Tamires estava por perto e, percebendo que algo estava errado, rapidamente se aproximou para empurrar Patrícia para longe.Antes de saírem, ela lançou um olhar insatisfeito para Teófilo, se questionando sobre que peça ele estava tentando encenar agora.Justo quando a relação entre os dois começava a melhorar um pouco, ele conseguiu criar um ambiente tenso novamente.Gabriel se aproximou e disse: - Presidente Teófilo, você não pode se precipitar, quanto mais apressado, mais propenso a erros.Teófilo suspirou: - Eu tenho medo de que Paty perca a vontade de viver, eu queria que ela tivesse uma razão para querer sobreviver, pensei que ver Diego despertaria o amor materno subconsciente, mas as coisas não saíram como esperado.- Presidente Teófilo, é melhor desistir, a Sra. Patrícia já está assim, realmente não pode ser mais estimulada, podemos falar sobre Diego mais tarde.- Só me resta aceitar.Teófilo se agachou e levantou Sarah nos braços, embora ele detestasse Mariana intensamente, es
Tamires começou a falar, tentando aconselhar Patrícia, mas ela fez um gesto com a mão, interrompendo:- Eu quero descansar um pouco. Não deixe aquela pessoa entrar. Eu não quero vê-lo.- Está bem...Tamires cobriu Patrícia com um cobertor e saiu. Do lado de fora, Teófilo segurava Diego, cujas grandes lágrimas rolavam pelo rosto, conferindo a ela uma aparência particularmente miserável.- Papai, eu quero a mamãe. - Disse Diego, agarrando o colarinho de Teófilo com voz triste.Diego estava prestes a completar três anos e já expressava claramente seus sentimentos. Havia muito tempo que ele não via sua mãe e o pequeno não compreendia por que, de repente, ela se tornara tão hostil, quando antes sempre o abraçava. Ele apenas desejava um abraço da mamãe.Teófilo o segurava com um braço, exibindo uma expressão indescritivelmente triste:- Mamãe está doente, por enquanto ela não pode te abraçar.- Doente? - Os olhos redondos de Diego giravam em confusão. - É mesmo?Então, ele imitou o som de t
Patrícia respondeu distraidamente:- Provavelmente não havia mesmo outra opção, caso contrário, quem se daria ao trabalho de roubar flores até de um hospital?- Creio que há muitas pessoas estranhas por aí, até mesmo os princípios morais mais básicos se perderam, Srta. Patrícia. Descanse bem.A enfermeira-chefe fechou a porta ao sair e, pouco depois, Patrícia começou a sentir sono, como se ouvisse a porta abrir novamente. Estava sonolenta e não deu muita importância.Ela não ouviu passos, mas sim um som de fricção ao lado, parecido com o de um pequeno rato furtivo. De repente, algo foi colocado sobre sua cabeça. Não era o médico?Patrícia abriu os olhos e se viu encarando grandes olhos redondos. O rosto delicado de Diego se ampliou ao ver Patrícia acordada, e ele parecia envergonhado.- Mamãe, a coroa de flores.Diego lutava para ajustar a coroa de flores com suas pequenas mãos ainda rígidas.- É você - Disse Patrícia suavemente, seu olhar pousando na coroa de flores nas mãos de Die
Diego agora estava consciente e, após ser atingido, sua primeira reação não foi chorar, mas sim ficar confuso. Ele não sabia o que tinha feito de errado para que Mariana o tivesse agredido. Logo, uma marca de mão apareceu em seu pequeno rosto, e o lado direito rapidamente ficou inchado e vermelho.Após a explosão de fúria, Mariana sentiu uma repentina culpa e rapidamente abraçou o filho:- Diego, mamãe te machucou? Não foi de propósito.Ela odiava profundamente Patrícia, mas a ideia de que Patrícia logo perderia a vida a fazia se sentir melhor. Um brilho de animação passou por seu rosto:- Aquela mulher vai morrer logo, isso é ótimo! Diego, nós teremos nosso pai de volta, você é tão parecido com ele, precisa agradá-lo bem, para que ele cuide bem de nós dois.Depois de passar por tantas dificuldades, a sanidade de Mariana ficou bastante abalada, ela ria e chorava em momentos alternados, com uma expressão maníaca, deixando Diego cada vez mais assustado com essa mulher. Os olhos grand
