Manuel pressionava Rosana contra a parede enquanto beijava seus lábios com voracidade. Era exatamente isso que mais entristecia Rosana. Manuel nunca se importava com o que ela queria ou não. Apesar de todos os problemas que existiam entre eles, Manuel não ligava para nada disso. Não fazia planos para resolvê-los, nem ao menos reconhecia sua existência. Ele a beijou por um tempo, e quando Rosana achou que ele iria avançar ainda mais, Manuel parou de repente. Sua respiração estava levemente descompassada, e sua voz rouca e grave soou: — Vai tomar banho. Eu ainda tenho coisas para resolver. Não posso continuar te provocando assim. Rosana, então, percebeu que, de forma inconsciente, havia se deixado levar pela intensidade de Manuel. Agora que ele havia parado, sua face estava quente, ainda imersa no turbilhão de emoções de segundos atrás. Manuel, percebendo seu constrangimento, esboçou um sorriso discreto e divertido. — Ou preferia que continuássemos? O coração de Rosan
— Sr. Manuel. — Rosana suspirou, refletindo por um momento antes de não conseguir se segurar. — O caso do acidente de trabalho no Grupo Pereira... A vítima realmente é muito pobre. A família Pereira realmente precisa ser tão insensível? Um milhão de reais pode ser uma quantia irrisória para eles, mas significa a vida de outra família. Manuel, com o rosto inexpressivo, respondeu: — Cuide da sua própria vida! Rosana fez um biquinho, mas insistiu: — Você terá tempo amanhã? Nosso chefe disse que precisamos acompanhar o progresso do caso do acidente de trabalho no Grupo Pereira o mais rápido possível. Então, será que você poderia... Antes que Rosana terminasse de falar, Manuel fechou abruptamente o notebook, colocou ele de lado e a puxou para os braços. Olhando para Rosana, visivelmente assustada embaixo dele, Manuel aproximou seu rosto elegante e parou a uma curta distância dela. — Contanto que você seja boazinha e pare de me irritar... — Disse ele enquanto começava a desabot
O delegado, observando o monitor, explicou pessoalmente a Manuel: — Ele foi visto pela última vez entrando no prédio dos dormitórios da Universidade da Cidade M. Parece que entrou no banheiro e, infelizmente, lá não há câmeras. Acreditamos que ele tenha trocado de roupa e sapatos antes de sair. Nosso palpite é de que ele seja um estudante da universidade. Mas, com isso, perdemos o rastro. Pelo que vimos, esse indivíduo tem uma boa capacidade de evitar rastreamento, e no momento não temos provas suficientes para detê-lo. Manuel já tinha quase certeza de quem se tratava. Ele acenou com a cabeça e respondeu: — Entendido. Já sei quem é. Desta vez, agradeço pelo trabalho de vocês. O delegado sorriu, mantendo uma postura cordial: — O Sr. Manuel é muito educado! No futuro, com certeza também precisaremos da sua ajuda. Estamos aqui para colaborar. ... Rosana estava em sua sala na revista, digitando uma mensagem para Manuel, querendo saber se ele havia descoberto algo sobre o pe
— Não há problema, Srta. Rosana. — Cláudio respondeu, enquanto seu olhar se dirigia timidamente para Isabelly. Ele disse com certo constrangimento. — Então, vou mostrar para você o nosso Marques Advogados. Caso no futuro sua editora de revistas volte a ter algum negócio conosco, você poderá conhecer melhor nossa equipe. Isabelly, sempre alegre e cheia de energia, sorriu e respondeu: — Claro, vamos lá! Rosana observou os dois conversando e não pôde evitar um leve sorriso de satisfação antes de se dirigir ao escritório de Manuel. Manuel e Rosana sempre levavam o trabalho muito a sério. E, neste caso, o processo de Acidentes de Trabalho no Grupo Pereira era uma questão delicada para Rosana, algo que ela guardava como um espinho no coração. Apesar de sua insatisfação e falta de compreensão sobre a decisão de Manuel em assumir esse caso, Rosana se viu obrigada a demonstrar o profissionalismo de uma jornalista experiente, formulando as perguntas necessárias. Dessa vez, Manuel não
