- Tenho medo de que você não tenha paciência para esperar a Natacha pedir desculpas, e aí vai ter que ir para a delegacia e tomar um chazinho! - Disse Joaquim com uma voz sombria, como se viesse do inferno. - Vou mandar os seguranças ficarem de olho em você. Em breve, a polícia vai aparecer te procurando.Dolores sentiu o coração subir à boca num instante. Como ela poderia imaginar que o Joaquim teria a coragem de quebrar tudo e ainda chamar a polícia? Afinal, ela era a avó da Natacha!Dolores observou impotente enquanto Joaquim levava Natacha embora, então rapidamente seguiu com passos desajeitados até a porta do quarto de Marta.Tudo o que aconteceu agora pouco atrás, Marta ouviu claramente, mas não teve coragem de sair. Ao ouvir Dolores bater na porta, chamando ela nervosa do lado de fora.Marta fingiu estar acabando de acordar, abriu a porta e perguntou: - Mamãe, o que foi? Por que você não está dormindo tão tarde? - Marta, aconteceu algo terrível! Joaquim... Ele veio.Dolores nã
- Você ainda tem forças? - Perguntou Joaquim, preocupado.- Mesmo sem forças, preciso tomar banho. Eles me deixaram trancada naquele lugar mofado, me sinto fedendo a morte. - Natacha reclamou, irritada.- Então, que tal uma mãozinha para tomar banho? - Sugeriu Joaquim, com um sorriso maroto.O rosto de Natacha ficou vermelho como um camarão cozido de repente, seu coração batendo forte, ela respondeu com uma birra: - Canalha, eu não quero você me aproveitando!Depois disso, ela rapidamente se trancou no banheiro.Depois de tomar banho, Joaquim também tomou banho em outro banheiro e deixou Dora fazer muitos lanches noturnos.- Aqui, coma isso tudo. - Joaquim apontou para a mesa cheia de petiscos, dizendo. - Dora fez especialmente para você. - Mas eu comi muito no caminho de volta agora pouco, já estou cheia. - Natacha sorriu, envergonhada. - Pelo menos tome essa sopa, tá? - Joaquim olhou com carinho para ela, dizendo. - Já é de madrugada, eu fiz Dora trabalhar para te fazer essas cois
Na manhã seguinte, de repente, Natacha acordou de um sonho.- Me solte! Não! - Ela gritou, com suor escorrendo pela testa.Joaquim rapidamente abraçou ela, acalmando ela com suavidade: - O que foi? Outro pesadelo? Natacha se acalmou, olhando para ele meio perturbada.Felizmente, era apenas um sonho ruim, já passou!Ela suspirou aliviada e perguntou: - Que horas são? Acho que tenho aula hoje, né. Joaquim respondeu com calma: - Eu já pedi para Xavier te dar folga, esta semana você não vai para a faculdade, precisa descansar em casa. - Mas estou prestes a fazer o exame de admissão à pós-graduação, não consigo ficar parada.Natacha ainda queria ir para a escola, mesmo que fosse para a sala de estudos.Joaquim sorriu e disse: - Mesmo que você não passe, eu posso te sustentar. Não coloque tanta pressão sobre si mesma, entendeu?Natacha revirou os olhos para ele. - Você quer me transformar em seu passarinho de ouro? Se um dia eu depender de você para tudo, não terei que seguir sua von
- Merda, o que a gente vai fazer? Joaquim teve coragem até de mandar a sua avó para a cadeia. Será que somos os próximos na lista? - Perguntou Marta, com o coração na boca.Desde que a polícia levou a Dolores na noite passada, ela não conseguiu fechar os olhos nem por um minuto. Daniela também estava preocupada e perguntou apressadamente: - Os registros da minha operação de aborto foram todos apagados, né? Se isso for descoberto, estamos fodidas!Marta ainda estava confiante e tentou tranquilizar ela: - Relaxa, aquela médica agora tá na mesma barca que a gente. Se ela não destruiu tudo e as coisas vazarem, ela vai ser a primeira a se dar mal! Afinal, ela participou dessa grande farsa com a gente!Mas Daniela ainda estava preocupada e perguntou ansiosamente: - E a Ana? Ela não vai acordar de novo, né? O pai levou ela para a Cidade D, mas será que ela está bem?Marta, disfarçada, disse sorrindo:- Aquela velha maldita ainda tá meio a meio, foi trazida de volta. Hoje, mandei uma empre
