Capítulo 58
Mayara mantinha sua expressão compassiva.

- Não pretendi dizer mais nada, Sra. Julieta, por favor, não se aborreça.

- Srta. Mayara, você se preocupa demais. - Ditas essas palavras, Julieta se virou e deixou a sala reservada.

No exato momento em que a porta se fechou, ela observou Francisco passando um lenço para Mayara.

Mayara não o aceitou.

Ele, resignado, utilizou o lenço para enxugar as lágrimas dela.

- Já é adulta, por que ainda chora tanto?

- Eu realmente não queria.

- É muito feio.

Ao dizer que era feio, o sorriso em seu rosto não se esvaiu.

Julieta segurava a maçaneta com firmeza, seus nós dos dedos embranqueceram.

Justamente na véspera, Francisco lhe disse com extrema seriedade: “Chorar é inútil. Não espere que o choro amoleça meu coração.”.

Julieta sempre pensou que o coração desse homem fosse de pedra.

Ao longo dos anos, perante ela, ele certamente podia ser considerado um ser com o coração petrificado.

Seu coração não se amolecia com suas lágrimas. Tampouco recuava com seus
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