Rosana piscou os olhos, fazendo um gesto inocente, e disse:— Eu mesma que estou falando.Manuel a observou por um momento, estreitando os olhos antes de perguntar:— Então, quer que eu chame o Cláudio agora? Você pode perguntar diretamente a ele se quer ficar com você.Rosana ficou com o rosto todo corado ao ouvir as palavras de Manuel. Ela empurrou ele ligeiramente e respondeu:— Eu estava só brincando! Na verdade, estava falando por Isabelly, minha colega. Se o Cláudio for solteiro, por que não tentar? Isabelly é ótima, alegre e bondosa, e acho que ela combina bem com o Cláudio.Manuel soltou uma risada seca e comentou:— Você realmente se mete demais nas coisas dos outros, não?Rosana empurrou Manuel de volta para a mesa e disse:— Já chega, vai trabalhar logo! Eu vou falar com Isabelly e sugerir que o Cláudio a acompanhe até em casa, assim pelo menos crio uma oportunidade para eles.Com isso, Manuel se acomodou em frente ao computador e continuou com seu trabalho. Rosana então ma
Manuel respondeu calmamente, explicando:— Embora a delegacia tenha acessado as câmeras de segurança, não havia provas concretas. Agora, com as fotos que ele tirou de nós, temos a evidência. Isso confirma que ele estava nos seguindo e tirando fotos sem nossa permissão.Rosana finalmente entendeu o motivo por trás da atitude de Manuel, e sua excitação momentânea foi como se fosse derramada com um balde de água fria.Ela retirou a mão da dele, se sentindo desapontada, e disse:— Então, você falou sobre ver os fogos de artifício por causa disso. Agora que temos a prova, podemos voltar, não é?No entanto, para sua surpresa, Manuel a segurou novamente pela mão, com um leve sorriso nos lábios, e respondeu:— Parece que a busca por provas e ver os fogos de artifício não se contradizem, certo?Rosana ficou parada por um momento, refletindo... E, de fato, ele estava certo.Por fim, eles seguiram até o jardim de flores, e, naquele momento, o espetáculo de fogos de artifício estava começando. Com
Rosana imediatamente tirou a câmera e focou no protagonista no centro do gramado, capturando a foto. Poderia mandar para Isabelly mais tarde, para que ela escrevesse uma pequena matéria e preenchesse a página.O jovem, com o anel de noivado nas mãos, se ajoelhou e perguntou à mulher se ela aceitaria se casar com ele.A garota estava tão emocionada que chorava, mal conseguindo pronunciar uma frase completa.Mas todos ao redor os estavam abençoando, gritando sem parar:— Casa com ele! Casa com ele!Rosana não disse uma palavra, mas seus olhos estavam vermelhos, e pequenas lágrimas estavam prestes a transbordar.Ela sentia uma inveja profunda da mulher que estava sendo pedida em casamento.Ser pedida em casamento por quem se ama, ser tratada com tanto carinho, como poderia ser mais feliz do que isso?Mas ela sabia, Rosana nunca teria esse momento em sua vida.Ao escolher Manuel, ela sabia que se condenava a viver nas sombras, longe da luz, abandonando toda felicidade e todas as bênçãos.E
O rosto de Rosana estava marcado por uma profunda preocupação, e ela perguntou:— E agora, o que eu devo fazer?Manuel respondeu:— Esse não é um problema que você precise resolver, é algo que Armando deve enfrentar. Agora que o perseguidor foi capturado, você não tem com o que se preocupar. Você deve seguir com a sua vida, fazer o que tem que fazer. Quanto a Armando, deixe comigo.Rosana, embora ainda inquieta, sentia que não queria mais se envolver com Armando. Ela já tinha tentado explicar a situação para ele antes, até tentado convencê-lo, mas ele parecia incapaz de compreender.Ela jamais imaginou que ele se arriscaria a fazer algo tão idiota, algo que a assustou profundamente. Por isso, decidiu que não queria mais se preocupar com ele. Afinal, sabia que Manuel tinha experiência em lidar com situações como aquela....No dia seguinte.Manuel foi até o escritório de advocacia de Denis, o pai de Armando, o *Marques Advogados*. Ele mesmo entregou a notícia da prisão de Armando, expli