De repente, Rosana se lembrou de algo:— E você? O seu noivado foi bem? Manuel suspirou e perguntou:— Você prefere que tenha sido bem-sucedido ou não?Rosana hesitou por um momento. Pelo tom descontraído de Manuel, parecia que o noivado tinha realmente ocorrido sem problemas, não? Ela imediatamente perdeu o ânimo para brincar e, com a voz baixa, disse:— Se você quer que tenha sido bem-sucedido, então eu espero que tenha sido.— Bem falado. — Manuel sorriu, fazendo um elogio.Rosana, com cuidado, deu uma olhada rápida em Manuel, ainda curiosa:— Então, no final, o noivado foi bem ou não?Manuel, com um sorriso autocrítico, fez um pequeno gesto com os lábios. Não teve coragem de continuar brincando com Rosana e decidiu contar o que aconteceu naquela tarde.Rosana ficou boquiaberta, seus olhos arregalados, e perguntou, maravilhada:— Então, você deixou a Joyce e fugiu do evento de noivado?Rosana realmente não conseguia acreditar no que estava ouvindo.No começo, ela pensava que, no m
Neste momento, a família Camargo estava imersa em uma cena comovente. Rosana e Natacha estavam abraçadas, chorando descontroladamente.Joaquim e as duas crianças estavam ao lado, visivelmente chocados, observando as duas mulheres com expressões de espanto.Otília e Adriano não sabiam exatamente o que havia acontecido, mas, embora Joaquim soubesse do desenrolar da situação, ele ainda achava que tudo isso estava um pouco exagerado.Joaquim, em silêncio, pensava consigo mesmo: "Se eu fosse sequestrado, será que a Natacha conseguiria chorar assim?"Otília, olhando curiosa para Joaquim, perguntou:— Mamãe e madrinha, o que aconteceu com elas?Adriano respondeu à irmã, com um tom de leve ironia:— Não consegue perceber? Elas estão querendo mostrar o quanto são próximas, as irmãs.Otília pensou por um momento e, concordando, assentiu com a cabeça, mas logo soltou um suspiro e comentou:— Ah, como eu queria ter uma irmãzinha... Espero que mamãe tenha uma menina na próxima gravidez!Imediatamen
Manuel arregalou os olhos e, com uma expressão séria, perguntou:— Como a família Pereira está dificultando para você?— Eles estão dificultando para mim, e você ainda vai culpar eles? — Respondeu Sra. Maria, com a voz cheia de raiva. — Se meu genro tivesse fugido no dia do noivado, eu provavelmente ficaria mais irritada do que eles! Tudo é culpa da Rosana, essa história de sequestro? Eu acho que foi tudo uma mentira dela para te enganar!Manuel imediatamente tentou explicar a situação de Rosana:— Não é isso. Rosana realmente foi sequestrada, e os sequestradores já foram presos pela polícia. Você não conhece os Acidentes de Trabalho no Grupo Pereira, não é?Sra. Maria, confusa, perguntou:— E o que isso tem a ver com os Acidentes de Trabalho no Grupo Pereira?Manuel, irritado, respondeu:— Os sequestradores são os pais de uma das vítimas desse acidente. Eu ajudei o Grupo Pereira com esse processo judicial, e no final, aquela família recebeu uma compensação de apenas pouco mais de vint
Assim, Joyce, para testar a situação de Rosana, perguntou:— Muito bem, já que você diz que Rosana foi sequestrada, como foi que você a resgatou? Se ela foi sequestrada, certamente deve ter se machucado, não?O olhar de Manuel de repente mudou. Seus olhos estavam carregados de uma expressão de dúvida e análise, se fixando em Joyce.Não se sabia se era para provocar a raiva de Joyce ou apenas para relatar os fatos, mas Manuel, de forma calma, disse:— Ela está bem agora.Joyce, ao ouvir isso, ficou surpresa."Ela não morreu? E o bebê de Rosana, nem ele se machucou?"Joyce ficou extremamente irritada. "Fiz tantas coisas, e no final, aquela mulher cruel e o bebê no ventre dela não sofreram nenhum dano, enquanto eu, na minha própria cerimônia de noivado, acabei passando por essa humilhação!"Nesse momento, Ronaldo e Sra. Priscila continuavam a acusar Sra. Maria, dizendo que a família Marques havia prejudicado sua filha ao levar tudo para a mídia.Manuel, que sempre se absteve de apoiar a m
