Ele colocou Natacha no banco de trás do carro, a água escorrendo de suas roupas, formando poças no banco de couro. Joaquim pisou no acelerador, fazendo o veículo disparar como uma flecha em direção ao hospital mais próximo.Observando a mulher frágil ao seu lado, parecendo uma boneca de porcelana prestes a se despedaçar, seu coração batendo descompassado. Cada segundo parecia uma eternidade, e tudo o que ele podia pensar era em não perder a mulher que, apesar de tudo, ainda ocupava um lugar em seu coração. Enquanto dirigia, ele segurava uma das mãos geladas dela com a sua mão livre.- Estamos quase chegando ao hospital. Vai ficar tudo bem, vai ficar tudo bem… - Ele repetia essas palavras sem parar, sem saber se estava tentando acalmar ela ou a si mesmo.No final, chegaram ao hospital. Joaquim carregou Natacha até a emergência, seu rosto marcado pela ansiedade. Após a avaliação médica, Natacha estava com febre alta combinada e com pneumonia, necessitando de internação....Depois de pr
Natacha estava sentada em sua cama de hospital, olhando pela janela. A vista lá fora era monótona, refletindo seu próprio estado de espírito. Ela se via imersa em seus pensamentos, preocupações e angústias que pareciam se arrastar como as nuvens pesadas que pairavam no céu.O som das batidas na porta interrompeu sua contemplação solitária. Ela piscou, se sacudindo ligeiramente de seu transe mental. Aquelas batidas ecoavam pelo quarto, trazendo ela de volta à realidade.Dora, a governanta de expressão tensa, entrou no quarto, sua presença carregada de hesitação. O olhar de Natacha se fixou nela, buscando alguma pista sobre o motivo da visita de Dora e o nervosismo que parecia envolver ela.Natacha, entediada, pegou o celular, mas Dora rapidamente impediu ela. - Senhora, você ainda está doente, não deve olhar essas coisas. - Disse Dora, nervosa, tentando tomar o celular de Natacha. - O médico disse que precisa descansar direitinho.Natacha notou que algo estava errado. Com um tom sério,
Olhando para o imbecil à sua frente, que cobiçava sua esposa, Joaquim não se preocupava. Seu olhar era frio e sombrio, e um sorriso desdenhoso surgiu em seus lábios.- Essa pulseira que você comprou da Sra. Lopes, deve ter custado pelo menos uns milhões de reais, certo? Duvido que papai e sua mãe te dessem esse dinheiro. Então, me diga, de onde veio todo esse dinheiro? - Suas palavras eram afiadas como lâminas, cortando a máscara de Luiz.O rosto de Luiz ficou imediatamente pálido e gotas de suor surgiram em sua testa. Ele tentou esconder seu pânico, gaguejando: - Eu... Eu peguei emprestado.Joaquim assentiu de leve e, com um olhar de desprezo, disse: - É melhor que tenha pegado emprestado. Já mandei o financeiro bloquear as contas, e vou verificar todas as transações da empresa.O coração de Luiz disparou, e seu rosto ficou ainda mais pálido. Ele disse às pressas: - Irmão, eu vou cobrir o buraco logo. Por favor, não me coloque em uma situação sem saída. Sua voz era suplicante, e e
Sem olhar para trás, Joaquim se afastou às pressas. Rafaela ficou tão furiosa que seu rosto ficou vermelho de raiva. Ela empurrou Xavier com força e gritou: - Não me toque!Xavier, com um tom deliberadamente sarcástico, perguntou: - Você não está sentindo dor na perna? Se você realmente se machucou, acho melhor levar você ao hospital.Rafaela percebeu o tom de zombaria em suas palavras. Ela deu um sorriso forçado e respondeu: - Eu sei que você nunca gostou de mim. Mas se lembre, no dia em que eu me tornar a Sra. Camargo, você vai ser o primeiro a ser demitido!Xavier não pôde deixar de se preocupar com o seu chefe. Trazer uma mulher assim para casa era como convidar problemas....Na porta da mansão da família Gonçalves.A empregada mantinha o portão firmemente fechado. - Senhorita, por favor, volte para casa! Não nos coloque em uma situação difícil. - Implorou ela.- Eu preciso ver meu pai! - Natacha batia com força no portão. - Diga a ele que eu não vou mais processar minha avó,
