Neste momento, Patrícia se lembrou das expressões arrogantes de Mariana e Ivone no passado. Elas podiam se dar ao luxo de ser tão audaciosas porque contavam com o amor de suas famílias, que as apoiavam e assumiam responsabilidades por suas ações, independentemente do que fizessem.

Mas hoje, Patrícia não estava mais sozinha, agora ela tinha uma família.

Ela não se sentia mais completamente isolada.

Já era tarde quando Salvador a levou de volta ao seu quarto de hóspedes.

Ele parou na porta, hesitante em falar, enquanto flocos de neve caíam ao fundo.

Patrícia iniciou suavemente:

— Salvador, há mais alguma coisa?

— Eu tinha certo interesse por você antes.

Patrícia observou seu rosto assustador e sorriu levemente:

— Sim, eu sei.

Isso não era realmente algo bom, era apenas uma das várias situações constrangedoras de sua vida.

Patrícia podia imaginar o desconforto dele agora e respondeu gentilmente:

— Talvez isso tenha ocorrido porque temos um vínculo de sangue. Eu con