Dedé sorriu suavemente e, com um tom gentil, disse: — Claro que sim. Este escritório de advocacia tem parceria com a nossa empresa, e eu conheço todos os advogados aqui. Além disso, eles têm bastante experiência. — Depois disso, Dedé levou Rosana até o escritório de um advogado. — Este é o Sr. Dimitri, ele também é sócio deste escritório. Dedé se voltou para Rosana e falou: — Se tiver alguma dúvida, pode consultar ele. — E, se voltando para Dimitri, disse. — Dimitri, a Srta. Rosana é minha amiga. Se puder ajudá-la em qualquer coisa, fico muito grato. O Sr. Dimitri sorriu e respondeu: — Claro. Dedé, com a delicadeza de sempre, disse: — Srta. Rosana, eu vou indo agora. Fique à vontade para conversar com o Dimitri. Se tiver qualquer questão legal, pode perguntar sem problemas. Se precisar de algo mais, é só me ligar. Rosana acenou com a cabeça em agradecimento e disse: — Obrigada, Sr. Dedé. Depois que Dedé saiu, Rosana começou a conversar com o Sr. Dimitri sobre a ques
Tamires mordeu o lábio, com um olhar um pouco magoado, e disse, cheia de ressentimento:— Manuel, é porque você e a tia ainda guardam rancor do meu pai? Por causa dele, vocês também não gostam de mim e querem se afastar de mim?Manuel, com o rosto impassível, respondeu:— Seu pai é seu pai, você é você. Nunca enxerguei você como ele. Mas a situação dos meus sentimentos agora realmente não permite que tenhamos mais qualquer tipo de relação.Nos olhos de Tamires, uma sombra de resistência apareceu. Ela, com a voz baixa, perguntou:— Mas, a relação entre você e a Srta. Rosana é realmente boa? Ela gosta de você?Manuel sorriu de leve e, com um tom sarcástico, rebateu:— O que você acha? Se ela não gostasse de mim, por que estaríamos juntos?Tamires, visivelmente insatisfeita, murmurou baixinho:— Você gosta da Srta. Rosana, mas ela talvez não goste de você.Manuel apertou os olhos, sua voz agora carregada de uma ameaça sutil:— O que você quer dizer com isso?Tamires, com calma, respondeu:
Nesse momento, Sra. Maria pareceu se lembrar de algo e, com um sorriso misterioso, se aproximou de Manuel, dizendo:— Ah, é verdade, você já se recuperou e saiu do hospital. Quando for hora de jantar, aproveita e fala para a Rosana. Vocês dois já estão juntos há tanto tempo, escolham uma data e se casem logo! Pulam a etapa do noivado e vão direto para o casamento. Quero muito que vocês me deem um neto logo, tá bom?Manuel respirou fundo, sem demonstrar nenhum tipo de alegria. Seu rosto estava sério quando respondeu:— Não há pressa com isso, mãe. E sobre o jantar, pode deixar, eu não vou comer. Rosana também não vai.— Como assim? — Sra. Maria olhou para ele, claramente confusa. — Eu disse algo errado? Por que está tão sério assim? A Rosana passou a noite inteira cozinhando seus pratos preferidos, e você ainda está assim? Se não vai aproveitar, não sei o que dizer! Manuel, com paciência, respondeu:— Mãe, a situação entre mim e a Rosana não é algo que você entenda, e eu prefiro que nã
Rosana, assustada, deu alguns passos para trás. Ela, apressada, tentou se explicar:— Eu não procurei o Dedé para pedir ajuda de propósito, eu só... Depois da entrevista, eu perguntei a ele por acaso.— Cala a boca! — Manuel interrompeu a fala de Rosana com raiva. — Rosana, não pense que sou um idiota. Desde que você voltou para o meu lado, percebi que algo havia mudado entre nós. Já não somos mais os mesmos! Você mudou muito, você já não é mais a mesma!Rosana escutava em silêncio a acusação de Manuel. Seus olhos estavam vermelhos, e nas suas pupilas claras brilhou uma leve umidade, enquanto ela, com a voz embargada, disse:— Desculpe.— Eu não quero ouvir desculpas! — Manuel, de repente, agarrou o pulso de Rosana com força, puxando ela para mais perto dele, e, entre dentes, continuou. — Rosana, na verdade, eu soube sobre o seu pai ontem. Eu estava esperando você vir falar comigo. Mas você não fez isso! Quando é que nos afastamos tanto? Algo tão grande aconteceu com você, e você seque
