Josiane ficou alarmada e tentou rapidamente se soltar.No entanto, Henrique segurou firmemente seu tornozelo e, com um puxão repentino, a arrastou para cima dele.Seu corpo ficou rígido no mesmo instante.— Você acordou? — Perguntou Josiane.Henrique abriu os olhos. Seu olhar ainda carregava um traço de sonolência, mas a profundidade sombria de suas íris a fitava fixamente.— Você ficou se esfregando em mim, claro que eu ia acordar. — Respondeu ele.O rosto de Josiane ficou imediatamente vermelho!Ela? Se esfregou nele?Ela só queria tirar a perna de cima dele!Henrique envolveu sua cintura, colando ela firmemente contra ele, e perguntou com a voz rouca:— Teve um pesadelo ontem à noite?Josiane não ousava se mexer. Se ela se mexesse e aquele homem insano deixasse os instintos dominarem?— Não. — Sua voz soou abafada, e seus longos cílios tremeram levemente. — Me solte. Eu quero me levantar.Henrique, no entanto, se mexeu um pouco, como se fosse sem querer, mas isso só deixou o corpo d
A respiração de Josiane ainda estava um pouco ofegante, e o canto de seus olhos carregava um rubor sedutor. No entanto, seu olhar permanecia frio e distante, sem qualquer vestígio de emoção.Henrique não queria ver ela tão calma.Mas parecia que ele não podia fazer nada a respeito.A cama ainda estava visivelmente desarrumada, e a distância entre os dois era extremamente perigosa. Contudo, havia uma atmosfera indescritível fluindo entre eles, algo opressivo que deixava qualquer um desconfortável.Depois de um longo silêncio.Henrique se levantou e foi diretamente para o banheiro.Josiane fechou os olhos por um momento, sua respiração já havia se acalmado.Quando terminou de se arrumar, percebeu que já estava atrasada para preparar o café da manhã. Sem olhar para trás, saiu direto para a rua, decidida a comprar pães na padaria.Henrique foi para a frente da casa, onde o carro já o aguardava, enquanto Josiane tinha chegado ao portão do condomínio.Ricardo, que estava ao volante, manteve
— Como vocês entraram? — Josiane ficou com a expressão séria, usando luvas nas mãos, enquanto os olhava friamente.Henrique acenou com a mão.— Vocês podem ir.— Sim, Sr. Henrique. No futuro, qualquer coisa que precisar, é só avisar. — O gerente do condomínio se virou apressado e saiu.A porta foi fechada novamente.Henrique falou com indiferença:— Eu pedi que eles abrissem a porta para mim.Josiane respondeu com frieza:— Eu autorizei você a entrar?— Como você não me deixou entrar, pedi para eles abrirem a porta. — Henrique disse isso com tanta naturalidade, sem sequer corar ou demonstrar constrangimento, como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo.Josiane cerrou os punhos e disse com raiva:— Henrique, você consegue ser ainda mais descarado?Henrique a olhou com tranquilidade.— Estou voltando para minha casa. Como isso pode ser considerado descarado?— Aqui não é sua casa! — Josiane o encarou com raiva.Henrique rebateu calmamente:— Mas ainda somos casados. Essa casa, apes
— Saia!Josiane o encarou com raiva, seus belos olhos estavam tingidos por um tom avermelhado!O que ele pensava que ela era?Um instrumento para ele descontar suas emoções?A indignação e a vergonha fervilhavam em seu coração, crescendo e se espalhando sem controle.Josiane se sentia extremamente desconfortável, e não queria, de forma alguma, permitir que ele a tocasse.A respiração quente dele roçava seu pescoço, e a pele delicada dela gradualmente adquiriu um tom rosado, ficando ainda mais sedutora.Henrique respirava pesado, de forma profunda, e seus olhos negros estavam marcados por um desejo que parecia impossível de dissipar. No entanto, quando seus olhos encontraram o olhar frio e cheio de desprezo dela, todos os seus movimentos congelaram.Ele parecia não acreditar no que estava vendo.Ela o desprezava?Como ela podia desprezar ele?No passado, ela não era completamente apaixonada por ele?Por um momento, a respiração dos dois ficou descompassada, se entrelaçando, mas sem cria
