O canto sombrio estava imerso em uma atmosfera de ambiguidade.Os lábios de ambos estavam impregnados com o cheiro do álcool.Henrique de repente se levantou e puxou Josiane para fora do reservado.Assim que saíram, encontraram Ricardo, que parecia um guarda de porta, parado ali, olhando eles com expectativa. Henrique lançou um olhar frio a ele e, sem dizer nada, puxou Josiane e saiu do clube.No carro, tudo ficou fora de controle.Henrique segurou o rosto dela e a beijou com urgência e impaciência, apertando um botão. A divisória do meio se fechou imediatamente, bloqueando a visão da frente.O espaço no banco de trás ficou repentinamente apertado.Josiane mal conseguia se controlar com o beijo. Ela, instintivamente, empurrou ele para afastar ele.Henrique foi realmente empurrado para longe, seus olhos escuros fixando ela com intensidade. Ele se recostou no banco e disse:— Eu esqueci, preciso deixar você se mostrar.A respiração de Josiane estava descompassada.Ela se perguntou como d
Mas quem poderia imaginar que, quando ela terminasse de falar, Henrique de repente apertaria o pescoço dela, empurrando ela para o banco e olhando ela com os olhos sombrios.— Você me chamou de quê?Josiane se assustou, não esperava que ele ficasse tão irritado de repente.— O que... O que aconteceu com você?Ela sempre o chamava daquele jeito antes.Henrique estava com uma expressão feia, falando com frieza:— Nunca mais me chame assim!Josiane tremeu de medo.Henrique a soltou, apertou um botão e, quando o painel subiu, ele disse com frieza:— Pare o carro!O motorista parou rapidamente.Henrique nem olhou para Josiane e, com frieza, disse:— Saia daqui!Josiane, sem entender, olhou para o rosto severo dele e perguntou:— Henrique, o que está acontecendo com você?O frio na postura de Henrique ficou ainda mais intenso.— Não me faça te jogar para fora!Josiane sentiu um calafrio e sabia que ele seria capaz de fazer aquilo, então abriu a porta do carro e saiu.A porta se fechou e o ca
Naquele mesmo momento, ela ouviu os passos vindo de trás, nem tão perto nem tão longe, mas de alguma forma, fez seu coração disparar.Ao redor, havia lojas e câmeras de segurança, mas ela ainda sentia uma inquietação.As duas ocorrências anteriores a deixaram alerta. Ela acelerou o passo, e os passos atrás dela também se aceleraram.Josiane não ousava olhar para trás!Ela viu uma loja de conveniência e correu diretamente em direção a ela.Quando entrou na loja e olhou para trás, viu que o homem realmente estava atrás dela, mas parou quando ela entrou na loja e não a seguiu.Naquele momento, Josiane estava em pânico!Ela não ousava sair, então se sentou ao lado da janela e pegou o celular para tentar ligar para alguém.Mas para quem ligar?O jeito que Henrique estava antes foi muito assustador, e estava claro que ele não queria mais ver ela. Se ligasse para ele, será que ele sequer atenderia?Mas, além de Henrique, quem mais poderia ajudar ela?Foi a primeira vez que Josiane se sentiu t
Droga!Não havia outra escolha, só restava correr o mais rápido possível.Josiane não ousou hesitar mais e saiu correndo o mais rápido que pôde!Havia mais uma loja de conveniência aberta ali perto. Se conseguisse chegar até lá, poderia ligar para a polícia!Mas, bem na hora, duas garotas apareceram virando a esquina.Os olhos de Josiane brilharam, e ela correu até elas, segurando seus braços com um sorriso animado.— Até que enfim vocês chegaram! Estou esperando faz mó tempão!As duas meninas a olharam, surpresas.— Você...Antes que terminassem a frase, Josiane piscou para elas e sussurrou:— Tem alguém me seguindo. Me ajudem, por favor?Ao ouvirem aquilo, as garotas ficaram tensas.— Está vendo? Eu falei para você se apressar! Desculpa, a gente teve que se maquiar antes de sair, né? — Disse uma delas.— Vamos, vamos para aquela rua onde tem as barraquinhas de comida. Está cheia de gente por lá — Sugeriu a outra.Josiane assentiu rapidamente.— Isso, bora!Conversando como se fossem
