Capítulo 1
O luto. Ele tem várias fases, as mais difíceis, a que você começa a superar e a que você quer fingir que nada aconteceu. Talvez eu tenha parado em uma delas. Lembro—me como se fosse ontem do dia que meu chão de abriu e que por minha culpa, somente minha, perdi as duas pessoas mais importantes da minha vida. É por esse e por outros motivos que preciso sair daqui, procurar novos horizontes e construir boas lembranças.
— Acho que isso é tudo — analiso as coisas dobradas na mala prontinha para meu novo lugar, Londres.
Eu sou a Isabella... Isabella Montgomery, mas todos me conhecem por Bella, tenho 20 anos e moro na Califórnia com meu irmão Pedro.
Sempre sonhei em ser uma cantora de sucesso, e realmente estava dando certo. Um dia em uma das apresentações da banda da minha antiga escola, o dono de um restaurante no centro de Los Angeles, me viu cantando e me contratou para cantar em seu restaurante todas as sextas a noite, não pensei duas vezes e aceitei, depois comecei a ser contratada para cantar, em bares, eventos e festas, era meu sonho virando realidade, mas nem tudo são flores.
Meus pais sempre me apoiaram em tudo que eu fazia, mas uma de suas objeções era eu fazer uma faculdade, eles sempre falaram, a fama não é para sempre, o conhecimento sim, então comecei a fazer faculdade de gastronomia, confesso que no começo eu ia porque era obrigada, pois meu sonho sempre foi fazer música e achava que não precisava estudar, mas com o tempo comecei a gostar e me apaixonei, sempre gostei de cozinhar.
Minha agenda era lotada, vivia correndo de um lado para o outro dividindo meu tempo para os shows e os estudos.
Minha mãe sempre me acompanhava para todos os lugares, ela que cuidava de tudo para mim, eu apenas cantava. Mas a seis meses atrás eles acabaram falecendo em um acidente de carro. Estava chovendo muito, a pista estava muito escorregadia e um caminhão acabou batendo no nosso carro eles morreram na mesma hora, eu fui a única sobrevivente, os médicos falaram que foi um milagre, apesar de ter ficando em coma por quase três meses.
Três meses antes...
Acordo com uma grande dor de cabeça, não sabia onde eu estava, mas pela minha roupa e os equipamentos ligados a mim, pareço está no hospital, começo a grita pela minha mãe, uma mulher de branco entra no quarto, ela pede para eu ficar calma, mas tento levantar e não consigo. Não lembro de nada que aconteceu nem onde estou, procuro meus pais, mas eles não estão aqui, entrar vários médicos e começam e me examinar, pergunto o que aconteceu, mas ninguém me responde só mandam eu ficar calma.
Aos poucos, começo a lembra do que aconteceu estávamos voltando de um show, eu estava conversando com minha mãe e lembro de ver um clarão na nossa frente e meu pai mandando eu me segurar.
— Cadê meus pais? — Pergunto, porém ninguém responde, falo novamente, mas eles só ficam me olhando e não falam nada — CADÊ OS MEUS PAIS? — Falo gritando dessa vez tentando me levantar, mas eles me seguram.
— Calma Isabella... — uma moça de branco fala, acho que é a medica.
— Por favor, cadê meus pais? — Digo chorando, ela senta na cama e segura a minha mão.
— Bella, posso te chamar assim? — ela pergunta levantando meu rosto e apenas balanço a cabeça dizendo que sim — vocês sofreram um grande acidente e foi um milagre você ter sobrevivido você ficou em coma por três meses, mas seus pais não sobreviveram... eu sinto muito.
— Não, por favor deixa eu ver eles –—
choro tentando me levantar até que uma moça me dá um calmante depois de horas eu acordo e percebo que tudo é real.— Oi — escuto a voz do meu irmão ele se senta, me abraça e começo a chorar desesperada — ei, se acalme ou vão te dá remédio de novo — ele pede.
