As palavras de Durval quase fizeram Rosana ter certeza de que Dedé estava, de fato, mentindo!Eles haviam aprisionado uma pessoa viva, e ainda por cima, tinham anunciado para o mundo que ela já estava morta. Isso era, sem dúvida, um crime!Rosana sentia que, tanto por estar ajudando Durval, quanto por ser uma jornalista investigativa, ela precisava descobrir a verdade por trás dessa história.Após uma intensa luta interna, Rosana finalmente tomou sua decisão.Pouco tempo depois, Dedé bateu na porta, chamando eles para o jantar.Rosana pegou a mão de Durval e saiu com ele. A expressão de Durval estava muito mais tranquila do que antes.Silvestre estava sentado à cabeceira da mesa, com uma expressão gentil, tão diferente do homem cruel que havia torturado a Sra. Maria por tantos anos!Silvestre se dirigiu a Rosana:— Jornalista Xia, da última vez você salvou a vida de Durval e não tivemos oportunidade de agradecê-la adequadamente. Hoje, fique conosco e aproveite um bom jantar!— O Sr. De
Tamires deu um olhar de reprovação para seu sobrinho."Por que eu tenho a sensação de que esse garoto é mais próximo de Rosana do que de mim, sua tia?"E assim, devido ao tempo, tanto Manuel quanto Rosana ficaram hospedados na casa da família Godoy.Inicialmente, Tamires pretendia passar a noite no mesmo quarto que Manuel, mas Silvestre insistiu para que preparassem um quarto de hóspedes para ele.Na frente de Rosana, Tamires se queixou para o pai:— Pai, eu e Manuel já passamos do ponto, o que há de errado em dormirmos no mesmo quarto?— Você está falando bobagens!Silvestre quase gritou com Tamires, mas, por conta da presença de outras pessoas, ele teve que se conter.Ao ver que o pai estava irritado, Tamires se calou sobre o assunto.O quarto de hóspedes ficava no segundo andar, e Tamires fez questão de pedir para a empregada colocar Rosana e Manuel nos cômodos mais distantes.Após o jantar, a empregada trouxe itens de higiene descartáveis e roupas de dormir limpas.Rosana foi tomar
Rosana finalmente soltou um suspiro de alívio. Ainda bem que as pessoas que chegaram não eram da família Godoy. Manuel a soltou e perguntou: — Tão tarde, o que você está fazendo aqui? — Isso não é da sua conta! — Rosana respondeu com frieza. — Não se meta na minha vida! Foi então que se ouviram as vozes de dois seguranças na porta do porão: — Parece que tem alguém aqui. Acabei de ouvir um grito. — Eu também ouvi! Vamos descer e ver. As vozes dos dois se aproximavam rapidamente, e o coração de Rosana ficou apertado de nervosismo. O corredor vazio não tinha nenhum lugar onde ela pudesse se esconder. Se eles descessem e acendessem as luzes, Rosana e Manuel seriam expostos para todos verem. Naquele momento, a família Godoy poderia até achar que Rosana e Manuel estavam tendo um encontro secreto, e seria impossível para ela explicar a situação! Os passos estavam cada vez mais próximos. Quando Rosana já achava que seria descoberta, Manuel puxou ela rapidamente e disse:
— Claro que vou chamar a polícia! — Rosana respondeu, indignada. — Eles mantiveram uma pessoa viva presa. Será que não têm mais respeito pela lei? Manuel estava igualmente chocado com o segredo que Rosana havida acabado de revelar. Ele falou em tom grave: — Você chegou tarde demais! Se o que Durval disse for verdade, então agora, o Dedé já deve ter transferido essa pessoa. Não vai encontrar nem um fio de cabelo como prova. Rosana se surpreendeu ligeiramente e perguntou: — Então, você também acredita que o que Durval disse é verdade? Que a mãe dele ainda está viva? Manuel olhou Rosana com um olhar profundo e disse: — O que eu disser agora, você vai acreditar? Rosana, sem palavras, apenas fez uma careta e respondeu: — Não acredito. — Rosa... — Manuel de repente a chamou baixinho, envolvendo ela em seus braços com um gesto carinhoso, e disse suavemente: — Me prometa que não vai mais se envolver com a família Godoy, tá? Não quero que você corra riscos. Se continuar assi
