Rosana reconheceu imediatamente aquela mulher: era Wanessa Coelho, filha do Sr. Ruben.Naquele momento, Rosana apertou o volante com força, sentindo como se todo o sangue em seu corpo tivesse congelado.Ela teve um desejo de pisar no acelerador e avançar com o carro sobre eles, acabando com tudo de uma vez. Contudo, sua razão a fez desistir dessa ideia terrível.Rosana não sabia como conseguiu sair do carro e se colocar diante deles.Ela sabia que, naquele instante, aos olhos de Pedro e Wanessa, ela deveria parecer muito abatida.Mesmo assim, Rosana queria que Pedro explicasse tudo.Wanessa lançou um olhar de desprezo para Rosana e disse a Pedro:— Pedro, seu pai e sua mãe estão nos esperando impacientemente. Vamos entrar, não precisamos falar com pessoas insignificantes.Pedro olhava para Wanessa com a mesma ternura que antes reservava para Rosana.Ignorando Rosana completamente, Pedro segurou a mão de Wanessa e disse suavemente:— Vamos entrar.Rosana ficou paralisada, seu corpo trem
Rosana se apaixonou pela pessoa errada e, por isso, perdeu sua casa e também a empresa. Ela estava sentada na beira da estrada, completamente diferente da jovem senhora de alta classe que costumava ser, parecendo uma boneca de pano sem lugar para ir.Rosana queria encontrar Natacha e pedir sua ajuda. Ela queria dizer a Natacha que foi sua própria estupidez que permitiu que Pedro a usasse daquela maneira. Naquele momento de desespero e impotência, Rosana não sabia a quem mais recorrer.Infelizmente, Rosana ligou para Natacha muitas vezes, mas o celular de Natacha estava sempre desligado....Enquanto isso, Natacha já estava no avião rumo à Europa.— Joaquim, por que você insiste em ir para a Europa tirar fotos de casamento? — Natacha olhou para Joaquim, confusa. — Eu acho que muitos estúdios de fotografia de casamento em Cidade M são ótimos.Afinal, Joaquim nunca havia mencionado que queria fazer as fotos do casamento no exterior. Mas ontem, de repente, Joaquim anunciou que havia reserv
Rosana olhava perplexa para Manuel.Apesar das palavras de Manuel serem tão calmas, sem ofensas, Rosana sentia seu rosto queimar de humilhação, como se tivesse levado vários tapas.Manuel tratava o pai de Rosana como um ladrão, e também a via como tal.Rosana apertou levemente os punhos, abaixando a cabeça enquanto perguntava em voz baixa:— Então eu volto para esperar você. Quando terminar, pode me enviar uma mensagem?Manuel sorriu, mas seu sorriso era extremamente frio:— Srta. Rosana, parece que você nunca precisou pedir um favor, não é? Me deixe dizer uma coisa: o mais importante ao pedir ajuda é a sinceridade.Rosana compreendeu imediatamente o que Manuel queria dizer.Ela apertou levemente os punhos e, com humildade, disse:— Certo, vou esperar você na porta do escritório.Assim, Rosana ficou do lado de fora, vestindo apenas um casaco fino, no frio intenso do inverno.Manuel estava em seu escritório bem aquecido, resolvendo seus afazeres lentamente, como se tivesse esquecido da
A casa de Manuel era a que possuía a melhor vista e localização de todo o condomínio. Com mais de duzentos metros quadrados, a residência não era tão luxuosa quanto uma mansão, mas a decoração refinada revelava a discrição e o bom gosto do proprietário.No entanto, Rosana não compreendia por que Manuel a havia levado para sua casa. Sua mente vagou para um passado distante, se lembrando do momento em que Manuel sugeriu que ela se tornasse sua amante. Isso a deixou ainda mais nervosa.Assim que entrou em casa, Manuel tirou o casaco e foi até a mesa de jantar para se servir de um copo de água quente. Como esperado, ele serviu a água apenas para si, sem se preocupar com Rosana.Rosana ficou constrangida parada na entrada, olhando inquieta para Manuel. Ele se sentou no sofá, franziu a testa e disse:— Srta. Rosana, pretende ficar aí em pé enquanto conversamos?Rosana respondeu baixinho:— Meus sapatos estão sujos, tenho receio de sujar o chão da sua casa.Manuel tomou um gole de água e diss