Rosana, na maior parte do tempo, só queria ficar sozinha, sem contato com ninguém, sem se comunicar com ninguém. — Fala alguma coisa, filha, você está me deixando desesperada! — Sra. Maria a apressou, com voz ansiosa. — Se você não me contar o que aconteceu, como eu vou poder te ajudar? Se foi culpa do Manuel, eu não vou protegê-lo, pode confiar. Rosana forçou um pequeno sorriso, quase imperceptível, e disse: — Eu só quero ficar em silêncio por um tempo. A Sra. Maria queria continuar perguntando, tentar entender a razão por trás de tanta dor, mas ao encontrar o olhar frio e vazio de Rosana, ela sentiu que nada mais poderia ser dito. Só lhe restou suspirar e sair. À meia-noite, Manuel ainda não havia voltado. Rosana, sozinha na cama, não conseguia dormir. Desde o dia em que a Sra. Sarah revelou a ela a verdade sobre a falência da família Coronado, Rosana vinha lutando contra a insônia. Não conseguia mais dormir direito, e seus cabelos estavam caindo em grandes quantidades. A
Cláudio viu Rosana perdida em seus pensamentos e, com cuidado, a chamou:— Srta. Rosana? Se tiver um tempo, poderia vir comigo até a Prisão da Cidade M agora? Precisamos resolver uma questão, pois ainda há alguns documentos que exigem sua assinatura.Rosana despertou rapidamente de sua contemplação, acenou com a cabeça e respondeu:— Obrigada.Assim, os dois seguiram para a Prisão da Cidade M naquela tarde, onde ajudaram Diego a resolver o procedimento para a autorização de tratamento médico fora da prisão. Durante esse tempo, Rosana também aproveitou para se desculpar com o Sr. Dimitri.Após completarem os trâmites, o pessoal da prisão informou que teriam uma resposta em até três dias. Ou seja, se tudo corresse bem, Rosana poderia ver seu pai dentro desse período.Para agradecer a Manuel, Rosana voltou para casa mais cedo naquele dia. Ela entrou e perguntou:— O que você gostaria de comer? Eu posso preparar o jantar.Sra. Maria, curiosa, perguntou:— E você e o Manuel, já fizeram as p
Manuel deu um sorriso frio e disse:— Rosana talvez não se importe tanto. Vamos, não podemos deixar a convidada esperando por nós o tempo todo.Após essas palavras, Manuel se virou e saiu da sala. Sra. Maria ficou furiosa com a atitude do filho. Ela olhou para o espelho e demorou alguns minutos tentando acalmar suas emoções, para não deixar transparecer sua frustração e irritação no rosto.Ela até pensou em ir até a cozinha e pedir para Rosana parar de preparar o jantar, para não deixá-la chateada. Mas, ao descer as escadas, Sra. Maria se surpreendeu ao ver Rosana servindo uma bandeja de frutas para Tamires, sem nenhum sinal de desagrado em seu rosto.Tamires sorriu suavemente e disse:— Srta. Rosana, me desculpe por aparecer tão de repente para o jantar. Você não se importa, né?— Claro que não me importo. — Rosana respondeu com gentileza. — Você é amiga do Manuel, e, como ele, sou muito bem-vinda aqui.O rosto de Manuel imediatamente escureceu.Ele observou Rosana interagir com Tami
Tamires não teve escolha a não ser concordar com a cabeça e dizer: — Não se preocupe, Manuel, vá ajudar a Srta. Rosana. É a mesma coisa se o motorista me levar para casa. Quando tiver tempo, nos encontraremos de novo. Assim, Tamires se despediu da família Marques. Sra. Maria ouviu o som do motor do carro no pátio e só então soltou um suspiro de alívio. Logo, Tamires olhou para Manuel e disse: — Agora eu entendi, você e a Rosana ainda não fizeram as pazes, não é? O que a Rosana fez de errado para você ter trazido a Tamires aqui e fazer a Rosana ficar irritada? Manuel fixou o olhar, mais sério, e respondeu com frieza: — Onde você viu a Rosana irritada? Ela não está chateada? Sra. Maria ficou momentaneamente sem saber o que dizer. Pensou por um momento e parecia não ter encontrado motivo algum para tal irritação. Com um tom de dúvida, Sra. Maria comentou: — Então isso não faz sentido. Como a Rosana não está irritada? Manuel se acomodou no sofá, esfregando a testa com