— Pensando bem, essa realmente é uma boa ideia. — Josiane disse.O sorriso nos lábios de Lúcia se aprofundou um pouco.— Na verdade, eu até gosto de você. Se você conseguir viver bem com o Henrique, isso seria ótimo.— Vou pensar nisso. — Josiane sorriu levemente e respondeu.— Certo, qualquer coisa que você precisar, é só me falar. Eu com certeza vou te ajudar. — Lúcia assentiu.— Obrigada, Sra. Gomes.Josiane manteve a formalidade. Ela tinha uma leve suspeita de que Lúcia poderia estar tramando algo, mas com a posição e o status de Lúcia, ela sabia que não tinha condições de confrontar ela diretamente.Por isso, Josiane apenas concordava com tudo o que Lúcia dizia. Fazer ou não fazer, no entanto, já era outra questão.— Sra. Gomes, preciso voltar para casa, com licença. — Josiane se levantou e disse.— Tudo bem, tome cuidado no caminho.Lúcia a acompanhou com um sorriso, observando ela sair enquanto tomava calmamente seu café. Depois, pegou o celular que estava no colo e apertou o bo
Josiane ficou atônita. Benjamin estava por perto?— Ah, tudo bem. — Respondeu ela.Ela desligou o celular. Josiane foi até a porta, e logo a campainha tocou. Ao abrir, viu Benjamin com seu característico cabelo curto e, agora, roxo parado diante dela.— Ben, você veio. — Josiane deu um leve sorriso para ele.Benjamin curvou os lábios em um sorriso. Seu rosto, com traços ainda mais marcantes e belos, exibia uma expressão travessa e sedutora. Seus olhos encantadores pareciam ter o poder de enfeitiçar qualquer um.— O que aconteceu? — Perguntou ele.Josiane o convidou para entrar e, em seguida, explicou brevemente o que havia acontecido.Benjamin notou os pratos sobre a mesa e ergueu as sobrancelhas, questionando:— Então, você saiu da delegacia por causa disso?— Sim. — Josiane assentiu.— Quando eu te perguntei naquela hora, por que você não contou? — Benjamin continuou.Josiane ficou um pouco sem graça com a pergunta. Passando a mão no nariz, ela respondeu:— Eu pensei que resolver iss
Josiane perguntou de maneira um pouco tímida:— Não... Está bom?Benjamin olhou para ela e, de repente, respondeu:— Uma refeição só não vai ser suficiente.— Hã? — Josiane ficou surpresa. — Então, quantas refeições seriam suficientes?Benjamin, achando graça da expressão inocente dela, levantou a mão e fez o número três com os dedos.Josiane começou a rir.— Três refeições, né? Sem problema! Quando você tiver tempo, me avisa e eu faço na hora.A atitude humilde e respeitosa dela parecia a de alguém tratando um amigo mais velho.Benjamin sentiu uma sensação estranha e familiar, mas lentamente abaixou a mão.— Quando eu estiver com vontade, eu te aviso.— Sem problema!Josiane concordou de imediato.Fazer comida não era grande coisa. Se isso resolvesse o que ela devia, ela ficaria completamente satisfeita.Embora Benjamin ainda estivesse um pouco incomodado, ele admitia que a comida que Josiane preparava era realmente muito boa, bem ao gosto dele.Tanto que ele acabou comendo duas tigel
No dia seguinte, Josiane chegou à empresa, e mais uma vez uma grande quantidade de trabalho desorganizado a aguardava. No entanto, ela não estava irritada, estava ansiosa pela chegada do almoço.Na hora do almoço, Benjamin ligou para ela e disse que o resultado já tinha saído, e enviou o relatório para seu e-mail.— Obrigada, Ben! — Disse Josiane, com uma voz cheia de entusiasmo.Benjamin, porém, falou lentamente:— De que adianta você saber quais pratos estavam com veneno? Isso não parece provar a sua inocência.Josiane ficou quieta por um momento.— Eu acho que esses produtos foram comprados no supermercado. Talvez o problema tenha acontecido lá, então vou até o supermercado verificar as câmeras de segurança.— Já se passaram tantos dias, acho que será difícil. — Benjamin respondeu em um tom sério.Josiane apertou os lábios. Ela sabia que se tivesse ido na hora, talvez fosse mais fácil. Mas precisava ir de qualquer jeito.Benjamin, com a voz calma, disse:— Claro, se você fizer mais
