A ambulância demoraria um pouco para chegar, e Josiane não ousava se mexer, com medo de causar mais ferimentos a ele. Vendo seu rosto cada vez mais pálido devido à perda de sangue, ela nunca se sentiu tão aflita como nesse momento!O medo a envolveu completamente, e ela segurou firmemente a mão ilesa dele. — Rique, você não pode me deixar, você não pode me deixar... — Ela disse, quase chorando, enquanto tudo à sua frente ficava embaçado. — Se algo realmente acontecer com você, eu certamente vou te odiar, com certeza vou! — Ela se inclinou, com o rosto encostado na mão dele, sentindo sua temperatura. — Henrique... Você não pode me deixar, você não pode simplesmente tomar meu coração e depois tirar minha vida, de jeito nenhum...A ambulância chegou, e Josiane foi junto para o hospital.Na porta da sala de emergência, ela estava completamente atordoada até que a porta da sala se abriu e uma enfermeira saiu de dentro.— Co... Como ele está? — Josiane se aproximou e perguntou ansiosamente.
— Se você não levantar logo, pode ser que eu não esteja bem. — Henrique disse.Josiane se levantou apressadamente e só então notou que a mão esquerda dele estava enfaixada e pendurada no peito, e que sua testa também estava envolta em gaze, parecendo bastante cômico.Parecia ser apenas ferimentos superficiais.Josiane soltou um suspiro de alívio e logo olhou para ele.— Se você estava bem, por que não disse logo?Henrique piscou inocentemente.— Eu fui acordado pelo seu choro.Ele estava inconsciente, mas sua consciência já estava voltando aos poucos, e então ele ouviu ela chorando descontroladamente. Naquele momento, o coração dele vibrou fortemente.Ele não quis interrompê-la, apenas ficou olhando silenciosamente enquanto ela chorava sobre um corpo estranho, como se estivesse despejando todas as suas entranhas.Ele teve medo de que algo pudesse acontecer com ela, então se forçou a levantar. Quando viu que ela estava prestes a cair, ele rapidamente a segurou.Josiane ficou sem palavra
No final da tarde, os parceiros de colaboração na Cidade L souberam sobre o acidente de Henrique e vieram visitá-lo.Josiane apenas observou ao lado, sem dizer uma palavra.Quando todos foram embora, ela fechou a porta e perguntou: — Você disse antes que os freios falharam. Foi intencional?— Talvez. — Henrique respondeu.Josiane franziu a testa. — Quem faria isso? E qual seria o benefício?— Há muitos benefícios. Não podemos excluir a possibilidade de que pessoas da Cidade Y tenham estendido a mão para cá. Se eu morrer, não haverá herdeiro para a família Gomes. — Henrique explicou.Atualmente, Henrique era o único herdeiro da família Gomes.Se ele morresse, a família Gomes ficaria sem sucessor, e outros certamente tentariam destruir o Grupo Gomes, enquanto pessoas de outras cidades tentariam tirar uma parte. A grande família Gomes, com toda a sua herança e poder, mesmo uma pequena fatia seria suficiente para elevar qualquer um.A expressão no rosto de Josiane se tornou mais grave. D
Henrique contraiu os lábios e disse calmamente: — Ricardo, não olhe para ela desse jeito, ela é medrosa.Ricardo Milos e Josiane ficaram em silêncio ao mesmo tempo.O clima dentro do carro se tornou gradualmente constrangedor.Logo chegaram ao destino.Era um armazém abandonado.Josiane desceu do carro e semicerrando os olhos, perguntou: — Por que viemos aqui?— A pessoa está lá dentro. — Henrique respondeu.Josiane olhou para a porta fechada do armazém abandonado e apertou os lábios.Ricardo caminhou até a porta, e os dois seguranças que estavam de guarda gritaram em uníssono: "Sr. Ricardo."Ricardo acenou com a mão, e os dois seguranças abriram a porta.Ricardo se virou para Henrique e disse: — Sr. Henrique, a pessoa está lá dentro.— Ele já confessou? — Henrique perguntou.— Disse que só falaria na sua presença. — Ricardo respondeu.O rosto bonito e severo de Henrique mostrou um leve sorriso frio, e ele entrou diretamente no armazém.Josiane hesitou um pouco e decidiu segui-lo.E