Duas garotas olharam para o homem, que acenou com a mão. Em seguida, elas levaram Josiane por um caminho lateral.No final do caminho, uma van estava estacionada. Se Josiane entrasse naquele veículo, não teria mais chances de escapar.Durante todo o caminho, ela não lutou. Estava tomada por uma dor avassaladora, e as lágrimas escorriam sem parar, como um colar de pérolas arrebentado.Foi só ao avistar a van que seus cílios tremeram levemente.De repente, ela apertou com força os braços das duas garotas.— Ah! — As duas gritaram de dor e, por reflexo, soltaram Josiane!Nos lugares onde ela havia cravado as unhas, ficaram marcas profundas de sangue.Aproveitando a oportunidade, Josiane se virou e correu!Ela precisava fugir!Não podia aceitar aquele destino!— Porra, pegue ela! — O grito furioso do homem ecoou atrás dela.Ver sua presa escapando o deixou mais irritado do que nunca!O medo e a vontade desesperada de sobreviver deram a Josiane uma força inesperada. Por um momento, eles rea
E foi então que a porta se abriu de repente.O rosto de Josiane estava coberto por uma máscara, e seus olhos, sem qualquer expressão, olhavam para eles.— O que vocês estão fazendo? — Perguntou ela.O chaveiro ficou surpreso e, por instinto, olhou para Henrique.Henrique a encarou fixamente, sua voz rouca e cheia de tensão.— Josiane, eu não sabia que algo aconteceria... Eu...— Tem mais alguma coisa? — Josiane a interrompeu friamente.Henrique apertou os lábios, os deixando numa linha reta. O sentimento no seu peito ficou mais forte.— Me deixe entrar, precisamos conversar.— Estou cansada, quero dormir. — Josiane respondeu.Henrique, no entanto, segurou a porta, impedindo que ela a fechasse.Josiane o observou e, de repente, perguntou:— Henrique, e se eu não tivesse sido salva hoje? E se eu tivesse sido levada por traficantes de pessoas? Você se arrependeria?— Isso não vai acontecer. Eu sempre vou te encontrar! — Henrique respondeu.Josiane, persistente, perguntou novamente:— Você
Henrique apertou ela com mais força de repente.Era como se quisesse fundir ela com seus ossos e sangue.— Isso não é possível. — Sua voz soou mais rouca, ele a abraçou com força. — Josiane, eu não vou me divorciar de você.Josiane fechou os olhos por um momento, e disse:— Então, liberte o Jacó.Daquela vez, Henrique não fez nada, nem sequer falou.Ficaram em silêncio por quase um minuto, até que ele a soltou, segurando seu rosto.— Josiane, eu vou te compensar. O que você quiser, eu posso te dar, mas sobre essas duas coisas, não posso.Josiane deu uma risada sarcástica.— Você é tão hipócrita, né? Diz que pode me dar qualquer coisa, mas as condições que eu coloquei você rejeitou todas.Henrique mordeu os lábios. Não reagiu às suas críticas ou zombarias.Ele a olhou fixamente, observando as marcas de lágrimas em seu rosto, e estendeu a mão para limpá-las, murmurando:— Josiane, você pode pedir outras coisas.Josiane empurrou sua mão.— Não me interesso por outras coisas.Ao olhar para
A expressão de Josiane estava um pouco fria. Ela se afastou do seu braço, mas no instante seguinte, algo apertou sua cintura e ela foi puxada de volta.As costas dela estavam coladas ao peito quente do homem, e sua respiração caía sobre sua orelha, quente e ardente.— Para que acordar tão cedo? — A voz do homem de manhã soava mais rouca que o normal.O que era ainda mais diferente era que Josiane sentiu que algo estava despertando.Ela percebeu naturalmente aquilo, seu corpo se enrijeceu, e ela não ousou se mover, com medo de que ele, logo de manhã, perdesse o controle.— Estou com fome. — Ela disse com uma voz sem muito tom, sem emoção.Henrique a abraçou forte, e o calor de seu corpo parecia querer derreter ela.— Eu também estou com fome. — Sua voz estava ainda mais rouca.Josiane piscou, como se tivesse pensado em algo.Ele não queria o divórcio, será que era porque ele ainda se interessava pelo corpo dela?Será que, quando ele perdesse o interesse, seria o fim deles?De repente, e