Paulo também percebeu o tipo de pessoas que eram Marta e Daniela. Ainda bem que o filho não estava mais vivo e eles deram uma compensação. Era melhor não se envolver com esse tipo de gente no futuro. Portanto, ele só fez umas gentilezas e se preparou para sair.Mas Luiz e Paulo já tinham saído do quarto, apenas Joaquim ainda estava lá.Daniela, com uma expressão muito desconfortável, perguntou: - Sr. Joaquim, você ainda precisa de algo? Joaquim se aproximou devagar dela e disse: - Você tem certeza de que foi a Natacha quem te empurrou?Daniela, se sentindo culpada, não ousou encarar seus olhos.Marta, vendo a situação, interveio imediatamente: - Fui eu quem vi com meus próprios olhos. Algum problema com isso? Além disso, você acha que a Daniela faria isso de propósito porque não queria o bebê? - Por que não? - Joaquim deu um sorriso neutro. - Vocês melhor fazem um trabalho perfeito, senão... Hump.O último grunhido, embora suave, foi suficiente para assustar Daniela e Marta até os
Rodrigo realmente estava com dúvidas, ele reclamou um pouco: - Mesmo que você seja realmente inocente, vou garantir que a justiça seja feita. Mas como é que você deixa o Joaquim agir assim tão bruto? Sua avó está tão velha, ainda na prisão, mesmo que ela saia, será criticada por todo mundo. Ela é minha mãe, afinal de contas! - E eu? Eu não sou sua filha legítima? - Natacha disse com pesar. - A criança da Daniela não foi perdida por minha causa. Mas quando avó me trancou, tentando me matar de fome e de sede, onde você estava? Ela já me tratou como a neta dela? Rodrigo ficou um pouco mais decidido: - Mas Natacha, de qualquer forma, isso é um assunto de nossa família Gonçalves, não deveria ser motivo de escândalo. Ouça, deixe Joaquim liberar sua avó. Eu não posso ver sua avó, tão velha, sofrendo tanto na prisão. - Pai, não dá pra fazer nada. - Natacha olhou desapontada para o pai, dizendo palavra por palavra. - Além disso, não quero me meter. Rodrigo ficou um pouco desesperado.Acab
O coração de Natacha apertou ao ver seu pai agindo desse jeito, ela estava um pouco sensível. Mas ao pensar na injustiça e no sofrimento que ela mesma havia enfrentado, ela perguntou com os olhos vermelhos de lágrimas: - Pai, você sabe que insolação também pode matar uma pessoa. Além disso, fui trancada naquela sala escura, forçada a admitir coisas que não fiz. Ela nunca teve piedade de mim. Aos olhos de Rodrigo, a Natacha de agora estava tentando matar sua própria mãe junto com Joaquim!Ele balançou com tristeza a cabeça e disse: - Natacha, você mudou, como pôde se tornar tão cruel? Se você insistir nisso, então a partir de hoje, a gente romperá todo e qualquer vínculo! Você é a nora da família Camargo, nossa posição não é digna de você, nem podemos nos dar ao luxo de te incomodar! Depois de dizer isso, Rodrigo virou as costas e foi embora, sem olhar para trás.Ao ouvir essas palavras, Natacha sentiu as pernas bambas, quase caindo.Felizmente, Joaquim a segurou pela cintura a temp
- Se você comer isso tudo, já vai ser um agradecimento. - Joaquim pegou a tigela à sua frente e, pessoalmente, colocou uma colher de canja, alimentando ela. - Vamos, coma um pouco. Natacha hesitou um pouco e afastou a colher.- Joaquim, o que somos... Afinal? - A tristeza era evidente em seus olhos claros e sua voz rouca. - Meu pai não me quer mais, e você, logo não vai mais me querer. Você está sendo tão bom para mim agora, assim como meu pai foi antes. Mas quando vocês dois me deixarem, eu ficarei ainda mais desamparada. Joaquim entendeu o que ela queria dizer. Mas no momento, ele não podia fazer nenhuma promessa a ela. Afinal, ela não tinha sido totalmente sincera com ele, não contou a ele quem era o homem que ela escondia.Joaquim teve que ser firme e disse: - Rafaela tem depressão, muito séria. Eu... Não posso abandonar ela. Suas palavras foram frias e claras, mas pareciam uma sentença de morte para ela.Ela não sabia se Rafaela realmente tinha depressão, mas provavelmente era