Henrique contraiu os lábios e disse calmamente: — Ricardo, não olhe para ela desse jeito, ela é medrosa.Ricardo Milos e Josiane ficaram em silêncio ao mesmo tempo.O clima dentro do carro se tornou gradualmente constrangedor.Logo chegaram ao destino.Era um armazém abandonado.Josiane desceu do carro e semicerrando os olhos, perguntou: — Por que viemos aqui?— A pessoa está lá dentro. — Henrique respondeu.Josiane olhou para a porta fechada do armazém abandonado e apertou os lábios.Ricardo caminhou até a porta, e os dois seguranças que estavam de guarda gritaram em uníssono: "Sr. Ricardo."Ricardo acenou com a mão, e os dois seguranças abriram a porta.Ricardo se virou para Henrique e disse: — Sr. Henrique, a pessoa está lá dentro.— Ele já confessou? — Henrique perguntou.— Disse que só falaria na sua presença. — Ricardo respondeu.O rosto bonito e severo de Henrique mostrou um leve sorriso frio, e ele entrou diretamente no armazém.Josiane hesitou um pouco e decidiu segui-lo.E
O homem, ao ouvir, arregalou os olhos em choque. — Eu... Eu já falei tudo, por que ainda vai cortar minha mão?Ricardo respondeu friamente: — Disse que iria te soltar, mas não disse que não deixaria uma lembrança. Faça!Josiane, no carro, olhava nervosamente ao redor.Foi só quando viu a figura alta e imponente de Henrique sair do armazém abandonado que ela soltou um suspiro de alívio.Quando Henrique entrou no carro, ela perguntou: — Conseguiu descobrir alguma coisa?— Sim. — Henrique respondeu calmamente.Josiane imediatamente se aproximou. — Quem foi que mexeu no seu carro?Havia uma distância entre os dois, mas quando ela se aproximou, a distância desapareceu, e um leve perfume emanou dela.Henrique abaixou o olhar, seus olhos escuros se fixando no rosto dela, se lembrando repentinamente de como ela soluçava chorando. Os olhos vermelhos como os de um coelho, com uma expressão de total desolação.— Não está mais com medo?— Claro que estou com medo, mas quero saber quem está por
Ela só queria dar uma pequena punição ao Henrique!— Que absurdo! — Fabiano estava com uma expressão muito ruim e apontou para Inês. — Você ficará em casa por um tempo, sem sair para lugar nenhum!Depois de dizer isso, ele se virou rapidamente e foi para o escritório....De volta ao hotel.Josiane começou a arrumar suas coisas.Na verdade, ela não tinha muitas coisas, tudo o que possuía havia sido comprado depois que chegou aqui.Ela comprou uma bolsa pequena e colocou tudo dentro. Quando saiu, viu um homem de meia-idade entrando no quarto.Ricardo veio logo atrás, lançando um olhar frio a ela.Josiane recuou instintivamente.Por que ele sempre a olhava com tanta raiva?Henrique viu que ela havia arrumado suas coisas e se aproximou, dizendo: — Espere um pouco, vamos voltar juntos.Josiane piscou os olhos e disse:— Quando voltarmos, vamos ao...Henrique, de repente, cobriu a boca dela.— Espere por mim. — Depois disso, ele entrou no escritório, e o homem de meia-idade também entrou j
Já era bem tarde da noite, e ao redor havia um silêncio total, sem uma única pessoa por perto, muito menos um táxi. Ao lembrar do telefonema estranho que havia recebido, Josiane se sentiu completamente desconfortável!Ela apertou a alça da bolsa e disse: — Estamos prestes a nos divorciar, ir para a sua casa, não seria um pouco inadequado?— Já se divorciamos? — Henrique a olhou.— Ainda não. — Josiane respondeu.— Então, por que você ainda está hesitando? Tem medo de não conseguir se controlar e de ter intenções com relação a mim? — Henrique perguntou.Josiane o olhou como se ele fosse um lunático.— Ha, você é realmente narcisista! — Depois de falar, ela se dirigiu para o carro dele.Ter intenções com relação a ele? Isso era absolutamente impossível!Henrique observou o seu perfil, o sorriso em seus lábios se alargou ainda mais.Mansão da família Gomes.O mordomo sabia antecipadamente que ele voltaria e a mansão estava iluminada.Josiane entrou e, ao ver o mordomo, de repente lembrou