— Não, por favor — abraço ele tentando segurar o choro — por favor me fala que é mentira.
— Eu sinto muito, mas não posso — choro mais ainda abraçada com ele.
Depois de uma semana de observação eu fui liberada, estava bastante abalada ainda, não é fácil fica em coma três meses e ainda saber que seus pais morreram.
Hoje em dia...
A três meses a traz eu acordei de um sono profundo, mas acabei caindo em um pesadelo, quando descobrir que perdi as pessoas que mais amo nesse mundo, fiquei sem chão, principalmente por saber que se eu tivesse escutado ela, quando ela me pediu várias vezes para ficamos lá, eles estariam aqui hoje.
Me perguntei várias vezes por que todos que estavam naquele carro morreu, menos eu, talvez para mim viver com a dor de ter matado meus pais para o resto da vida.
As pessoas lidam com o luto de vários jeitos, alguns chorando, outros rezando, e eu só consigo encher minha cara todos os dias, para tentar esquecer um pouco a minha vida.
— Vamos para casa — meu irmão pega no meu braço me puxando.
— Me solta, Pedro! –— tento me soltar, ainda nem estou bêbeda.
— De novo você nessa merda de boate bebendo, Isabella já deu né! Desde que nossos pais morreram você só vive assim... Eu aguentei por três meses, deixei você ter seu luto do seu jeito, mas já deu, você precisa voltar a viver sua vida — ele fala me levando para fora da festa.
— Essa é minha vida agora! E me soltar tenho que voltar, meus amigos estão me esperando — volto em direção a porta quando ele grita.
— Você acha que eles queriam isso de você? Que você estragasse sua vida passando as noites assim? Você é melhor que isso Bella... cadê aquela menina esforçada estudiosa sonhadora essa é minha irmã? Não você — ele falar com a voz triste, eu paro um pouco e fico escutando — por favor, volta para mim eu preciso de você, já perdi nossos pais não posso perde você também — quando ele fala vejo lágrimas descer em seus olhos, viro para ele e falo.
— Essa sou eu agora, se acostume! — ele vem em minha direção e me pega no colo me levando para o carro eu grito mandando ele me soltar mais não adianta.
— Vamos para casa — ele falar me colocando no carro, eu vou calada até em casa quando chego vou direto para o meu quarto, tranco a porta e tomo um banho para tentar esfriar minha cabeça.
Quando acordei do coma passei dias sem sair do quarto, não queria ver ninguém só queria chorar, me sinto tão culpada pelo o que aconteceu, minha mãe implorou para ficarmos lá, mas eu não aceitei, se eu tivesse escutado ela eles estariam vivos agora.
A minha noite foi longa e cansativa, não conseguir dormir, na verdade não consigo a muito tempo, a culpa me atormenta todos os dias e o medo de perder mais alguém que eu amo só aumenta.
Tenho poucas pessoas na minha vida, apenas meu irmão, a noiva dele Maggie e minha melhor amiga Mel.
Ela agora estar morando em Londres ela fazia gastronomia comigo, mas a dois anos ela foi para lá e abriu um restaurante e estar fazendo muito sucesso, ela até me chamou para trabalhar com ela, mas não aceitei, queria primeiro terminar a faculdade e também tinha minha carreira musical que estava fazendo muito sucesso, mas isso acabou a seis meses atrás quando o acidente que ocorreu por minha culpa, acabou com minha vida.
Levanto e vou para o banheiro, tomo banho e faço minhas higienes pessoais, passo um rímel fazendo meus olhos azuis se destacarem ainda mais, depois de pronta desço as escadas amarrando meus longos cabelos em um rabo de cavalo.
Meu celular toca, olho e é a Mel — oi Mel, tudo bem? — digo quando atendo.
— Estou bem, e você? Estou morrendo de saudades – ela diz.
— Bem, eu acho.
— Não parece, você estava bebendo de novo?
