Zeca, numa situação de total desespero, estava deitado no chão, e disse:— Sr. Duarte, realmente não fui eu, foi Lorena quem me forçou a fazer isso! Eu te imploro, me deixe em paz!Quanto mais Zeca implorava, mais Duarte se divertia.— Lorena, veja, esse é o homem de quem você tanto gostava. — Duarte deu um empurrão em Zeca, fazendo ele cair aos pés de Lorena, e riu. — Seu gosto é realmente peculiar. Você queria me deixar por um homem como esse!Lorena olhou rapidamente para Zeca e perguntou:— Duarte, o que você pretende fazer com ele?A família Santos já estava em ruínas há tempos, e Zeca não tinha mais nenhum apoio. Além disso, Duarte tinha até tirado uma arma hoje, o que fez Zeca quase perder o controle.Antes, Zeca tentava transferir toda a culpa para Lorena, mas agora, ele percebeu que Duarte também tinha sentimentos por ela.Por isso, Zeca se ajoelhou diante de Lorena, suplicando:— Rena, pelo que já passamos juntos, por favor, peça para o Sr. Duarte me perdoar e me deixar ir!D
Duarte se esforçou por um bom tempo, mas não obteve o resultado desejado. Naturalmente, perdeu a paciência com Zeca.Duarte disse a Enrico:— Vá entregar as provas à polícia e leve ele para a delegacia!Assim, Enrico e os outros arrastaram Zeca para fora, e seus gritos de suplica foram ficando cada vez mais distantes.Lorena não olhou sequer uma vez para Zeca.Duarte a observava, pensativo.“Será que Lorena realmente não me ama por causa de outro homem?”Pouco tempo depois, a campainha de casa tocou novamente.Duarte foi até a porta e, ao ver que era Natacha, sua expressão se fechou imediatamente.Ele não abriu a porta, mas falou por ela:— O que você quer?— O que você fez com a Lorena? Irmão, se continuar assim, você vai cometer um crime! Isso é prisão ilegal! — Natacha falou com uma voz cada vez mais severa.Duarte deu uma risada fria e respondeu:— Há algum tempo, Lorena e eu saímos da delegacia. Nem os policiais disseram nada, e você já quer me acusar de algo!Natacha não entendeu
Duarte serviu uma xícara de café para Teodoro e, com calma, disse:— Cooperar com o trabalho de vocês é nosso dever.Teodoro observou Duarte, que não tinha nada a ver com o homem rude e irracional descrito por Ademir.Pensando nas instruções de Ademir, Teodoro perguntou:— Não sei como a Srta. Lorena tem estado ultimamente. Notei que a loja de pianos dela está fechada há algum tempo. Aconteceu alguma coisa?O rosto de Duarte mudou ligeiramente, mas logo ele se recompôs, mantendo uma expressão calma.Duarte sorriu e disse:— Sr. Teodoro, um momento, Lorena está em seu quarto lendo. Vou pedir que ela venha.Após dizer isso, Duarte se dirigiu para o quarto.Como a casa tinha excelente isolamento acústico, Lorena não sabia que alguém havia chegado.Nos últimos dias, Lorena se dedicava a ler os livros que Ademir lhe havia dado.Quando Duarte se sentia disposto, ele a forçava a ter relações com ela, e ela simplesmente suportava.Quando Duarte não tinha necessidades, Lorena passava o tempo le
Ao olhar para o celular que Teodoro lhe estendeu, Lorena sentiu um breve choque, mas logo o pegou com rapidez.— Obrigada, Sr. Teodoro. — disse ela, agradecendo, enquanto dava um olhar para Teodoro, sem saber se ele havia percebido algo.“Se Teodoro realmente começar a desconfiar de Duarte, isso seria maravilhoso. Pelo menos, isso significaria que ainda tenho uma chance.”No entanto, o olhar frio de Duarte se voltou para Teodoro.Duarte sentia que a visita do policial àquela hora da noite não tinha nada a ver com um simples retorno de visita. Mas a razão mais profunda, ele ainda não conseguia identificar.Naquele dia, Teodoro claramente não demonstrou nenhuma suspeita, então, quando exatamente Duarte começou a desconfiar dele?Após entregar o celular a Lorena, Teodoro olhou rapidamente para Duarte. Como policial, ele logo percebeu a expressão estranha nos olhos do homem. Pelo visto, como Ademir havia dito, o pedido de ajuda de Lorena talvez fosse mais sério do que um simples desentend