- Abra a porta! - Joaquim rosnou. As palavras dele eram poucas, mas o tom era autoritário e cortante.Marta percebeu que a situação estava fora de controle e, não tendo outra opção, ordenou à empregada que abrisse o portão. Ainda assim, tentou se justificar:- Eu disse para ela voltar para casa mais cedo, mas ela não ouviu, ficou parada lá fora na chuva. Ela continuou murmurando, mas o olhar fulminante de Joaquim calou ela imediatamente.Sem perder tempo, ele envolveu Natacha em seus braços e entrou na mansão da família Gonçalves.Assim que entrou, Joaquim largou o guarda-chuva e, com um movimento decidido, pegou Natacha no colo, carregando ela diretamente para o quarto dela.Dentro do quarto, Natacha estava ansiosa para ver o pai, mas Joaquim impediu ela.- Vá tomar um banho quente, por favor. - Disse ele com gentileza na voz, mas firmeza nas ações.Ele levou ela diretamente para o banheiro e começou a encher a banheira para ela.Natacha não estava muito cooperativa, sua vontade de ve
Natacha suspirou fundo, sem forças, e desistiu de continuar investigando ou tentando consertar as coisas. Seus olhos estavam pesados, e seu corpo parecia carregar o peso de todas as injustiças que havia sofrido. Com uma voz cansada, ela disse: - Joaquim, vamos embora. Estou exausta.- Espere. - Joaquim segurou com firmeza seu braço, sua expressão séria e determinada. Cada palavra que saía de sua boca era carregada de uma promessa suave. - Prometi que limparia seu nome. Mesmo que sigamos caminhos diferentes, hoje vamos esclarecer tudo. Não quero que você vá embora carregando uma culpa injusta!Natacha olhou para ele, surpresa. Ela não esperava essa insistência dele.Marta, convencida de que tinha tudo sob controle, disse com sarcasmo: - Sr. Joaquim, você e Natacha já causaram bastante confusão na nossa família Gonçalves. Agora querem agravar ainda mais a situação?- Cale a boca! - Joaquim repreendeu ela com seriedade, seu olhar furioso. Ele tirou o celular do bolso e entregou a Rodrig
Rodrigo deu um tapa forte no rosto dela:- Vagabunda! Você transformou nossa filha em algo assim! As provas estão todas aqui, e você ainda tem coragem de negar!Nesse momento, Daniela ouviu a confusão e desceu correndo, apressada para impedir o pai.A sala de estar estava um caos, cheia de gritos e agressões, totalmente fora de controle.Natacha olhava para a cena à sua frente, sem sentir alegria alguma.Ela apenas sentia uma certa tristeza, pois seu pai, antes de ver as provas, não tinha confiado nela nem por um momento.Quanto a Marta e Daniela, estavam apenas colhendo o que plantaram!Era triste ver seu pai, já em idade avançada, passar por tamanha decepção.Joaquim falou friamente:- E quanto à compensação da família Camargo, dou a eles três dias para devolvê-la. Caso contrário, tenho o direito de processá-los. Afinal, em toda Cidade M, ninguém ousa enganar a família Camargo!A situação havia chegado a esse ponto; o bebê foi perdido, e os milhões que conseguiram acabaram indo por á
O coração de Natacha parecia estar sendo apertado por uma mão impiedosa, a ponto de até mesmo respirar superficialmente ser doloroso.Por quê?Ela estava tão bem preparada, já havia mencionado o divórcio várias vezes.Mas ao ouvir essas palavras saírem da boca dele, a dor era tão intensa que penetrava em seus ossos!- Tudo bem. - Natacha sorriu levemente e respondeu em voz baixa.Não havia mais necessidade de explicações.Ele simplesmente não se importava!Joaquim não queria continuar com o assunto, nem queria investigar por que estava se sentindo tão mal.Por que, ao propor o divórcio, ele ainda sentia como se uma pedra estivesse bloqueando seu coração, sufocando ele?Não deveria ser um alívio?Ele propositalmente ignorou seus sentimentos, abriu a porta do carro e disse:- Entre, eu te levo de volta ao hospital.- Não é necessário. - Natacha recusou amargamente e disse. - Já que decidimos, não devemos mais nos provocar. Hoje, obrigada por me ajudar. Embora seja a última vez, ainda sou