— Não importa...
— Importa sim, e muito! Quando você vai parar com isso, todo dia agora, já deu né? Vai ser preciso eu ir aí te dá uns tapas garota?
— Não me b**e, Melzinha kkkk.
— Você deveria vim morar comigo, vai ser bom para você sair daí um tempo e tem uma vaga de chefe te esperando.
— Não sei eu nem terminei a faculdade.
— Vem, por favor! Vai ser bom para você e estou morrendo de saudades da minha Belinha, por favor, você é a melhor cozinheira que conheço.
— Vou pensar, eu juro.
— Está bom, agora tenho que ir, de noite ligo e espero sua resposta ok?
—Está bom, beijos te amo.
— Beijos.
Desligo o telefone e vou para cozinha tomar café, vejo o Pedro sentado no balcão vou até ele, beijo seu rosto, desejo bom dia, pego alguns biscoitos e sento ao seu lado.
— Preciso conversa com você — falo, ele me olha esperando eu começar fala — primeiro quero pedir desculpas, por tudo, por ontem, por esses últimos meses, por ser uma idiota, por trancar minha faculdade, por desistir da música, por tudo! –— se eu for pedir desculpa por tudo de errado que já fiz, vou passar o dia aqui, então melhor resumir.
— Está tudo bem, só quero minha maninha de volta... — ele falar pegando em minha mão.
— Estar muito difícil para mim aqui, para onde eu olho só penso neles e só quero fazer merda para ver se esqueço, mas não dá, preciso resolver minha vida, e a Mel me chamou para passar um tempo com ela em Londres ela falou que tem uma vaga de chefe de cozinha para mim lá e falei para ela que iria pensar.
— Você deveria ir, vai ser bom para você.
— É eu acho que vai ser bom para mim e para você também, é melhor eu ficar longe antes que estrague sua vida também, como fiz com a dos nossos pais — falo triste.
— Então vai, você merece, e você não estragou a vida de ninguém, não fala mais isso por favor — ele diz segurando minha mão.
— Tem certeza que tudo bem para você? — pergunto a ele.
— Sim, claro que sim, só quero você bem e é seu sonho trabalhar em um restaurante, só que você deveria volta a cantar também.
— Eu não canto mais, não adianta insistir, agora vou arrumar minhas malas! — levanto e coloco a minha xícara na pia.
— Vou comprar sua passagem — ele diz pegando seu notebook.
Vou para o quarto e mando uma mensagem para Mel.
“Ei, aguarde sua nova chefe, pois ela está chegando! Beijão e até logo”.
Capitulo 2Por Bella Capitulo 3Por Bella Bella POVDepois de ajeitar minha bolsa e de me arrumar saio do quarto e encontro todos na sala me esperando. Não estou muito contente de ir para casa deles principalmente depois de ter acordado com ele e de tudo que conversamos ontem, me sinto tão bem com ele que me assusta, cada vez que olho para ele paraliso e desde que o vi cantando no restaurante que não paro de pensa nele em sua voz tão calma e suave.Acordo dos meus pensamentos com a Mel perguntando se estou pronta aceno afirmando que sim, pego minha bolsa e vamos para o elevador, vou no carro com a Mel, Thomas e Lídia entro no banco de trás com a Mel Thomas vai dirigindo e Lídia no banco do passageiro. Demoramos uns quarenta minutos para chegar o trânsito estava horrível, eles moram em um bairro muito rico só tem casas enormes e muito lindas.— Porque vocês não moram aqui? — pergunto curiosa comCapítulo 3
Capítulo 4