— Alô? — Josiane atendeu o celular, e sua voz estava mais fria.A voz de Henrique, no entanto, estava ainda mais gelada que a dela.— Onde você está? — Perguntou ele.O rosto de Josiane hesitou por um momento e perguntou de volta:— O que aconteceu?Será que era por causa do divórcio novamente?Ela já havia deixado claro o que pensava sobre isso. Enquanto não resolvesse a situação, ela não iria se divorciar. Ele continuar insistindo não fazia sentido nenhum.De repente, Josiane lembrou da atitude dele anteriormente e, de uma forma estranha, começou a entender um pouco o que estava acontecendo.Ela o via se preocupando com uma questão, enquanto ela parecia apenas uma espectadora, como se estivesse assistindo a uma cena sem se importar com o que estava acontecendo.— Venha ao hospital agora. Eu preciso te perguntar algo. — Henrique disse, e imediatamente desligou o celular, com um tom de voz que era uma mistura de comando e frieza, não permitindo que fosse recusado.Josiane franziu a tes
Henrique estava parado na porta do quarto, com o rosto sombrio enquanto a encarava. Seus olhos profundos e ligeiramente puxados pareciam um lago gelado, sem qualquer traço de calor.Josiane sentiu como se o ar ao seu redor tivesse ficado vários graus mais frio. Um calafrio subiu por sua espinha, e ela inexplicavelmente percebeu que a pressão ao seu redor havia aumentado.A expressão de Josiane também se tornou fria.— Você me chamou aqui para falar exatamente sobre o quê?Não seria sobre o que Viviane disse, seria?Será que qualquer coisa absurda que aconteceu estava sendo jogada em suas costas?Enquanto pensava nisso, os olhos de Josiane, brilhantes como água, ganharam um tom frio e afiado.Henrique perguntou em um tom grave:— Por que você sequestrou a Vivi?— Hã?! — Josiane soltou uma risada fria imediatamente.Então, era mesmo por causa disso!Ele realmente havia a chamado ali para interrogar ela por algo tão absurdo e sem fundamento!Josiane olhou para ele com indiferença.— Henri
Ricardo levou Viviane diretamente ao hospital. Viviane, na ocasião, estava tão assustada que acabou desmaiando de tanto chorar.Ricardo já havia capturado os responsáveis pelo sequestro de Viviane. Após um intenso interrogatório, eles confessaram que uma mulher chamada Josiane havia ordenado o ato.A primeira reação de Henrique foi de descrença.No entanto, logo em seguida, ele recebeu uma gravação em sua caixa de e-mail.O "impossível" rapidamente se tornou "possível"....— Henrique! — Viviane, ao ver que Henrique permanecia em silêncio, mostrou uma expressão de quem estava prestes a chorar. — Eu não vou te culpar por ter se apaixonado por outra mulher, mas você não deveria amar alguém tão cruel e sem escrúpulos como ela. Uma pessoa assim não merece ficar ao seu lado!Os olhos sombrios de Henrique se voltaram para ela.— Você não descansou direito na noite passada. Vou pedir para Ricardo te levar para casa agora. Durante esse período, ele ficará responsável por te proteger.Viviane a
Viviane, porém, balançou a cabeça, se recusando a descer. Seus olhos ainda estavam cheios de lágrimas enquanto olhava para Henrique.— Eu sei, já faz tempo que não sou importante para você. A minha vida foi mantida por você, mas se você não precisa mais de mim, então não há motivo para eu continuar viva.Ela se virou, abriu os braços e, como uma borboleta, preste a se deixar cair, flutuando até a queda.— Não! — Henrique exclamou em choque.— Ah! — No segundo seguinte, um grito de dor ecoou ao lado.— Srta. Viviane, ela se ajoelhou para você! — Ricardo gritou.Todos olharam naquela direção e viram que Ricardo, de alguma forma, tinha forçado Josiane ao chão, obrigando ela a se ajoelhar diante de Viviane!Josiane lutava para se levantar.— Me solte...Mas ela não era párea para Ricardo. Seu corpo estava firmemente pressionado contra o chão, sem chance de se mover.Ricardo fixou o olhar em Viviane.— Srta. Viviane, quem errou foi ela, não o Sr. Henrique. Por favor, não coloque a culpa nel