Rosana novamente perguntou:— E quanto àquela vez em que você viu sua mãe no depósito, contou isso para seu pai ou para alguém mais?Durval assentiu com a cabeça e respondeu:— Eu estava com muito medo naquele dia, não pensei direito e acabei contando para meu pai. Aí ele disse que foi um pesadelo meu e que eu tinha me confundido.Rosana ficou extremamente surpresa. Se Dedé soubesse que Durval havia visto a mãe no depósito, ele certamente já teria transferido a mãe de Durval para outro lugar. Parece que Rosana realmente tinha ido até lá à toa ontem. Ela ainda estava subestimando a família Godoy.Durval já estava quase em lágrimas, a voz embargada, e disse:— Tia Rosana, você acredita em mim? Ninguém mais acredita, todos acham que estou inventando coisas.— Eu acredito em você. — Rosana concordou com a cabeça. — Durval, você me promete que, a partir de agora, não vai mais falar sobre sua mãe estar viva na frente do seu pai? Eu vou continuar ajudando você a procurar por sua mãe, mas voc
De manhã, Rosana fez uma maquiagem leve para disfarçar as olheiras causadas pela falta de descanso na noite anterior.Com calma, Rosana desceu para o café da manhã.Na mesa, ela mal ousava olhar para Manuel, com medo de que alguém percebesse algo fora do lugar.Manuel, por sua vez, se mostrava ainda mais hábil em se disfarçar, agindo como se nada tivesse acontecido na noite anterior. Logo cedo, estava discutindo com Silvestre sobre a atual situação do setor comercial da Cidade M.Rosana, com a mente ocupada e ainda carregando um certo nojo da família Godoy, estava quieta e falava pouco.Dedé, sentado ao seu lado, perguntou suavemente:— Rosa, você não descansou bem ontem à noite? Percebi que você está um pouco cansada.— Tive um pouco de insônia. — Rosana rapidamente inventou uma desculpa. — Não dormir na minha própria casa sempre me dá insônia.Silvestre, então, olhou para Durval e comentou:— Parece que Durval hoje está bem melhor. Está mais animado do que da última vez. Olha só, ele
Rosana perguntou, com uma expressão desconfiada, para Isabelly:— Isso é o que está sendo dito lá em cima? Mas não deveria ser assim. Não essa questão já estava resolvida? A questão da compra no refeitório? Ainda precisa fazer entrevista sobre isso?Isabelly respondeu:— Pelo que entendi do que a chefe disse, esse problema de segurança alimentar gerou uma grande preocupação na sociedade, e nós, como editoras de revistas, não estamos acompanhando esse assunto quente, né? Mas a chefe viu que outras editoras já publicaram matérias sobre o caso de intoxicação alimentar, então ela também quer que a gente publique uma.Rosana, irritada, exclamou:— A mesma pessoa que mandou a gente focar toda nossa energia no caso do desabamento da Ponte da Cidade M agora quer que a gente se concentre nessa notícia.Aliás, naquela manhã, Dedé tinha acabado de deixar Rosana na empresa. Se ela soubesse que teria que ir ao Grupo Godoy para uma entrevista, teria simplesmente acompanhado Dedé até lá.— Ah, Rosana
Afinal, o caso da intoxicação alimentar já estava concluído, sem nada mais significativo para escrever. Rosana estava apenas cumprindo a tarefa que foi dada a ela pela chefia.Enquanto ela começava a guardar seus pertences, se preparando para partir, Dedé finalmente falou:— Rosa, já está quase na hora do almoço. Vamos comer juntos? Depois do almoço, eu te acompanho de volta.— Não precisa, Sr. Dedé. — Rosana, temendo se envolver ainda mais com aquele homem e complicar ainda mais a situação, se apressou em responder. — A nossa chefe pediu para eu enviar o artigo antes de sair, então preciso voltar logo para escrever.Dedé, porém, não se deu por vencido:— Você pode escrever aqui mesmo, eu te empresto o computador. Afinal, mesmo que você vá embora, ainda vai precisar almoçar, não é?Rosana suspirou, resignada:— Tudo bem, então. Vamos logo almoçar. Podemos comer no refeitório da empresa mesmo.— Eu não quero que você se sinta incomodada. — Dedé a olhou com suavidade.Neste momento, a se