Depois de comer, Josiane arrumou a cozinha e, em seguida, foi para o quarto de hóspedes tomar banho e dormir.Teve uma noite de sonhos tranquilos.No dia seguinte, ao sair do quarto de hóspedes, Henrique já não estava mais lá.Josiane parou na sala e pensou por um momento. Pelo visto, ela precisava trocar a fechadura.Pelo menos, da próxima vez que ele não conseguiria entrar, e não iria atrás da administração do prédio.Decidida, Josiane imediatamente entrou em contato com alguém, e não demorou muito para o técnico chegar.Ela instalou uma fechadura com senha e impressão digital.A senha seria conhecida apenas por ela e Nicole.Outras pessoas querendo entrar? Nem pensar!Assim que o técnico foi embora, Josiane olhou satisfeita para a nova fechadura e, logo depois, mandou uma mensagem para Nicole.Josiane: [Amor, essa é a senha da fechadura da minha casa. Decore, está bom?]Nicole ligou na mesma hora.— Já está investindo em alta tecnologia, é?Josiane abriu a porta e entrou, sorrindo e
Josiane parou por um momento, com uma expressão ligeiramente alterada.— O que você quer dizer com isso? — Perguntou ela.Nicole revirou os olhos.— Se a família daquele homem canalha realmente se importasse com ele, como é possível que ele tenha desaparecido por um ano inteiro sem que eles o encontrassem? E só o encontraram depois que ele recuperou a memória? Josiane, estamos na era dos grandes dados, encontrar um adulto não deveria ser tão difícil assim.Os lábios de Josiane se comprimiram levemente.— Esqueça, não vamos mais falar dele. Que azarado. — Nicole suspirou.Após comer a última mordida da panqueca, Nicole sorriu satisfeita e estreitou os olhos.— Estava tão bom! Eu poderia comer isso todos os dias.Josiane respondeu de forma direta:— Sem problemas, mas você precisa pagar.— Você não me ama mais. — Nicole fez uma cara de ofendida.— Eu te amo, mas você não pode atrapalhar o meu trabalho. — Josiane arqueou as sobrancelhas....Quando chegaram ao shopping, Benjamin já estava
Ela manteve o rosto inexpressivo, se virou e saiu daquela loja de roupas masculinas, indo diretamente para outra loja de marcas descoladas.Quando Benjamin saiu, não viu ninguém. Ele parou por um instante e perguntou, com um tom sério:— O que aconteceu?Nicole, surpresa, comentou:— Sr. Benjamin, eu não imaginava que você ficaria tão elegante de terno. Realmente, quem é bonito, mesmo com um pano velho, consegue parecer um modelo de passarela.Benjamin respondeu com simplicidade:— Obrigado pelo elogio.— A Josi está na loja que fica na diagonal, ali em frente. — Nicole continuou.Benjamin olhou para o terno que estava usando, seus olhos brilharam brevemente, mas logo ele voltou para trocar a roupa e, em seguida, foi até a loja descolada que ficava na diagonal.Josiane já havia escolhido algumas peças e disse para Benjamin:— Sr. Benjamin, esse conjunto combina muito com o seu estilo.Benjamin sorriu de canto:— Mas, eu acho que aquele terno também era bem interessante.— Você gosta de
— Sr. Benjamin, o que acha desse conjunto?Josiane olhou para Benjamin enquanto ele tirava fotos e, instintivamente, deu um passo para trás antes de perguntar.Benjamin curvou os lábios em um sorriso, seu rosto exibindo uma beleza encantadora e um toque de malícia.— Ficou ótimo. — Disse ele.— Então será esse.Josiane pegou o cartão e efetuou o pagamento.Benjamin não a impediu, mas seus olhos, enigmáticos, pousaram nela com intensidade.Assim que o pagamento foi concluído, o celular de Josiane começou a tocar. Ela olhou para a tela e viu que era o gerente do departamento ligando.— Alô? Gerente?A voz do gerente soou um pouco estranha:— Josiane, você está ocupada agora? Há um conjunto de dados que não parece estar certo. Será que você pode dar uma passada aqui para verificar? São dados bem importantes.Josiane franziu o cenho.— Fui eu que tratei deles?O gerente respondeu com certa hesitação:— Sim, sim, foi você.Josiane ficou intrigada. Na noite anterior, antes de sair do trabalh