Capítulo 4
Julieta se sentiu como se estivesse num reino gelado.

Ela entendeu o significado das palavras de Francisco.

Assim que ela concordasse, ele não ia impedir.

Francisco não se preocupava com a sua permanência ou partida.

Gustavo não era alguém por quem ela tivesse interesse.

No passado, ela teria recusado sem hesitar. Mas agora, de repente, um sentimento de rebeldia surgiu dentro dela. Ela não queria mais continuar assim. Inconscientemente, suas mãos tocaram seu ventre.

Ela não queria usar a existência desse filho como uma maneira de forçar Francisco a assumir responsabilidades. Era apenas um jogo, então por que falar sobre responsabilidade?

Além do mais, Francisco não era um homem que ela podia controlar.

Ela também não estava decidida a ter esse filho.

A questão era, se não esse filho, então o próximo?

Além disso, Francisco sempre foi cuidadoso com contracepção.

Ele nunca permitiu que ela engravidasse, portanto, ele sempre usava preservativos.

Exceto por um mês atrás, quando algo deu errado e o preservativo se rompeu.

Mas imediatamente depois, ele fez ela tomar a pílula do dia seguinte. No entanto, isso não impediu a chegada desse filho.

Ela sabia que esse filho não seria mantido.

Mas quem poderia garantir que, se ela recusasse esse, o próximo não viria?

Ela já sacrificou toda a juventude por ele, não queria desgastar também o corpo.

Ela já havia juntado algum dinheiro para as despesas médicas de sua mãe.

Quanto à frieza de Francisco, ela compreendia completamente.

Ela não queria mais continuar esgotando sua juventude por ele.

Originalmente, ela não tinha certeza. Mas agora, desde que ele levantou a questão, ela não queria mais recuar.

- Então, se eu concordar, posso ir com o Sr. Gustavo? – Perguntou Julieta, olhando para Francisco.

Os olhos intensos de Francisco se estreitaram.

- Então, Sra. Julieta, você realmente tem essa intenção? – Perguntou Francisco, de volta.

Julieta soltou um sorriso amargo, dizendo algo que ela nunca teria dito antes.

- Se as condições oferecidas pelo Sr. Gustavo forem vantajosas, eu posso considerar. – Respondeu Julieta.

- Snap!

Um som ecoou quando Francisco jogou um copo de bebida que estava na mesa para o chão.

O animado salão de festas ficou de repente silencioso.

Os olhos de Francisco ficaram sombrios, mas seu rosto ainda exibia uma calma gélida.

Aqueles que conheciam ele bem, sabiam que ele estava com raiva.

- Então, Sra. Julieta, você já está no acampamento inimigo? – Zombou Francisco, sorrindo com frieza e continuou. – Nesse caso, amanhã, Sra. Julieta, você pode ir lidar com sua rescisão de contrato.

- Está bem. – Respondeu Julieta, sorrindo e se levantando. – Se divirta, Sr. Francisco. Estou um pouco cansada, então vou embora primeiro.

Julieta não olhou para trás.

Ela tinha medo de que se olhasse, não conseguiria ir embora.

Aquele homem estava escondido em seu coração por muitos anos.

Um simples olhar poderia fazer ela enfrentar qualquer dificuldade por ele.

O ato ousado dela naquela noite foi impulsivo, mas ela não se arrependeria. Ela não permitiria que se arrependesse.

Não poderia mais se permitir afundar na presença dele, enquanto ele permanecia como um espectador, observando ela afundar cada vez mais, incapaz de se libertar.

Depois de Julieta sair, deixando a sala silenciosa e estranhamente quieta, o rosto de Francisco ficou frio como gelo.

Gustavo também começou a sentir que algo estava errado.

Rafael olhou para Francisco, com medo, como se as coisas tivessem saído do controle dessa vez.

Alguns dos amigos de Francisco não ousavam dizer uma palavra.

A jovem celebridade sentada ao lado de Francisco percebeu algo e tentou aproveitar a oportunidade para subir na vida.

- Sr. Francisco, talvez seja melhor trocar por uma mulher mais obediente. – Falou a jovem celebridade.

- Saia. – Gritou Francisco, sua voz calma e inalterada ecoou na sala privada.

A jovem celebridade ficou surpresa por um momento, incapaz de entender.

- Por que está tão bravo... – Disse a jovem celebridade.

- Saia! – Repetiu Francisco. Geralmente ele não mostrava raiva ou alegria, mas agora seus olhos ficaram avermelhados de leve.
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