Viviane se jogou nos braços de Henrique.— Henrique, o que está acontecendo? Estou com medo...O corpo de Henrique ficou rígido por um momento, ele segurou o braço dela e a afastou.— Pode ser um disjuntor que caiu, vou verificar.Viviane tentou se aproximar novamente, querendo abraçá-lo.— Não vá, estou com medo. — Disse ela.O cheiro do perfume dela continuava a envolvê-lo, pairando em suas narinas. Ele franziu as sobrancelhas profundamente, afastou ela novamente e pegou o celular, ligando a lanterna. — Segure isso e ilumine para mim.Viviane ficou momentaneamente paralisada, mas acabou segurando o celular.Henrique foi até o quadro de energia, verificou e, de fato, era um disjuntor que havia caído. Ele o religou e, no segundo seguinte, todo o quarto se iluminou.— Pronto. — Henrique pegou o celular da mão dela, dizendo com um tom neutro.Viviane mordeu o lábio, enquanto lutava, sua gola havia caído um pouco mais, revelando o decote. Henrique, porém, parecia não notar, pegou seu cas
Josiane saiu do grupo e, ao ver que Henrique não a seguia, suspirou aliviada. Estava com medo de que aquele canalha pudesse fazer outra loucura.Ela se dirigiu à estação de metrô. Ir do grupo até a casa do Jardim da Floresta era bem conveniente, já que a estação final ficava lá. No entanto, ao virar uma esquina, ela percebeu com o canto do olho que uma pessoa familiar estava a seguindo.Josiane ficou surpresa e olhou para trás. Reconheceu imediatamente que era o homem que a tinha salvado na noite anterior e que, inexplicavelmente, pediu desculpas a ela naquela manhã. Como ele sabia onde ela trabalhava? Por que estava a seguindo? O que ele queria?Ela ficou instantaneamente alerta e começou a andar rapidamente em direção à estação de metrô. Quando ela passou o cartão para entrar, olhou para trás e viu que o homem também tinha entrado.Josiane prendeu a respiração e tirou o celular, pronta para chamar a polícia a qualquer momento. Se ele tivesse qualquer intenção maliciosa, ela definitiv
A policial saiu.Henrique se aproximou e ficou diante dela, dizendo:— Ricardo é meu subordinado.Josiane, ao ouvir isso, arregalou ligeiramente os olhos. — Foi você quem mandou ele me seguir o tempo todo? Você é um pervertido?Henrique ficou sem palavras. A veia na testa dele pulsou. Ele falou com voz grave: — Ele cometeu um erro e me fez entender mal você, então veio até aqui para se desculpar.No entanto, ele nunca imaginou que Ricardo não se identificaria e simplesmente pediria desculpas a Josiane. Josiane não o internou como um doente mental e o pegou já foi um grande feito!Josiane, confusa, perguntou:— Que erro ele cometeu?Henrique então explicou o que aconteceu naquela noite.Josiane concordou com a cabeça. — Ah. Entendi.— E quanto a isso, como você pretende resolver? — Henrique a observou e perguntou.Josiane de repente riu suavemente.— Por que você está rindo? — Henrique perguntou.— Ele sabia pedir desculpas quando cometia um erro, e você? — Josiane disse.Henrique co
— Alô? — Henrique acabou de voltar à mansão da família Gomes quando recebeu a ligação de Josiane. Sem hesitar, ele atendeu.Josiane fazia um esforço para controlar a emoção, mas ainda assim sua voz revelava um leve tremor. — Henrique, onde está o segurança que você me arranjou? O segurança que deveria me proteger de perto?Henrique percebeu que o tom dela estava estranho e perguntou:— O que aconteceu?— Eu quero um segurança que fique de perto comigo. — Josiane respondeu.— Se você não me disser o que aconteceu, como vou saber o que você quer? — Henrique replicou.— Não me importa, eu quero um segurança que fique de perto, de preferência alguém que eu possa ver a qualquer momento que eu quiser. — Josiane insistiu.Henrique ficou em silêncio.Seu olhar se tornou perigosamente intenso. — Tudo bem, eu vou providenciar.— Rápido, por favor. — Josiane desligou o celular depois de falar.Não sabia por quê, mas ouvir a voz dele fez com que seu medo e insegurança diminuíssem pouco a pouco.
