíbula tensa, fez a pergunta que o estav
— Já terminou de nadar, Marcelo? — Esther perguntou, tentando manter a calma, apesar do olhar fixo que ele lançava em sua direção. Aquele olhar intenso a deixava desconfortável, fazendo seu coração bater acelerado. Ela respirou fundo antes de continuar. — Se já acabou, pode me deixar sair daqui?Os olhos de Marcelo escureceram ainda mais, quase como se estivessem tentando enxergar além das palavras dela.— Você não está mentindo pra mim, está? — A voz dele saiu baixa, mas cheia de tensão.Esther sentiu seu coração apertar, como se estivesse sendo estrangulada por um laço invisível. Ela olhou diretamente para os olhos dele, tentando manter a firmeza na voz:— Não.Marcelo, por um momento, pareceu analisar cada detalhe da expressão dela, mas logo relaxou as mãos que antes estavam firmes ao redor do braço dela.— Você já me enganou uma vez. Não vou aceitar ser enganado de novo. — A voz dele era fria e controlada.Esther ficou em silêncio. Na situação em que estavam, parecia irrelevante pe
No hotel, tudo estava uma bagunça.Esther Moura acordou com uma dor intensa pelo corpo.Ela massageou a testa, pronta para se levantar, e olhou para a figura alta deitada ao lado dela.Um rosto exageradamente bonito, com traços definidos e olhos profundos.Ele ainda dormia profundamente, sem sinal de despertar.Esther se sentou, o cobertor deslizou, revelando seus ombros brancos e sensuais, marcados por algumas manchas.Ela desceu da cama, e no lençol havia marcas claras de sangue.Ao ver a hora, percebeu que estava quase na hora de ir para o trabalho. Pegou o tailleur que estava jogado no chão e vestiu.As meias-calças estavam rasgadas por ele.Ela as amassou e jogou no lixo, calçando os sapatos de salto alto.Ao mesmo tempo, alguém bateu na porta.Esther já estava vestida e pronta, parecendo novamente a secretária eficiente, pegou sua bolsa e foi em direção à saída.Quem entrou foi uma jovem de aparência pura e inocente.Ela quem tinha chamado.Exatamente o tipo que Marcelo Mendes go
Ao ouvir as suas palavras, Esther ficou surpresa e quase torceu o tornozelo. Perdendo o equilíbrio, ela se apoiou nele. Marcelo sentiu seu corpo inclinar e segurou sua cintura. O calor do toque trouxe de volta as lembranças da noite passada, quando ele a tomou com intensidade.Esther tentou se acalmar e levantou a cabeça para encarar ele. Seus olhos profundos eram sérios, com um misto de questionamento e dúvida, como se estivessem prestes a desvendar seus segredos. O coração de Esther batia acelerado. Ela não ousava sustentar o olhar dele por mais um segundo e, instintivamente, abaixou a cabeça.Quando ele pensou que a mulher que estava com ele ontem era aquela que acabou de ver, ficou furioso. Se soubesse que era ela, o destino dela não seria muito diferente.Mas ela não podia aceitar isso. Se Marcelo soubesse que era ela, será que o casamento deles poderia durar um pouco mais?Ela não teve coragem de olhar nos olhos dele: - Por que está perguntando isso?Apenas ela própria sabi
Ela levantou a cabeça e viu Sofia com um avental, segurando uma concha.Quando viu Esther, seu sorriso vacilou por um instante, mas logo voltou a ser acolhedor: - É uma amiga da tia? Acabei de fazer uma sopa, entre e se sente.Sua postura era tranquila, com uma atitude totalmente de dona da casa.Parecia que Esther era a visitante de longe.De fato, em breve ela seria uma estranha.Esther franziu a testa, se sentindo extremamente desconfortável.Quando se casou com Marcelo, fez um anúncio para toda a cidade. Sofia até enviou uma carta de felicitações. Então não tinha como ela não saber que ela era a esposa do Marcelo.Vendo que Esther não se mexia na porta, Sofia logo se aproximou e segurou sua mão: - Quem vem é sempre bem-vindo. Não seja tímida, entre.Quando ela se aproximou, o ar trouxe um leve aroma de jasmim, o mesmo perfume que Marcelo tinha dado a Esther no aniversário do ano passado, exatamente igual.Esther sentiu a garganta doer e a respiração ficar pesada, como se tivesse
- A Esther parece que não está muito bem hoje, ela não quis vir entregar os documentos, então só eu vim. - Sofia colocou sua mão queimada na frente dele. - Marcelo, você também não precisa culpar a Esther, acho que não foi de propósito, não atrasou nada, né.Os documentos da empresa acabaram indo parar nas mãos erradas, e esta foi a primeira vez que Esther fez algo assim.Marcelo estava com o semblante fechado, mas diante de Sofia ele conteve a raiva, apenas ajustou a gravata e falou num tom neutro: - Não tem problema. - Mudando de assunto, ele continuou. - Já que está aqui, que tal sentar um pouco?Ouvindo ele dizer isso, Sofia se sentiu um pouco animada. Pelo menos ele a aceitava, não a detestava.- Você não ia ter uma reunião? Não vou te atrapalhar?Marcelo então fez uma ligação: - A reunião foi adiada em meia hora.Sofia sorriu de canto, antes de vir, ela estava preocupada se ele guardava rancor por ela ter partido sem avisar, mas as coisas não pareciam tão ruins quanto imaginava
Esther parou de repente, não havia aquela harmonia de casal entre eles, mas sim uma distância mais como de um superior para uma subordinada. - Sr. Marcelo, tem mais alguma ordem? - Ela perguntou.Marcelo se virou para encarar o rosto distante de Esther, com um tom de comando em sua voz. - Se sente.Esther de repente não entendeu o que ele queria fazer.Marcelo se aproximou.Esther o observava se aproximando, e nesse momento, algo parecia diferente, fazendo ela sentir o ar rarefeito. Era puro ervosismo, com uma sensação estranha.Ela não se moveu, mas Marcelo tomou a iniciativa de segurar sua mão.Quando a palma quente dele tocou a dela, foi como se fosse queimada, queria puxar ela para longe, mas Marcelo segurou firmemente, não dando a ela a chance de se soltar, levando ela para o lado e perguntando com a testa franzida: - Você machucou sua mão, e não percebeu?Sua preocupação surpreendeu Esther. - Eu... Está tudo bem.- Sua mão está com bolhas. - Marcelo perguntou. - Por que não