“Mas depois do que aconteceu hoje, embora essa situação tenha sido, de fato, um erro de Manuel, a atitude de Joyce... Parecia que ela queria me matar! Onde está o respeito que ela tinha por mim antes?” Dessa forma, a Sra. Maria pensou por um longo tempo. Quando a família Pereira já acreditava que ela cederia, Sra. Maria disse:— Eu acho que, agora, vocês se casarem assim, não está um pouco apressado? Afinal, o noivado ainda não foi concluído. Que tal se vocês passarem mais um tempo juntos? Agora, a confusão entre vocês dois está muito grande. Mesmo que se casem, talvez nem sejam felizes. Joyce, o que acha disso?Joyce olhou surpresa para a Sra. Maria. Ela não esperava que, agora, até mesmo a Sra. Maria estivesse do lado do filho.A humilhação do noivado de hoje já havia levado a paciência de Joyce ao limite. Agora, com a Sra. Maria também apoiando o filho, ela não conseguia mais se conter.Ela apontou para Manuel e depois para a Sra. Maria, dizendo:— Você sabe o que o seu bom filho f
Manuel sempre gostou de ter tudo sob controle, de sentir que podia manipular as situações ao seu favor. Mas, agora, a realidade era bem diferente. Ele estava claramente em uma posição passiva, e sentia que tudo e todos ao seu redor, inclusive ele mesmo, estavam se afastando do rumo que havia imaginado. Antes, a sensação de perder o controle e a adrenalina da vingança até o animavam, mas agora, Manuel só sentia um peso de preocupação. Nesse momento, seu celular tocou, quebrando o silêncio do corredor vazio com um som nítido. Manuel olhou a tela do telefone e atendeu. Do outro lado, a voz suave e delicada de Rosana surgiu:— E aí, como está tudo aí? Sua mãe está bem? Não estão te fazendo mais dificuldades, né?Manuel olhou para a porta do quarto de hospital, seu tom de voz cansado e carregado de fadiga:— A situação não está boa, minha mãe teve outra crise. Mas é o mesmo problema de sempre, não há risco de vida. E você, ainda está na casa da família Camargo?— Sim, Natacha me pediu p
Nesse momento, a porta foi batida.Era a enfermeira que havia vindo para aplicar a infusão na Sra. Maria.Porém, a Sra. Maria empurrou a enfermeira e disse:— Eu não vou fazer a infusão, não vou tomar injeção nem remédio, pode sair daqui!Assustada com a atitude agressiva da Sra. Maria, a enfermeira olhou para Manuel, que, com um gesto de consentimento, fez com que ela se retirasse. A Sra. Maria, com firmeza, se virou para Manuel e declarou:— Se você ainda me considera sua mãe, então esqueça essa história de casar com a Rosana, esqueça a ideia de deixar essa mulher gerar um filho da nossa família Marques! A partir de agora, não vou comer, não vou beber, e muito menos tomar remédios. Só vou mudar de ideia se você trouxer aquela mulher aqui, se ela abortar o filho e se a Rosana sair da Cidade M!O coração de Manuel afundou com aquelas palavras. Ele respondeu, preocupado:— Mas aquele é um filho da família Marques, é o seu neto! Você realmente tem coragem de fazer isso? Mãe, o Diego já e
Natacha não teve escolha a não ser preparar um copo de água morna para Rosana. Enquanto comia uma fatia de torrada, começou a compartilhar suas experiências com ela:— Ah, eu lembro que, quando estava grávida do Adriano e da Otília, o enjoo não era tão forte. Mas quando engravidei do Álvaro, eu estava igualzinha a você agora, com vontade de vomitar só de pensar na comida.— Natacha... — Rosana franziu as sobrancelhas e disse. — Eu não sei o que é, mas estou me sentindo tão inquieta, como se algo estivesse me deixando ansiosa. Você entende essa sensação, né?Natacha deu uma leve surpresa antes de responder:— Acho que é por causa do que aconteceu hoje. Você foi sequestrada e deve estar muito assustada. É normal que sua mente ainda não tenha se acalmado.— Não é isso. — Rosana negou com a cabeça e falou em voz baixa. — Eu ouvi dizer que a mãe do Manuel foi internada de novo. E dessa vez, para me ajudar, ele até desistiu do noivado. A mãe dele deve estar furiosa com isso. Não sei nem como