Henrique olhou para ela e continuou a comer mais rápido. Josiane, ao vê-lo, arregalou um pouco os olhos. Nesse momento, ela já tinha esquecido as fotos sangrentas e violentas, com a mente focada em não deixar Henrique comer toda a comida! Era dela! Tudo era dela!No final, restava apenas uma perna de frango no prato. Josiane, rápida e ágil, pegou-a imediatamente, olhando para Henrique com um sorriso satisfeito e colocando-o na boca.Henrique colocou os talheres e retirou um guardanapo, limpando elegantemente o canto da boca, com seus olhos negros profundos tingidos de uma leve suavidade.Depois de terminar a última perna de frango, Josiane fechou os olhos, satisfeita. Comer até ficar cheia era realmente confortável!Ela se levantou e acenou com a mão. — Rique, você limpa!Depois de dizer isso, deu alguns passos à frente, mas no instante seguinte, ela parou, olhando para o vazio à sua frente, piscando os olhos e reprimindo a pontada de tristeza.Onde estava o Rique?— Você apareceu sem
Ele... Ele... Ele simplesmente saiu sem vestir nada!Que pervertido!Josiane virou a cabeça bruscamente e foi correndo para o closet. Pegou uma toalha de banho sua e jogou diretamente em cima dele.— Coloque isso logo! Não quero ficar com terçol!Henrique ficou em silêncio.A toalha era rosa, não muito grande, mal conseguia cobrir a cintura dele. Depois de amarrá-la, Josiane olhou para ele e não conseguiu segurar a risada!Tinha como ser mais engraçado?Um homem alto, de braços e pernas longos, com uma toalha rosa apertada ao redor da cintura... Hahaha!Henrique observou o sorriso dela, e a intensidade em seu olhar suavizou um pouco.Ele caminhou diretamente até a cama, levantou o cobertor e se deitou.Josiane ficou surpresa e perguntou:— O que você está fazendo?— Indo dormir. — Henrique respondeu.— Você não pode dormir aqui, esse é o meu quarto! — Josiane exclamou.Henrique disse:— Você não disse que queria proteção de perto? Assim está perto o suficiente?O sorriso de Josiane des
Josiane ficou alarmada e tentou rapidamente se soltar.No entanto, Henrique segurou firmemente seu tornozelo e, com um puxão repentino, a arrastou para cima dele.Seu corpo ficou rígido no mesmo instante.— Você acordou? — Perguntou Josiane.Henrique abriu os olhos. Seu olhar ainda carregava um traço de sonolência, mas a profundidade sombria de suas íris a fitava fixamente.— Você ficou se esfregando em mim, claro que eu ia acordar. — Respondeu ele.O rosto de Josiane ficou imediatamente vermelho!Ela? Se esfregou nele?Ela só queria tirar a perna de cima dele!Henrique envolveu sua cintura, colando ela firmemente contra ele, e perguntou com a voz rouca:— Teve um pesadelo ontem à noite?Josiane não ousava se mexer. Se ela se mexesse e aquele homem insano deixasse os instintos dominarem?— Não. — Sua voz soou abafada, e seus longos cílios tremeram levemente. — Me solte. Eu quero me levantar.Henrique, no entanto, se mexeu um pouco, como se fosse sem querer, mas isso só deixou o corpo d
A respiração de Josiane ainda estava um pouco ofegante, e o canto de seus olhos carregava um rubor sedutor. No entanto, seu olhar permanecia frio e distante, sem qualquer vestígio de emoção.Henrique não queria ver ela tão calma.Mas parecia que ele não podia fazer nada a respeito.A cama ainda estava visivelmente desarrumada, e a distância entre os dois era extremamente perigosa. Contudo, havia uma atmosfera indescritível fluindo entre eles, algo opressivo que deixava qualquer um desconfortável.Depois de um longo silêncio.Henrique se levantou e foi diretamente para o banheiro.Josiane fechou os olhos por um momento, sua respiração já havia se acalmado.Quando terminou de se arrumar, percebeu que já estava atrasada para preparar o café da manhã. Sem olhar para trás, saiu direto para a rua, decidida a comprar pães na padaria.Henrique foi para a frente da casa, onde o carro já o aguardava, enquanto Josiane tinha chegado ao portão do condomínio.Ricardo, que estava ao volante, manteve