Julieta franziu a testa de repente. Ela olhou para Francisco com raiva e disse: - Francisco, se você tem algo a dizer, diga, se não, vá embora!Francisco apertou os olhos, surpreso: - Você está me mandando embora?Julieta mordeu o lábio e desviou o olhar, ignorando ele e se voltando para Carlos: - Estou com um pouco de fome.Carlos prontamente serviu a ela uma tigela de canja de um recipiente térmico: - Olívia preparou esta canja para você. Tome um pouco agora. Daqui a pouco vou comprar mais alguma coisa para você comer.Julieta acenou com a cabeça. Ela realmente desejava comer sozinha. Apesar de estar levemente machucada, não se sentia tão frágil a ponto de precisar ser alimentada por outra pessoa. Porém, diante da insistência de Carlos, ela teve que ceder. Neste relacionamento, ela se esforçava para oferecer toda a segurança possível.Julieta aceitou a canja que Carlos levava aos seus lábios, uma colher de cada vez. Francisco, por sua vez, parecia cada vez mais pertur
A expressão de Francisco estava tão sombria quanto possível. Apesar de ter sido ele quem a salvou na noite anterior, agora ela só tinha olhos para Carlos. Francisco estava visivelmente irritado. Julieta, por sua vez, já não se importava mais com ele, nem tinha disposição para isso. Ela só queria saber quem estava por trás de Dario. Anteriormente, ela apenas suspeitava, mas a morte repentina de Dario agora a fazia acreditar nisso, já que sua morte foi extremamente oportuna, parecia claramente um assassinato para impedir que Dario divulgasse informações.Julieta baixou os olhos e, de repente, perguntou:- Francisco, como tem estado a Mayara nos últimos dias?Francisco hesitou por um momento. Então, seus olhos se estreitaram.- Por que está perguntando sobre ela de repente?Julieta encarou Francisco, sem proferir uma palavra. Eles estavam juntos há tanto tempo que Francisco conhecia Julieta até certo ponto. Ele hesitou por um momento antes de indagar novamente:- Você está desconfiada
Julieta olhava para Francisco com uma expressão de desconfiança. Ela sempre suspeitava que esse homem desavergonhado não falava muitas verdades. Estava prestes a dizer algo quando notou uma pessoa se aproximando por trás de Francisco. Um vislumbre de repulsa cruzou o olhar de Julieta. Ela se desvencilhou de Francisco e se virou para sair: - Eu irei sozinha para colaborar com a investigação policial. Francisco permaneceu imóvel, com um semblante sombrio. Ele não a seguiu, apenas observou as duas figuras se afastando. - Sr. Francisco... - Jane observava Francisco atentamente. - Sr. Francisco, Mayara parou de tomar seus remédios novamente, você deveria ir vê-la. Francisco se virou e encarou Jane. Ele não respondeu, apenas se dirigiu ao quarto de Mayara. Jane observava as costas de Francisco, um sorriso fugaz cruzou seus lábios e ela seguiu de perto atrás dele: - Aquela era a Srta. Julieta, certo? Ela é muito bonita. Francisco parou, se virou para olhar para Jane. Esse olhar fez
O desprezo nos olhos de Julieta era evidente, sem qualquer tentativa de disfarce.Francisco, por sua vez, não parecia se importar e se aproximou dela:- O relatório de autópsia de Dario foi liberado.Julieta deu um passo brusco:- E então? A morte dele foi um acidente ou um homicídio?- Homicídio, por asfixia. O período da morte coincide quase exatamente com o momento em que saímos juntos do beco.Julieta sentiu um arrepio percorrer sua espinha. Ela jamais imaginou que, sendo uma vítima, acabaria se tornando uma suspeita.- E as câmeras de segurança? - Carlos, incapaz de se conter, indagou.Francisco fixou seu olhar em Carlos:- Sr. Carlos acha que eu sou ingênuo? Após descobrirmos que Dario estava morto, verifiquei todas as câmeras. Naquele intervalo, apenas eu e Julieta saímos do beco.A feição de Julieta se deteriorou instantaneamente.“Quem estaria por trás do assassinato de Dario?”“Qual seria o motivo?”“Seria algo direcionado apenas a mim ou Francisco também está envolvido?”Jul
