Capítulo 7

Letícia Fontenelle

    Fiz todos os exames no mesmo dia e estava tudo perfeito com o meu bebê. Eu estava muito feliz por isso e o Dr. Gostoso foi muito gentil. Homem lindo da porra. Tá, falei que não queria saber de homem, mas isso não é uma coisa que eu possa controlar, os malditos hormônios que estão me dominando.

Fui para casa muito p**a da vida, por conta disso, não quero saber de caralho de homem nenhum. Eu odeio os homens e eu não preciso deles, vivi minha vida toda sem homem. Coitado do Dr.Derek, deve ter me achado louca, pois eu não parava de olhar para aquela boca magnífica que ele tem: bem desenhada, olhos da cor de mel, nariz afinadinho, dono de um corpo que parecia magnífico, porra que eu nunca prestei atenção em homem. Isso é uma merda.

Ainda bem que minha prima me colocou na mesma empresa que ela trabalha. Não sei como ela fez isso, mas como a minha barriga ainda nem aparece, está ótimo. Pelo menos não fico dentro de casa sem fazer nada.

É muito bom trabalhar no que gostamos. E gente, esse lugar só tem gato, é tudo muito chique. Essa é uma empresa de Marketing, aqui se cria de tudo, até mesmo marca de papel higiênico. Mas essa área de criar não é comigo, então deixa isso pra quem sabe. Como estavam precisando se um( a ) administrador, ( a ) minha prima, esperta, me colocou lá e já tem dois meses que estou trabalhando aqui. 

Hoje terá uma reunião, para ver como está as organizações. Tenho que elaborar uma estratégia para melhorar o desenvolvimento da empresa. Melhorar mais o que? Eu também não sei. Aqui está tudo perfeito, mas se eles querem melhorar, então irei melhorar. Vou sem medo do amanhã, entro na sala de reuniões e todos olham pra minha cara, eu sento no meu lugar. 

Só eu de mulher, e tanto homens gostosos! Homônimos, não comecem.— conversa com meu subconsciente.

Mandei eles olharem no laptop pois estava tudo lá. Expliquei onde poderíamos melhorar para expandir mais os negócios das marcas e como poderíamos mudar. Foram mais de duas horas de reunião e no final, fui até aplaudida. E com essa reunião, acabei por fazer amizades, um homem, muito bonito até, cujo nome era Miguel. Espero que ele só queira ser meu amigo mesmo. O mesmo me levou pra casa de minha tia, pois Paty já tinha ido embora. A vaca nem para me espera. Miguel é um moreno muito bonito como eu havia dito, cabelos alinhados, boca perfeita, um corpo atlético e muito educado.

— Você é ótima no que faz. — ele falou enquanto dirigia. 

— Obrigada! — o respondi.

Assim que chegamos, ele desceu e abriu a porta para que eu pudesse sair do carro. Agradeci a carona e entrei em casa. 

— Oi família! — falei assim que fechei a porta — Cadê Paty? Nem pra me esperar, poxa. Ainda bem que conheci um cavalheiro. Se não fosse por ele, não chegaria em casa.

— Uh! Já está arrumando cavaleiros por aí? — disse minha tia com um sorriso nos lábios.

— Nem pense bobagem vocês duas, é só um amigo...

— Uhum, sei!

— Eu acho que ela foi jantar com o Max. Por conta disso não lhe esperou.

— E nem pra me passar uma mensagem aquela cadela!

— Ei mocinha? Olha a boca!

— Desculpa tia! — me desculpei e caímos na risada. Essa minha tia é o máximo. Quando contei a ela sobre minha gravidez ela ficou muito feliz.

Estou louca para conhecer a minha bebê. Quem me levou na primeira consulta, foi minha tia, a mesma falou que agora seria minha mãe. Eu fiquei tão feliz, agradeci mil vezes a ela. Isadora é uma tia maravilhosa, agora estou conhecendo ela melhor, pois só vinha visitá-la quando eu era criança.

