- Abra a porta! - Joaquim rosnou. As palavras dele eram poucas, mas o tom era autoritário e cortante.Marta percebeu que a situação estava fora de controle e, não tendo outra opção, ordenou à empregada que abrisse o portão. Ainda assim, tentou se justificar:- Eu disse para ela voltar para casa mais cedo, mas ela não ouviu, ficou parada lá fora na chuva. Ela continuou murmurando, mas o olhar fulminante de Joaquim calou ela imediatamente.Sem perder tempo, ele envolveu Natacha em seus braços e entrou na mansão da família Gonçalves.Assim que entrou, Joaquim largou o guarda-chuva e, com um movimento decidido, pegou Natacha no colo, carregando ela diretamente para o quarto dela.Dentro do quarto, Natacha estava ansiosa para ver o pai, mas Joaquim impediu ela.- Vá tomar um banho quente, por favor. - Disse ele com gentileza na voz, mas firmeza nas ações.Ele levou ela diretamente para o banheiro e começou a encher a banheira para ela.Natacha não estava muito cooperativa, sua vontade de ve
Natacha suspirou fundo, sem forças, e desistiu de continuar investigando ou tentando consertar as coisas. Seus olhos estavam pesados, e seu corpo parecia carregar o peso de todas as injustiças que havia sofrido. Com uma voz cansada, ela disse: - Joaquim, vamos embora. Estou exausta.- Espere. - Joaquim segurou com firmeza seu braço, sua expressão séria e determinada. Cada palavra que saía de sua boca era carregada de uma promessa suave. - Prometi que limparia seu nome. Mesmo que sigamos caminhos diferentes, hoje vamos esclarecer tudo. Não quero que você vá embora carregando uma culpa injusta!Natacha olhou para ele, surpresa. Ela não esperava essa insistência dele.Marta, convencida de que tinha tudo sob controle, disse com sarcasmo: - Sr. Joaquim, você e Natacha já causaram bastante confusão na nossa família Gonçalves. Agora querem agravar ainda mais a situação?- Cale a boca! - Joaquim repreendeu ela com seriedade, seu olhar furioso. Ele tirou o celular do bolso e entregou a Rodrig
Rodrigo deu um tapa forte no rosto dela:- Vagabunda! Você transformou nossa filha em algo assim! As provas estão todas aqui, e você ainda tem coragem de negar!Nesse momento, Daniela ouviu a confusão e desceu correndo, apressada para impedir o pai.A sala de estar estava um caos, cheia de gritos e agressões, totalmente fora de controle.Natacha olhava para a cena à sua frente, sem sentir alegria alguma.Ela apenas sentia uma certa tristeza, pois seu pai, antes de ver as provas, não tinha confiado nela nem por um momento.Quanto a Marta e Daniela, estavam apenas colhendo o que plantaram!Era triste ver seu pai, já em idade avançada, passar por tamanha decepção.Joaquim falou friamente:- E quanto à compensação da família Camargo, dou a eles três dias para devolvê-la. Caso contrário, tenho o direito de processá-los. Afinal, em toda Cidade M, ninguém ousa enganar a família Camargo!A situação havia chegado a esse ponto; o bebê foi perdido, e os milhões que conseguiram acabaram indo por á
O coração de Natacha parecia estar sendo apertado por uma mão impiedosa, a ponto de até mesmo respirar superficialmente ser doloroso.Por quê?Ela estava tão bem preparada, já havia mencionado o divórcio várias vezes.Mas ao ouvir essas palavras saírem da boca dele, a dor era tão intensa que penetrava em seus ossos!- Tudo bem. - Natacha sorriu levemente e respondeu em voz baixa.Não havia mais necessidade de explicações.Ele simplesmente não se importava!Joaquim não queria continuar com o assunto, nem queria investigar por que estava se sentindo tão mal.Por que, ao propor o divórcio, ele ainda sentia como se uma pedra estivesse bloqueando seu coração, sufocando ele?Não deveria ser um alívio?Ele propositalmente ignorou seus sentimentos, abriu a porta do carro e disse:- Entre, eu te levo de volta ao hospital.- Não é necessário. - Natacha recusou amargamente e disse. - Já que decidimos, não devemos mais nos provocar. Hoje, obrigada por me ajudar. Embora seja a última vez, ainda sou