No entanto, o tecido pendia frouxo e caído à sua frente, e, quando ela se mexia, ele balançava suavemente, revelando os músculos bem definidos e visíveis.Do ponto de vista de Josiane, ela podia ver claramente os músculos abdominais marcados dele.Seu coração parecia acelerar um pouco.Henrique já havia chegado à sua frente, inclinando-se levemente, com o rosto bonito e severo exibindo um sorriso sutil, mas que não parecia totalmente sincero. — Você não está olhando?O rosto de Josiane ficou vermelho como um pimentão!Então, como se tivesse pensado em algo, a vergonha e o constrangimento desapareceram completamente do seu rosto.— Eu estava olhando para você, e daí? Ainda não nos divorciamos, você é meu marido, não só eu quero olhar, como também quero tocar! — Ela estendeu a mão e tocou os músculos abdominais dele.A sensação era realmente boa!Henrique teve uma pausa na expressão, as mãos dela estavam um pouco frias, mas eram muito macias, e seus músculos se tensionaram inconscientem
O divórcio foi sugerido por ele, mas também foi ele quem continuou adiando. O que ele estava pensando? Antes, ela ficava curiosa, mas agora, não mais. Se ele não permitisse que ela conseguisse o que queria, então ele também não poderia cumprir sua responsabilidade com Viviane. A menos que ele quisesse fazer de Viviane a amante. Ela pensou que ele não faria isso. Afinal, no coração de Henrique, Viviane ainda era muito importante. Josiane pensou ironicamente, com os olhos ardendo, e fechou-os rapidamente para impedir que as emoções transbordassem. Demorou muito tempo até que o som da porta fechando se fez ouvir. Nesse momento, seu coração parecia ser esmagado por um grande martelo, despedaçando-se completamente, a dor era tão intensa que se tornou insensível! Ela mordeu os dentes com força, mas no final, não conseguiu se controlar e as lágrimas caíram. Na sua mente, as lembranças da gentileza dele nos últimos dois dias retornaram, fazendo ela sentir como se estivesse
Josiane caminhou por quase uma hora antes de conseguir pegar um táxi. Depois de dizer o endereço, ficou olhando para fora. A noite estava profunda, e não havia uma alma viva nas ruas.O motorista olhou para ela e, de repente, perguntou: — Moça, por que está andando sozinha na rua tão tarde? Não é seguro.Josiane saiu de seus pensamentos e olhou para o motorista. Ele usava um boné e uma máscara, deixando à mostra apenas os olhos, o que a deixou inquieta.— Eu briguei com meu marido. Ele deve me alcançar logo. — Josiane respondeu.— Brigar com o marido e sair correndo é perigoso. E se encontrar alguém mal-intencionado? — O motorista comentou.— Senhor, você é muito gentil. Vou tomar mais cuidado da próxima vez. — Josiane sorriu.O motorista sorriu, mas não disse mais nada.Josiane se manteve alerta até que o carro chegou ao condomínio. — Moça, em qual bloco você mora? Posso levá-la até lá para evitar que você tenha que andar mais. — O motorista perguntou.— Não precisa, obrigada. — Jos
Sua mão tremeu e ela discou diretamente um número na lista de contatos. Só então percebeu que era o número de Henrique! Ela queria desligar, mas sua mão hesitou. No fundo de sua mente, duas vozes estavam em conflito. Uma lhe dizia para desligar e chamar a polícia, enquanto a outra a instigava a não desligar, a contar para Henrique e pedir sua ajuda. Eles tinham vivido juntos por um ano, certamente havia sentimentos. Aquela voz continuava a tentá-la, fazendo ela apostar se, no coração de Henrique, Viviane era mais importante do que ela.O sinal de ocupado soou. Josiane imediatamente cancelou o botão do 18º andar e apertou o do 1º andar. Ela não podia ficar nesse prédio mais!Enquanto isso, no hospital, Viviane havia terminado a cirurgia. Quando viu Henrique, seu rosto se iluminou com um sorriso.— Henrique, que bom ter você aqui comigo. Assim, não tenho medo. — Viviane disse, com uma voz fraca.Henrique contratou uma cuidadora, que já havia chegado, e respondeu: — A cuidadora vai cu