Bella POV— Abriu um karaokê novo aqui perto, então vamos hoje a noite — Lídia diz.Depois que o casal se resolveu, voltamos para a Piscina, eles estavam combinando de ir para um karaokê novo que abriu há poucos dias, fico sem vontade de ir, pois música não me faz bem, sempre lembro dos meus pais.Digo que não vou porque estou cansada, mas acho que não fui muito convincente por que eles não deixaram, mas tudo bem não vou cantar mesmo, só curtir um pouco. Depois de mais algum tempo conversando, começamos se arrumar. Visto um short jeans com uma blusinha de couro e um casaco, deixo meu cabelo solto, faço uma maquiagem básica e coloco uma botinha. Estou pronta!Fico esperando as meninas terminarem de se arrumar, quando todos estão prontos descemos e os meninos já estão na sala esperando. Mel vai em dire&cced
Thomas POV— Maninho, eu e a Mel vamos sair com os meninos, tem como você deixar a Bella em casa? — Lídia pergunta.— Claro, mas volte cedo não quero minhas meninas andando por aí até tarde.— Pode deixar papai — Mel responde.— Too de olho... — falo fazendo gestos com a mão.Chamo a Bella, mas quando ela percebe que as meninas não vão, ela não fica muito contente, ela vai o caminho todo calada, quando chegamos no condomínio ela corre para o elevador, mas consigo chegar antes dela fechar.Quando vi aquela garota linda, sentada na minha frente me observando cantar, tentando esconder suas lagrimas que insistiam em caí, senti que queria conhecer ela, saber seu nome, onde mora, aí a Mel nos apresentou e falou que íamos ser vizinhos, fiquei muito feliz! A vi cantando no parque
Bella POVEstou com a Mel na Praça de Alimentação do shopping esperando as meninas, hoje vamos comprar nossos vestidos para o baile. Umas das melhores coisas que me aconteceu desde que cheguei aqui foi ter feito tantos amigos, as meninas são maravilhosas, me tratam feito irmãs e os meninos nem se fala são todos como uma famíliae eu estava precisando disso e eu consegui, fico pensando em todas as aventuras que já vivi em tão pouco tempo, sorriu lembrando de tudo.— Ei, acorda — Mel me chamar estalando os dedos — estar pensando em que, posso saber? — ela sorri com uma cara bem maliciosa.— Em nada que você esteja pensando — sei muito bem que ela estar falando do Thomas.— Sei — ela sorri — Não acredito — ela grita colocando o celular na minha cara.— O que? — falo pegando o ce
Mel POVAcordo com a luz do sol entrando pela janela, levanto e vejo que o Scott não está na cama. Vou ao banheiro, tomo banho, visto uma blusinha rosa com uma saia azul quadriculada, faço alguns cachos em meu longo cabelo ruivo e passo uma maquiagem básica para tentar desfaçar das noites mal dormidas, por causa da festa.Vou para cozinha encontro Scott e Bella tomando café, pego uma xícara e coloco café para mim também, sento em um dos banquinhos e começo a comer sem falar nada.— Bom dia para você também – Bella fala, mas continuou calada, estar muito cedo para desejar bom dia a alguém, Thomas aparece na cozinha.— Bom dia, gente – ele fala.— Bom dia, Salvatore – Bella responde – você poderia aprender com ele, como ser educada, Mel.— Desculpa, mas só fale comigo depois das
Bella POVA noite foi bem tensa depois que saímos da casa do Thomas e da Lídia voltamos para casa, a Mel estava péssima nunca tinha visto minha amiga assim, ela sempre foi a forte e confesso que fiquei sem saber o que fazer quando vi ela desse jeito, então deixo ela chorar em meus braços até dormir.Acordo e vejo que dormi no quarto dela, mas ela não estar aqui, levanto vou para meu quarto tomar banho visto uma camiseta preta com a foto do Will Smith na frente e uma calça jeans rasgada, arrumo meu cabelo e desço para tomar café.— Bom dia — falo beijando sua cabeça.— Bom dia — ela diz fraco.— Como você estar? — pego uma xícara e coloco café, sento em um banquinho ao seu lado, roubando uma torrada que tem em sua mão.— Não sei — ela diz triste colocando uma mecha de s