O quê?As palavras de Patrícia deixaram Luana completamente perturbada. Será que ela estava tendo alucinações auditivas? Como poderia uma pessoa mais velha realmente dizer tais coisas?- Agatha, você me odeia tanto assim? Nos últimos dois anos, você claramente gostou de mim.Luana falou enquanto as lágrimas grossas caíam, seu rosto marcado pela tristeza.A reação inesperada só aumentou a irritação de Agatha. Com uma expressão gelada, ela respondeu:- Não me venha com esse teatro, eu não sou homem para cair nesse seu jogo. O que eu mais odeio é esse tipo de comportamento.Luana ficou ainda mais chocada. Ela pensava que, apesar do temperamento frio de Agatha, seu carinho e cuidados seriam reconhecidos.Agora, parecia que todo o afeto era apenas uma consolação que Luana criava para si mesma.- Agatha, se você me odeia tanto, não vou mais te incomodar. Se lembre de tomar seus remédios...Luana tentou se afastar, esperando despertar alguma simpatia em Agatha.Por ironia do destino, Agatha s
Patrícia e Agatha faziam compras juntas, e uma sensação sutil permeava o ar, marcando a primeira vez que Patrícia saía com sua sogra. Ela começava a entender o que significava realmente ser rica. Mesmo tendo muitas roupas em casa ainda com etiquetas, Agatha levantava a mão e adquiria mais uma pilha sem hesitar.Patrícia não tinha certeza se estava habituada a gastar tanto, mas agora, diante desses preços, sentia uma pontada no coração. Agatha, por sua vez, parecia completamente à vontade:- Gaste, por que não? Prefere deixar que a amante do seu marido gaste? Não se preocupe, se tem uma coisa que não falta à família Amaral é dinheiro. - Patrícia sorriu, constrangida, enquanto ouvia Agatha continuar. - A família Moura também é assim.Patrícia não sabia muito sobre a situação financeira da família Moura, sabendo apenas vagamente que Agatha, desafiando todas as expectativas, escolhera se casar com Felipe. Ela havia rejeitado um homem que cresceu com ela desde a infância, provocando a fúr
Diante de Patrícia estava um rosto desconhecido. A garota possuía feições delicadas e não despertava qualquer sentimento de familiaridade, provavelmente, não era alguém que ela conhecesse. No entanto, a expressão da outra pessoa parecia reconhecê-la.- Você me conhece? - Patrícia tomou a iniciativa de perguntar. A expressão da outra se suavizou, e um sorriso brotou em seu rosto:- Se pode dizer que sim. - Ela se levantou, com uma postura elegante e confiante, e estendeu a mão para Patrícia. - Olá, meu nome é Lilian.Esse nome...Patrícia não pôde deixar de perguntar:- Você é da família Bastos?O cartão de Enrico ainda estava em sua bolsa, e era inesperado que ela encontrasse outra pessoa da família Bastos tão rapidamente.- Sim, meu irmão nos mencionou uma vez que, se não fosse por você, nunca teríamos encontrado o corpo da minha irmã. Sempre quis visitá-la, e não esperava encontrá-la aqui. Você é ainda mais bonita pessoalmente do que nas fotos online.Lilian sorriu suavemente, e um
Patrícia claramente sentia que algo não estava normal, mas a postura desinteressada de Agatha a fez recuar de sua curiosidade, se limitando a acenar educadamente para a mulher:- Por favor, poderia se afastar?A mulher, por sua vez, agarrou sua mão afetuosamente:- Você é a Paty, certo? Vi as notícias locais, você e Teófilo formam um par perfeito, parecem feitos um para o outro. - Quando Patrícia a olhou com uma expressão confusa, a mulher se apresentou. - Olha eu aqui, toda empolgada e esqueci de me apresentar. Sou a tia de Teófilo, pode me chamar de Valéria.Com essa introdução, Patrícia imediatamente entendeu quem ela era. Valéria, a pessoa que Felipe adorava profundamente e que também representava o início da desgraça da família Amaral, uma mestra na arte de fingir. Patrícia não esperava encontrá-la pessoalmente hoje.Agora Patrícia entendia o comportamento de Agatha. Valéria estava tentando se aproximar dela, o que era uma coisa, fazer Agatha se sentir mal, era outra.Seus métodos