Antes que a enfermeira aplicasse a medicação na mulher, Natacha se levantou da cama, querendo olhar lá fora.Embora ela imaginasse que ele provavelmente já tivesse ido embora, ela era teimosa, precisava ver com seus próprios olhos para que aquele pequeno fio de esperança pudesse finalmente desaparecer.Ela saiu do quarto e olhou em volta pelo corredor, mas Joaquim já não estava mais ali.Natacha abaixou a cabeça, suas longas pestanas escondendo a tristeza em seus olhos.Dora, percebendo seus pensamentos, rapidamente a consolou:- Senhora, não pense tanto. O senhor se importa com você, caso contrário, ele não estaria tão preocupado. Desde que você foi hospitalizada, ele tem se desdobrado para cuidar de tudo. Mesmo na empresa, ele sempre pergunta sobre o seu estado.- Não diga mais nada, Dora.Natacha levantou a cabeça, tentando segurar as lágrimas.Se Dora continuasse, ela não conseguiria se conter novamente.Nesse momento, a voz de Rafaela ecoou.- Srta. Natacha, acha que fingir estar
Natacha, devido à febre alta, estava tão fraca que não conseguia resistir a tal puxão. Durante a disputa, sua força se esgotou, e ela caiu no chão.- Senhora, o que aconteceu? - Dora rapidamente se levantou, vendo a testa de Natacha coberta de suor frio, exclamou nervosa. - Vou chamar o médico, a senhora não pode ter nada sérioRafaela, ao ver isso, ficou assustada, recuando alguns passos e dizendo:- Você está fingindo de novo? Natacha, não pense que pode me enganar!Nesse momento, uma voz fria e profunda se fez ouvir atrás delas:- O que vocês estão fazendo?Rafaela, tomada de surpresa, se virou imediatamente, mudando de expressão.- Joaquim, eu ouvi dizer que a Srta. Natacha estava doente, então vim vê-la. - Ela deu um sorriso gentil. - Mas a Srta. Natacha ficou um pouco agitada ao me ver.Joaquim, que acabara de se encontrar com o Dr. Sean, achou a mulher à sua frente estranhamente desconhecida. Seus olhos frios a fitaram sem dizer uma palavra, ele foi diretamente até Natacha e a p
- Chega! - Joaquim interrompeu severamente, com os olhos vermelhos de raiva, rangendo os dentes. - Até quando você vai continuar fingindo?Rafaela sentiu as pernas tremerem e seu corpo vacilar:- Você... O que quer dizer com isso? Nós não acabamos de voltar do Dr. Sean? Ele disse que eu tinha depressão severa e não podia ser submetida a estresse.Joaquim riu friamente e disse com sarcasmo:- Isso é porque você fingiu tão bem que quase enganou até o Dr. Sean! Mas, Rafaela, você pode enganar a nós, mas não pode enganar os aparelhos médicos.O rosto de Rafaela ficou pálido a cada segundo, seu corpo inteiro estava à beira do colapso.Com o rosto sombrio, Joaquim se aproximou dela passo a passo e segurou seu queixo. Ele disse friamente:- Preciso colocar os resultados do seu eletroencefalograma na sua frente para você admitir?Foi então que Rafaela compreendeu. Aquela viagem ao exterior, onde Sean a fez fazer um eletroencefalograma, não era para tratamento, mas para diagnóstico.Aquele velh
Ele até sentia uma sensação de alívio. Parecia que finalmente havia se livrado de um fardo pesado.Quando voltou ao quarto do hospital, viu Natacha parada em frente à janela, perdida em seus pensamentos. Ao ouvir seus passos, ela se virou. Seus olhos vermelhos mostravam uma mistura de surpresa e alegria.Ela disse, sem pensar:- Eu pensei que você tinha ido embora com ela.Joaquim ficou parado a alguns passos de distância, olhando para ela seriamente. De repente, ele deu alguns passos apressados e a puxou para seus braços.- Joaquim...Natacha, se sentindo confusa, perguntou:- O que aconteceu?Joaquim a segurou com força, como se quisesse fundi-la ao seu corpo:- Não diga nada, me deixe abraçar você por um tempo, por favor.A voz dele estava tão baixa e tão suave que parecia querer derretê-la. Natacha sentiu uma vontade repentina de chorar.Foi só quando ele a soltou que Natacha perguntou:- Você e Rafaela brigaram?Joaquim permaneceu em silêncio. Como ele poderia explicar que havi