Inês esteve ao lado de Mariana por vários anos e nunca a tinha visto em um estado tão lastimável. Mariana chorava sem parar:- Eu já não tenho pais, não tenho mais uma casa, nunca mais conseguirei me reerguer nesta vida, só me restam meus dois filhos. Se você contar ao Teófilo, ele certamente não me permitirá vê-los novamente.Desesperada, Mariana segurava a perna da calça de Inês, implorando com dificuldade. Sem outras opções, Inês deixou escapar:- Não faça isso novamente.Após isso, ela saiu, levando Diego consigo. Enquanto aplicava gelo no inchaço com um ovo, refletia sobre quão inconcebível era uma mãe ser tão dura com o próprio filho.- Dói?Diego apenas balançou a cabeça, sem emitir uma palavra, e seu semblante solitário era ainda mais de partir o coração. Inês suspirou, entristecida.Com a doença de Patrícia, a família Amaral também entrou em completo desespero. Teófilo chegou em casa e encontrou Ricardo sentado sob uma árvore de tâmaras, murmurando algo ininteligível.- O av
Teófilo interrogou Ricardo por longo tempo, mas não conseguiu tirar nenhuma informação dele. Segundo as informações que colheu, a Srta. Gisele aparentemente fugira para o País da Serenidade Azul usando uma identidade e um nome falsos e desapareceu novamente durante os distúrbios.Teófilo se sentia impotente, pois Daniel ainda não havia trazido notícias, e continuar esperando significava apenas que Patrícia enfrentaria uma morte certa, mais cedo ou mais tarde.No entanto, nos últimos dias, ele teve algum progresso. Ao chegar ao pequeno quarto escuro, encontrou Félix respirando com dificuldade, todo coberto de sangue. Parece que Lucas não poupou esforços para tirar informações dele.- Presidente Teófilo, Félix confessou. Ele conhece Florinda há dois ou três anos. Eles nunca se encontraram pessoalmente, mas Florinda o ajudou algumas vezes, todas relacionadas à compra de ações do Grupo Amaral.- Não é à toa que Félix possui tantas ações. Ele teve a ajuda de um mestre, que poderia gastar ce
Patrícia ficou no hospital por uma semana antes de receber alta. Durante esse período de recuperação, ela já conseguia se levantar da cama e caminhar, embora os níveis baixos de células vermelhas e brancas, em torno de 2,9, a deixassem diariamente tonta e extremamente fraca. A possibilidade de deixar o hospital, contudo, representava um grande alívio para ela.De volta à Mansão dos Amaral, Tamires, empurrando a cadeira de rodas, falou:- Sra. Patrícia, o Sr. Teófilo preparou especialmente um quarto para você no térreo, com acesso direto ao jardim. Descanse e se recupere tranquilamente, você certamente irá melhorar.- Está bem.Teófilo, provavelmente temendo perturbá-la, se manteve afastado nos últimos dias. No entanto, Patrícia sabia que ele frequentemente a vigiava enquanto ela dormia, entrando sorrateiramente no quarto depois que ela adormecia e saindo antes que despertasse. Ela não entendia o motivo de suas ações. Ele tinha sua própria família, por que dedicar tanto carinho a ela
Tamires, percebendo que Patrícia estava desanimada, tentou confortá-la:- Você mal comeu nesses últimos dias, agora que finalmente está com apetite, a Sra. Agatha foi pessoalmente à cozinha preparar sua refeição.Patrícia concordou com a cabeça, preferiu não usar a cadeira de rodas e se moveu lentamente até a sala de jantar.Agatha, com um avental amarrado, disse:- Se sente, a comida estará pronta em breve.Na mesa, um vaso de porcelana elegante exibia flores colhidas naquele mesmo dia, com cada folha vibrante em cor.Na mente de Patrícia, passavam imagens de um dia frio de neve pesada, ela estava dentro de casa, arranjando flores, com a barriga proeminente e um leve sorriso nos lábios.A porta se abriu e Teófilo entrou, furioso, questionando ela por ter ido provocar Mariana, que também estava grávida.Parecia que ele havia esquecido que Patrícia estava grávida naquele momento.No auge do frio, ele quebrou o vaso de flores dela, espalhando as pétalas pelo chão.- Ah... - Patrícia segu