Patrícia estava um pouco assustada, temendo que a recente melhora na condição de Agatha fosse novamente afetada pelo estresse. Ela observava atentamente a expressão dos três.Felipe só então percebeu que Agatha estava presente, fixando o olhar nela por um momento antes de desviar o olhar. Seu olhar era complexo, difícil de capturar com uma única emoção.Por outro lado, Agatha não olhou para ele, apenas murmurou baixinho:- Que azar.Os murmúrios não eram altos nem baixos, mas claros o suficiente para que todos ouvissem.Agatha, então, chamou casualmente um dos funcionários da loja:- Embrulhe esses itens que estou olhando.O funcionário ficou um pouco embaraçado:- Aqueles brincos foram reservados pelo Sr. Felipe desde cedo, e atualmente não temos em estoque. Eu só os mostrei para combinar com o colar.Sr. Felipe. Que título irônico.Valéria rapidamente interveio:- Não se preocupe, Agatha, afinal, somos todos uma família. Se você gostou dos brincos, leve eles. Felipe pode pagar. É a
Teófilo realmente se parece muito com ele, especialmente porque raramente mostra grandes variações em sua expressão facial, assim como agora, que era difícil discernir seus sentimentos. Somente depois de caminharem um bom trecho, Patrícia finalmente falou:- Mãe, você está bem?- Eu posso ter algum problema? Ela, como sempre, recorrendo a esses métodos baixos. As coisas que ela disse foram só para me provocar. - Parecendo recordar algo, Agatha deu uma risada leve. - Na verdade, as táticas dela não são tão sofisticadas, ela simplesmente se aproveitou do amor que tenho por aquela pessoa. Quanto mais você ama, mais fácil é se irritar. Sabendo que são jogos dela, ainda assim não consigo evitar cair em suas armadilhas, levando a mal-entendidos repetidos.- Se foi um mal-entendido, você nunca tentou explicar?Agatha levou ela ao restaurante no topo do prédio para se sentarem um pouco, onde, sob o ar condicionado, mexia o café com a colher enquanto contava seu passado para Patrícia.- Se alg
Patrícia franziu o cenho:- Mas isso é tão injusto para você.- Justiça? Que bobagem! Existem pessoas que lutam diariamente por suas refeições, realizando os trabalhos mais sujos e cansativos. E, quando olham para aqueles altos edifícios, as crianças que nascem no topo já são os herdeiros desses prédios. Onde, neste mundo, existe verdadeira justiça?Patrícia permaneceu em silêncio, e Agatha continuou:- Paty, você ainda é jovem, muitas coisas não são tão simples quanto parecem para você. Por que você acha que eu, sabendo a verdade, não confronto aquela mulher?- É por medo do Sr. Felipe?- Medo dele? Ah, só quando você realmente ama alguém é que se importa com seus sentimentos e pensamentos. Quando o amor acaba, ele se torna menos importante que a grama ao lado da estrada. Não falo porque conheço os pensamentos daquela mulher.No rosto de Agatha, não havia nenhum sinal de valorização de sentimentos, apenas indiferença.- Ela quer o verdadeiro lugar de senhora da família Amaral?- Esper
Agatha olhou para ela:- O que foi? Está se sentindo mal?Patrícia colocou a mão no estômago, com uma expressão de desconforto:- Meu estômago de repente começou a doer, mas não é nada sério.- Se for assim, da próxima vez evite beber coisas geladas. Vou chamar o médico da família para examiná-la.Patrícia balançou a cabeça:- Não precisa ser tão incômodo, eu já fiz exames recentemente no exterior.- Você pode ter feito outros exames, mas talvez não tenha examinado o estômago. Se está se sentindo mal, seria prudente fazer uma endoscopia. - Sugeriu Agatha.Patrícia respondeu despreocupadamente:- Provavelmente é só um pouco de gastrite. O café estava muito gelado. Quando chegar em casa, tomarei um remédio para o estômago. Precisamos nos preparar para a festa de aniversário do avô, depois que passar esse período, farei um exame mais detalhado.- Está bem.Agatha chamou um dos seguranças para comprar remédio para o estômago e pediu que trouxessem um copo de água morna para ela. Ser cuida