Teodoro hesitou por um momento e, brincando, disse:— Por que você está tão nervoso? Se eu não soubesse, até acharia que você gosta da Lorena!A voz de Ademir se fez mais grave:— Não estou brincando com você!— Tá bom, eu te falo. — Teodoro voltou a ficar sério, falando com firmeza. — Esse Duarte realmente tem algo errado. A Lorena provavelmente está mesmo sendo mantida prisioneira por ele!Ademir perguntou, ansioso:— Você fez o que eu te disse? Deu o celular para a Lorena? E sobre a loja de instrumentos, você falou com ela?— Fica tranquilo, já falei tudo com ela! — Teodoro respondeu. — Hoje avisei o Duarte, amanhã ele não deve mais manter a Lorena presa. Mas, nesses últimos dias, eu fiz uma pesquisa sobre esse Duarte. Ele tem um histórico com a nossa delegacia. E o Clube Nuvem dele também já causou problemas....Enquanto isso, na mansão.Depois que Teodoro saiu, Lorena passou novamente por mais uma rodada de tortura por parte de Duarte.Embora o homem não tenha batido ou xingado L
Houve um momento em que um pensamento aterrador surgiu na mente de Lorena.“Ontem, Duarte disse que matou alguém. Se eu encontrar provas de que Duarte cometeu um assassinato, ele passará o resto da vida na prisão. Assim, finalmente poderei me afastar dele para sempre.”Ao pensar nessa possibilidade, uma onda de alegria passou rapidamente pelo coração de Lorena.No entanto, logo essa animação se transformou em desânimo.Afinal, Duarte parecia ignorande, mas ele era extremamente esperto quando se tratava de lidar com a polícia. “Ontem, Duarte apenas falou aquilo de forma casual, como eu poderia encontrar alguma prova?” Lorena suspirou. Ela sabia que não seria capaz de enfrentar Duarte.Nesse momento, o telefone de Lorena, aquele que Teodoro lhe havia dado ontem, tocou.Ela atendeu imediatamente:— Alô, Sr. Teodoro.Mas, do outro lado, uma voz familiar, mas há muito tempo não ouvida, ecoou:— Lorena, sou eu.Ademir não a chamou de Srta. Lorena, mas sim pelo nome.Ao ouvir a voz dele, Lo
Ao ouvir a voz de Lorena, tão cautelosa e cheia de desespero, o coração de Ademir se apertou de uma maneira que ele não soube explicar. Ele queria correr até a loja de instrumentos para ver Lorena, mas, por fim, Ademir permaneceu sentado na cadeira do café do outro lado da rua, olhando através da janela de vidro, observando de longe aquela figura delicada e frágil no interior da loja. — Dr. Ademir, por favor, não se envolva mais. — Lorena disse, com firmeza e amargura na voz. — Eu não mereço isso de você. Ademir sorriu suavemente, mantendo a calma, e respondeu: — Já salvei a vida de um assassino, quando nenhum outro médico se atrevia a fazer uma cirurgia nele. Eu o fiz, e com sucesso. Mesmo um criminoso merece que eu faça esse esforço por ele, quanto mais uma pessoa boa como a Srta. Lorena. As palavras de Ademir encheram o coração de Lorena de algo que ela não conseguia identificar direito, mas que a fez se emocionar até as lágrimas se formarem nos seus olhos. Lorena se eng
Mas agora, Ademir realmente viu Lorena.Lorena suspirou. "Se eu nunca tivesse encontrado o Duarte, como seria? Se meu irmão não tivesse morrido, eu teria o suficiente para ser compatível com alguém como o Ademir?"...Por volta das seis da tarde, Duarte chegou pontualmente à loja de pianos para buscar Lorena.— Aquele policial, hoje não veio te procurar? — Duarte mencionou Teodoro com um tom de desprezo.Lorena respondeu friamente:— Não veio.Duarte sorriu levemente:— Esses policiais, são todos uns preguiçosos que só querem receber dinheiro e não fazem nada. Você realmente acha que eles vão tratar o seu caso como uma grande investigação?Lorena não queria responder a Duarte, mas, silenciosamente, ajeitou o celular, com receio de que Duarte pudesse perceber algo suspeito.Ele a puxou para dentro do carro e pediu para o motorista levá-los para casa.No caminho, Duarte parecia ainda desconfiado e perguntou:— Se Teodoro não veio pessoalmente, então ligou para você?Lorena se assustou um