Josiane deu um olhar frio e disse:— Você tem provas disso?— Ele foi envenenado com a comida que você fez, precisa de mais alguma prova? — Viviane respondeu.— A comida foi comprada por ele, de acordo com a sua lógica, eu posso dizer que ele se envenenou sozinho e tentou me incriminar? — Josiane respondeu.— Você...! — Viviane ficou visivelmente irritada. — Srta. Josiane, isso é um argumento falacioso!Josiane retrucou diretamente:— Pelo menos é melhor do que tirar conclusões precipitadas.A tensão entre as duas era palpável, com o ambiente carregado de hostilidade.— Chega! — Henrique finalmente falou, seu rosto bonito e severo estava claramente irritado, e seus olhos se voltaram frios para Josiane. — Por que eu deveria me divorciar de você? Você não sabe a razão? Josiane, não quero ser cruel, então é melhor você assinar os papéis, ou então...— Ou então o quê? — Josiane o encarou fixamente, olhando para o homem que um dia amou, com quem um dia viveu feliz. Sentia uma onda de zombar
Henrique olhou para os olhos claros dela, o rosto ainda estava um pouco pálido, e a expressão nos seus olhos gradualmente se tornou mais sombria.Josiane, no entanto, de repente se sentou novamente.— Deixa para lá, você já está sujo, eu não gosto mais.Henrique ficou sem palavras. Depois de um longo tempo, ele falou com a sua voz fria e ameaçadora:— O que você disse?— Enfim, era algo que ia acontecer mais cedo ou mais tarde. Agora que eu falei, qual é o problema? — Josiane respondeu.Henrique a olhou com um semblante indiferente, até com um ar de arrependimento, e a raiva que subia em seu peito parecia querer explodir!— Você veio aqui para falar sobre o divórcio, não veio? — Perguntou ele.Josiane fez uma cara como se estivesse percebendo só naquele momento.— Ah, se você não tivesse falado, eu até teria esquecido.Ela pegou o acordo de divórcio, folheou, e logo soltou uma risada debochada. Em seguida, diante dele, rasgou o acordo de divórcio novamente.— Minha ideia é não me divor
— Pensando bem, essa realmente é uma boa ideia. — Josiane disse.O sorriso nos lábios de Lúcia se aprofundou um pouco.— Na verdade, eu até gosto de você. Se você conseguir viver bem com o Henrique, isso seria ótimo.— Vou pensar nisso. — Josiane sorriu levemente e respondeu.— Certo, qualquer coisa que você precisar, é só me falar. Eu com certeza vou te ajudar. — Lúcia assentiu.— Obrigada, Sra. Gomes.Josiane manteve a formalidade. Ela tinha uma leve suspeita de que Lúcia poderia estar tramando algo, mas com a posição e o status de Lúcia, ela sabia que não tinha condições de confrontar ela diretamente.Por isso, Josiane apenas concordava com tudo o que Lúcia dizia. Fazer ou não fazer, no entanto, já era outra questão.— Sra. Gomes, preciso voltar para casa, com licença. — Josiane se levantou e disse.— Tudo bem, tome cuidado no caminho.Lúcia a acompanhou com um sorriso, observando ela sair enquanto tomava calmamente seu café. Depois, pegou o celular que estava no colo e apertou o bo
Josiane ficou atônita. Benjamin estava por perto?— Ah, tudo bem. — Respondeu ela.Ela desligou o celular. Josiane foi até a porta, e logo a campainha tocou. Ao abrir, viu Benjamin com seu característico cabelo curto e, agora, roxo parado diante dela.— Ben, você veio. — Josiane deu um leve sorriso para ele.Benjamin curvou os lábios em um sorriso. Seu rosto, com traços ainda mais marcantes e belos, exibia uma expressão travessa e sedutora. Seus olhos encantadores pareciam ter o poder de enfeitiçar qualquer um.— O que aconteceu? — Perguntou ele.Josiane o convidou para entrar e, em seguida, explicou brevemente o que havia acontecido.Benjamin notou os pratos sobre a mesa e ergueu as sobrancelhas, questionando:— Então, você saiu da delegacia por causa disso?— Sim. — Josiane assentiu.— Quando eu te perguntei naquela hora, por que você não contou? — Benjamin continuou.Josiane ficou um pouco sem graça com a pergunta. Passando a mão no nariz, ela respondeu:— Eu pensei que resolver iss