Ninguém sabia o quão desesperada Rosana estava naquele momento. Ela sentia como se toda a dignidade que possuía nesta vida tivesse sido completamente esgotada, deixando apenas a humilhação como resto.Os lábios de Manuel esboçaram um sorriso frio; a reação de Rosana era exatamente o que ele esperava. Manuel se virou e, segurando o queixo delicado de Rosana com a mão, perguntou com um sorriso:— Mas eu não gosto de comer as sobras dos outros. Você não disse que tinha um noivo? Sou uma pessoa muito cuidadosa com a higiene.Rosana compreendeu imediatamente o que Manuel queria dizer. Seu rosto ficou ainda mais vermelho e quente, e ela, humilhada, mordeu o lábio e murmurou baixinho:— Ele e eu não fizemos amor.Manuel na verdade não acreditava nas palavras de Rosana. Pedro e Rosana estavam juntos há tantos anos, além disso, Rosana não parecia ser tão conservadora como Natacha. “Não acredito que eles nunca tenham feito amor.”Pensando nisso, Manuel sentiu uma irritação inexplicável. Ele de r
Mesmo que Manuel tivesse tratado Rosana daquela forma na noite passada, Rosana não se importava mais. Afinal, foi ela mesma quem procurou Manuel em busca de ajuda, e tudo o que aconteceu depois foi de sua própria vontade.— Obrigada, Sr. Manuel, então aguardarei suas notícias.Rosana fez uma reverência para Manuel e, apressadamente, se vestiu e se dirigiu à porta. Manuel a chamou:— Onde você vai?Rosana parou, olhando para Manuel com um semblante confuso. “Eu já fiz amor com ele, o que mais Manuel quer?”Manuel pareceu perceber a dúvida de Rosana. Seus lábios finos se curvaram levemente e ele disse com uma voz calma:— Daqui em diante, espero que a Srta. Rosana apareça aqui sempre que eu precisar de você, não me faça esperar, e também não faça coisas que me desagradem. Entendeu?Rosana ficou assustada. As palavras de Manuel eram sutis, mas seu significado era muito claro. Manuel queria que Rosana fosse sua amante, para agradá-lo, e ele não mencionou um prazo para isso.Mas agora, para
“Então, este é o homem que amei por quase dez anos. Ele pode ser bom para outra mulher, até melhor do que foi para mim.”Enquanto pensava nisso, as lágrimas de Rosana começaram a escorrer incontrolavelmente. De repente, Pedro se virou e seus olhares se cruzaram. Rosana imediatamente abaixou a cabeça; não queria que Pedro visse sua fraqueza.No entanto, Wanessa, com um olhar sombrio, caminhou em direção a Rosana. Com um ar de superioridade, ela disse:— Rosana, você não tem vergonha? Pedro já não te ama mais. Você acha que, chorando, vai conseguir afastar Pedro de mim? Não seja ingênua! Você agora é pior do que um cão vadio!Rosana, furiosa, rangeu os dentes e disse:— Pedro hoje pode me usar para prejudicar meu pai por interesse, e amanhã pode fazer o mesmo com a família Coelho, deixando vocês na mesma situação que estou agora! Se não acredita em mim, apenas espere!Nesse momento, Pedro se aproximou de Wanessa e, zangado, se dirigiu a Rosana:— Rosana, o que você está falando? Sempre f
Rosana já havia terminado a maquiagem para o jantar. Ela estava tão deslumbrante e majestosa como sempre. Enfrentando as provocações e o sarcasmo de Wanessa, Rosana se levantou com esforço, caminhou até o cabide, ergueu o queixo com orgulho e declarou:— Esta noite eu vou usar este vestido.Rosana apontou para um vestido azul, o mais caro da loja. Imediatamente, Wanessa empurrou Rosana e disse:— Eu também quero este vestido!O atendente, cauteloso, disse:— Srta. Rosana, Srta. Wanessa, este vestido é único. Qual de vocês o levará?Wanessa olhou satisfeita para o atendente e exclamou com desprezo:— A família Coronado está falida, você está cego? Não vê que ela está fingindo ser rica?Rosana, calma, respondeu:— Eu escolhi este vestido primeiro. Srta. Wanessa, você gosta de roubar as coisas dos outros? Homens você já rouba, agora quer roubar roupas também?O rosto de Wanessa mudou instantaneamente, sem conseguir dizer uma palavra. Ela imediatamente ligou para Pedro, furiosa:— Pedro, v