Ela já queria fazer o quarto do bebê, mas eu a impedi, falei que não precisava. Eu iria comprar um apartamento aqui no prédio dela mesmo, pois prefiro assim, ter meu cantinho e perto da minha tia, no mesmo prédio. O apartamento da cobertura está á venda, é lindo e a vista é divina, me apaixonei por ele assim que o vi pela primeira vez e já fechei a compra. Só vou arrumar uma arquiteta para deixa-lo melhor e mais aconchegante.

— Minha filha, aquela cobertura é uma fortuna, porquê gastar se aqui, você tem todo o espaço que precisa e não precisa pagar nada? — questionou minha tia.

— Sim, eu sei tia... Mas prefiro o meu canto e a senhora sabe que dinheiro pra mim não é problema.

— Tudo bem, não irei questionar suas decisões. Se você acha melhor assim.

— E vai ser ótimo, pois aquela cobertura tem sua própria piscina. As minhas amigas vão enlouquecer com a vista quando elas vierem me visitar. Estou com muita saudade delas...

— Vamos jantar porque já está na mesa. Cadê Naná que estava aqui agora a pouco?

— Ah tia, deixe eu ir tomar um banho rápido, pois desde que eu entrei não paramos de conversar. Assim que eu acabar, desço para jantar!

Fui para o meu quarto, tirei minha roupa e entrei no banheiro; estava pensando se enchia aquela banheira ou tomava no chuveiro mesmo. Como o jantar já ia ser servido, optei pelo chuveiro, porque se eu entrar nessa banheira não sairia hoje de dentro dela. Tomei um banho rápido para que Isadora me matasse pela demora, vesti uma roupa qualquer e desci. Estavam as duas na mesa no maior papo. Minha tia e Naná se davam muito bem.

Sentei e o jantar foi servido.

Jantamos batendo um bom papo, as duas chatas, queriam saber mais sobre Miguel.

— Eu não sei nada sobre ele, apenas que ele é o chefe da empresa, só. E não coloquem coisas nessas cabecinhas poluídas pois eu não estou atrás de homem nenhum.

— Você ainda ama o pai da sua filha? — perguntaram.

— Eu...eu não amo aquele galinha! Eu estou ótima sem pensar nele. Londres é meu lugar agora, então nem lembro do tal que mora no Rio de Janeiro, bem longe daqui.

Quem sabe um dia eu volte ao Rio de Janeiro, mas por enquanto até eu esquecer completamente o que houve comigo, vou continuar neste lugar; no meu novo trabalho e estou gostando muito, por lá todos gostam de mim e é ótimo trabalhar no que eu estudei. E não ser apenas uma secretária, não estou reclamando por ter sido secretária e ficar recebendo ordem, também era bom já estava acostumada. Nós acabar acostumando, principalmente quando se tem um chefe daquele que ocupava todos os meus pensamentos.

Homem másculo, olhar penetrante; de cores azuis, que quando eu olhava meu coração idiota disparava. Todos os dias eram assim, quando eu estava lá e ele chegava com seu perfume inebriante que me deixava tonta de paixão. Droga Letícia, para de pensar nesse desgraçado. Lembra que ele te xingou de todos os nomes? Eu o odeio com todo o meu coração e ele nunca irá saber que vai ser pai.

Eu nunca o provoquei como as outras moças faziam, que só faltavam mostrar a calcinha pra ele. E ele não dispensava nenhuma delas, era só dar mole. Eu era a única que mesmo o amando nunca dei mole e nem mostrava partes do meu corpo; na minha mente ele tinha que me amar do jeito que eu era.

Assim que eu entrei na empresa, falavam que ele não aguentava ver um rabo de saia e muito menos uma bela perna, então mudei meu jeito de vestir, pois eu tenho uma bela perna e um belo corpo. Sou uma mulher bem bonita, sei disso porque quando eu saia os homens me cantavam demais da conta e estavam sempre dizendo: ruiva você é gata demais! Eu nem ligava para eles, só o maldito babaca que não me notava nunca, só foi me notar naquela noite. 

Até hoje sinto o sabor daquele beijo, sinto até o cheiro do infeliz. Os hormônios vão me deixar maluca mesmo. 

— Letícia minha filha, em que mundo você está? — minha tia me tira dos devaneios diários. Inventei uma desculpa para não falar que estava pensando no meu chefe babaca e lindo...

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