O homem, ao ouvir, arregalou os olhos em choque. — Eu... Eu já falei tudo, por que ainda vai cortar minha mão?Ricardo respondeu friamente: — Disse que iria te soltar, mas não disse que não deixaria uma lembrança. Faça!Josiane, no carro, olhava nervosamente ao redor.Foi só quando viu a figura alta e imponente de Henrique sair do armazém abandonado que ela soltou um suspiro de alívio.Quando Henrique entrou no carro, ela perguntou: — Conseguiu descobrir alguma coisa?— Sim. — Henrique respondeu calmamente.Josiane imediatamente se aproximou. — Quem foi que mexeu no seu carro?Havia uma distância entre os dois, mas quando ela se aproximou, a distância desapareceu, e um leve perfume emanou dela.Henrique abaixou o olhar, seus olhos escuros se fixando no rosto dela, se lembrando repentinamente de como ela soluçava chorando. Os olhos vermelhos como os de um coelho, com uma expressão de total desolação.— Não está mais com medo?— Claro que estou com medo, mas quero saber quem está por
Ela só queria dar uma pequena punição ao Henrique!— Que absurdo! — Fabiano estava com uma expressão muito ruim e apontou para Inês. — Você ficará em casa por um tempo, sem sair para lugar nenhum!Depois de dizer isso, ele se virou rapidamente e foi para o escritório....De volta ao hotel.Josiane começou a arrumar suas coisas.Na verdade, ela não tinha muitas coisas, tudo o que possuía havia sido comprado depois que chegou aqui.Ela comprou uma bolsa pequena e colocou tudo dentro. Quando saiu, viu um homem de meia-idade entrando no quarto.Ricardo veio logo atrás, lançando um olhar frio a ela.Josiane recuou instintivamente.Por que ele sempre a olhava com tanta raiva?Henrique viu que ela havia arrumado suas coisas e se aproximou, dizendo: — Espere um pouco, vamos voltar juntos.Josiane piscou os olhos e disse:— Quando voltarmos, vamos ao...Henrique, de repente, cobriu a boca dela.— Espere por mim. — Depois disso, ele entrou no escritório, e o homem de meia-idade também entrou j
Já era bem tarde da noite, e ao redor havia um silêncio total, sem uma única pessoa por perto, muito menos um táxi. Ao lembrar do telefonema estranho que havia recebido, Josiane se sentiu completamente desconfortável!Ela apertou a alça da bolsa e disse: — Estamos prestes a nos divorciar, ir para a sua casa, não seria um pouco inadequado?— Já se divorciamos? — Henrique a olhou.— Ainda não. — Josiane respondeu.— Então, por que você ainda está hesitando? Tem medo de não conseguir se controlar e de ter intenções com relação a mim? — Henrique perguntou.Josiane o olhou como se ele fosse um lunático.— Ha, você é realmente narcisista! — Depois de falar, ela se dirigiu para o carro dele.Ter intenções com relação a ele? Isso era absolutamente impossível!Henrique observou o seu perfil, o sorriso em seus lábios se alargou ainda mais.Mansão da família Gomes.O mordomo sabia antecipadamente que ele voltaria e a mansão estava iluminada.Josiane entrou e, ao ver o mordomo, de repente lembrou
No entanto, o tecido pendia frouxo e caído à sua frente, e, quando ela se mexia, ele balançava suavemente, revelando os músculos bem definidos e visíveis.Do ponto de vista de Josiane, ela podia ver claramente os músculos abdominais marcados dele.Seu coração parecia acelerar um pouco.Henrique já havia chegado à sua frente, inclinando-se levemente, com o rosto bonito e severo exibindo um sorriso sutil, mas que não parecia totalmente sincero. — Você não está olhando?O rosto de Josiane ficou vermelho como um pimentão!Então, como se tivesse pensado em algo, a vergonha e o constrangimento desapareceram completamente do seu rosto.— Eu estava olhando para você, e daí? Ainda não nos divorciamos, você é meu marido, não só eu quero olhar, como também quero tocar! — Ela estendeu a mão e tocou os músculos abdominais dele.A sensação era realmente boa!Henrique teve uma pausa na expressão, as mãos dela estavam um pouco frias, mas eram muito macias, e seus músculos se tensionaram inconscientem