— Não morda, isso me machuca.

Um vislumbre atravessou a mente de Patrícia, rememorando o início de sua relação com Teófilo, quando ambos eram inexperientes nesse tipo de situação.

Ela se envergonhava de fazer qualquer ruído, então sempre mordia os lábios para silenciar seus sons.

Até aquele dia, quando ele, por trás dela, levantou seu queixo e sussurrou essa frase em seu ouvido.

Patrícia se lembra de que aquela noite foi selvagem.

Naquele momento, ela não percebeu o quão sedutora estava, com os olhos cobertos por uma gaze prateada.

Ele ergueu seu queixo, forçando ela a levantar a cabeça e expor seu pescoço elegante, semelhante ao de um cisne.

O vestido desarrumado escorregava pelos ombros, revelando braços pálidos e um colo sedutor, adornado por pequenas lantejoulas que brilhavam na obscuridade da noite.

A barra leve do vestido flutuava sobre a água, como uma flor prestes a desabrochar, extremamente atraente.

Teófilo lentamente se inclinou e capturou os lábios pelos quais ele havia an