Francisco parou o punho bem na frente de Julieta. Os olhos do homem exibiam uma dor indissolúvel. - Julieta, você está mesmo protegendo ele? Não tem medo de que eu a acerte? Evidentemente, Julieta sentia medo. Ela conhecia bem a crueldade de Francisco. No entanto, não podia permitir que Francisco continuasse a agredir Carlos. Carlos já havia sofrido bastante por causa dela. Ela não desejava que ele se machucasse mais por sua causa, isso apenas intensificaria sua sensação de culpa. Julieta encarou Francisco por um instante e então soltou uma risada sarcástica: - Francisco, ele é meu namorado. Se não for para protegê-lo, eu deveria proteger você? Essa afirmação causou uma dor abrupta no coração de Francisco. Ele permaneceu imóvel, observando a cena à sua frente, sem saber por quanto tempo, antes de soltar uma risada fria e recuar o punho. Ele simplesmente não disse nada, se virou e seguiu um dos funcionários para dentro. Julieta observou enquanto ele se afastava e só
Emanuel disse: - Depois de tanto esforço, será que tudo isso foi apenas para ter mais um ano de contato próximo com a Julieta? O custo e o benefício definitivamente não são proporcionais. Isso é mesmo necessário?Francisco, encostado na parede, olhou para cima, com seu rosto obscurecido pela fumaça tornando difícil discernir sua expressão.Ele, melhor do que ninguém, sabia que não era necessário, mas simplesmente não conseguia deixar para lá.Ele não aceitava que a mulher que deveria ser dele simplesmente fosse embora, muito menos que ela caísse nos braços de outro homem.- Pelo menos durante esse tempo, ela deveria ser minha.Emanuel olhou para o amigo ao lado. Depois de um tempo, soltou uma risada fria:- Você sabe muito bem como se aproveitou da situação dela ao assinar aquele acordo. Francisco, se é apenas uma questão de não conseguir aceitar, então eu realmente sugiro que você desista. Um ano passa rápido e você pode encontrar outra mulher para passar esse tempo. A menos que você
Francisco de repente teve um brilho nos olhos, mas antes que pudesse se alegrar, ouviu Julieta dizer: - Mayara cometeu um crime, ela deve ser punida. Por que eu deveria terminar com o veterano? Ela disse isso quase rangendo os dentes. A expressão de Francisco mudou imediatamente para uma de desagrado. No entanto, antes que ele pudesse dizer algo, viu Julieta pálida deslizar para fora da cadeira. - Julieta! - Exclamou o homem com uma expressão séria enquanto a puxava para cima rapidamente. Só então ele percebeu que o rosto de Julieta estava coberto de suor frio. - O que está acontecendo? Você está se sentindo mal? Julieta suportou a dor sem falar. Mas Francisco rapidamente percebeu o que estava acontecendo. Ele colocou a mão sobre o abdômen dela: - É cólica menstrual? Julieta quase instintivamente afastou sua mão: - Pode pegar um analgésico para mim, obrigada. Francisco estreitou os olhos. Mesmo nesse momento, ela ainda não o deixava tocá-la. Se não fosse par
A clínica estava cheia de pessoas indo e vindo, Francisco soltou Julieta ao perceber que ela lutava ferozmente. Julieta, suportando a dor, saiu para a rua. Parecia que não precisaria mais ir à delegacia, apenas seu celular ainda estava lá. Assim que saiu da clínica, ela se dirigiu à delegacia. Francisco a seguia com uma expressão séria no rosto. Quase chegando à porta da delegacia, ele de repente disse: - Julieta, você realmente acha que pode ficar com Carlos para sempre? Não acredita? Apostemos, vocês vão terminar em breve.Julieta franziu a testa intensamente e, após um momento, sorriu: - Sem discutir se vamos terminar ou não, mesmo que isso aconteça, eu não ficaria com você novamente! Dito isso, ela entrou na delegacia. Depois de pegar seu celular, a primeira coisa que fez foi ligar para Carlos. Carlos devia estar por perto, pois chegou poucos minutos após a ligação. - Veterano, como você chegou tão rápido? Carlos sorriu e disse: - Eu estava preparando um pouco