Josiane perguntou de maneira um pouco tímida:— Não... Está bom?Benjamin olhou para ela e, de repente, respondeu:— Uma refeição só não vai ser suficiente.— Hã? — Josiane ficou surpresa. — Então, quantas refeições seriam suficientes?Benjamin, achando graça da expressão inocente dela, levantou a mão e fez o número três com os dedos.Josiane começou a rir.— Três refeições, né? Sem problema! Quando você tiver tempo, me avisa e eu faço na hora.A atitude humilde e respeitosa dela parecia a de alguém tratando um amigo mais velho.Benjamin sentiu uma sensação estranha e familiar, mas lentamente abaixou a mão.— Quando eu estiver com vontade, eu te aviso.— Sem problema!Josiane concordou de imediato.Fazer comida não era grande coisa. Se isso resolvesse o que ela devia, ela ficaria completamente satisfeita.Embora Benjamin ainda estivesse um pouco incomodado, ele admitia que a comida que Josiane preparava era realmente muito boa, bem ao gosto dele.Tanto que ele acabou comendo duas tigel
No dia seguinte, Josiane chegou à empresa, e mais uma vez uma grande quantidade de trabalho desorganizado a aguardava. No entanto, ela não estava irritada, estava ansiosa pela chegada do almoço.Na hora do almoço, Benjamin ligou para ela e disse que o resultado já tinha saído, e enviou o relatório para seu e-mail.— Obrigada, Ben! — Disse Josiane, com uma voz cheia de entusiasmo.Benjamin, porém, falou lentamente:— De que adianta você saber quais pratos estavam com veneno? Isso não parece provar a sua inocência.Josiane ficou quieta por um momento.— Eu acho que esses produtos foram comprados no supermercado. Talvez o problema tenha acontecido lá, então vou até o supermercado verificar as câmeras de segurança.— Já se passaram tantos dias, acho que será difícil. — Benjamin respondeu em um tom sério.Josiane apertou os lábios. Ela sabia que se tivesse ido na hora, talvez fosse mais fácil. Mas precisava ir de qualquer jeito.Benjamin, com a voz calma, disse:— Claro, se você fizer mais
— Alô? — Josiane atendeu o celular, e sua voz estava mais fria.A voz de Henrique, no entanto, estava ainda mais gelada que a dela.— Onde você está? — Perguntou ele.O rosto de Josiane hesitou por um momento e perguntou de volta:— O que aconteceu?Será que era por causa do divórcio novamente?Ela já havia deixado claro o que pensava sobre isso. Enquanto não resolvesse a situação, ela não iria se divorciar. Ele continuar insistindo não fazia sentido nenhum.De repente, Josiane lembrou da atitude dele anteriormente e, de uma forma estranha, começou a entender um pouco o que estava acontecendo.Ela o via se preocupando com uma questão, enquanto ela parecia apenas uma espectadora, como se estivesse assistindo a uma cena sem se importar com o que estava acontecendo.— Venha ao hospital agora. Eu preciso te perguntar algo. — Henrique disse, e imediatamente desligou o celular, com um tom de voz que era uma mistura de comando e frieza, não permitindo que fosse recusado.Josiane franziu a tes
Henrique estava parado na porta do quarto, com o rosto sombrio enquanto a encarava. Seus olhos profundos e ligeiramente puxados pareciam um lago gelado, sem qualquer traço de calor.Josiane sentiu como se o ar ao seu redor tivesse ficado vários graus mais frio. Um calafrio subiu por sua espinha, e ela inexplicavelmente percebeu que a pressão ao seu redor havia aumentado.A expressão de Josiane também se tornou fria.— Você me chamou aqui para falar exatamente sobre o quê?Não seria sobre o que Viviane disse, seria?Será que qualquer coisa absurda que aconteceu estava sendo jogada em suas costas?Enquanto pensava nisso, os olhos de Josiane, brilhantes como água, ganharam um tom frio e afiado.Henrique perguntou em um tom grave:— Por que você sequestrou a Vivi?— Hã?! — Josiane soltou uma risada fria imediatamente.Então, era mesmo por causa disso!Ele realmente havia a chamado ali para interrogar ela por algo tão absurdo e sem fundamento!Josiane olhou para ele com indiferença.— Henri