Khalil Mustafá Furak
TRÊS DIAS DEPOIS:
Entramos na pequena casa que Donato considera como lar e deixamos o velho endividado virado de costas na parede, suas duas esposas estão chorando ao lado dele e suas filhas, duas jovens de dezessete e dezoito anos, mais uma garotinha de seis ou cinco estão sentadas na mesa velha da cozinha implorando pela vida dos pais.
— Nada de dirrã por aqui, mas encontramos isso!
Mohamed despeja uma penca de saquinhos de cocaína, Habib joga uma papelada sobre a mesa.
— Nenhuma está fiscalizada, ele fez empréstimos nas quais não consegue pagar e a única forma que conseguiu senhor, foi vendendo ilegalmente, mas o tempo acabou.
— Não, não rabi Allah! Perdoe Baba, ele irá pagar.Ao menos suspiro, miro o cano do fuzil para cabeça do infeliz e disparo centenas de vezes até sua cabeça ficar cravada pelas balas.
HORAS DEPOIS:<
Khalil Mustafá FurakHORAS ANTES:Foram três dias de núpcias e cada dia eu me senti mais mulher, não sei exatamente se foi Khalil, não sei se foi o que nós vivemos. Para mim foi único e verdadeiro. Tenho medo de ser apenas mais uma esposa a ser só lembrada em um dia da semana e em eventos importantes. Eu aprendi a seduzir, dançar e sempre prestei muita atenção em todas concubinas de Amiras, mas nunca usei nada disso para um homem. Com Khalil eu sinto que não preciso, é tão natural que me deixa estagnada. Ainda posso sentir sua pele queimando, ele arfando, seus gemidos e sua loucura se misturando com a minha, sedentos pelo prazer da carne."Khalil..." posso escutar o quanto gemi seu nome aos pés do ouvido, dentro de um aquário, arranhando sua pele sendo dele de uma maneira tão delirante e ele sendo meu. Os pesadelos, as dores, tudo foi para trás quando vivemos nosso maior êxtase como marido e mulher.
Aisha HussainA PRINCÍPIO não aceitei de maneira alguma deixar o Palácio, eu e Mustafá estamos juntos a anos, ele não pôde ter trocado a mim, uma mulher de honra e respeito por uma frívola, reles e fútil como Anna Andaria!— Eu sou bonita, poderosa, minha família tem grande influência na Arábia, aprendi com as melhores damas, sou integra, sábia e mesmo assim ele escolheu Anna Andaria? O que essa puta de Shaytan tem que eu não tenho?!As minhas amas fizeram minhas malas, eu apenas fiquei aos prantos sem poder impedir.Nosso casamento não acabou meu hubun, vamos voltar e nos amar mais que qualquer coisa.— Onde Furak está, Ruth? — Quer mesmo saber senhora?Mordo minha boca por dentro, sentindo nojo da praguinha que está dando para ele agora, dando para meu marido como uma selvagem, meu homem.— Nora?! Cadê minhas joias? — Mustafá disse para dei
Khalil Mustafá FurakDOIS DIAS DEPOIS:— Hmm....Jamili faz uma massagem em meus ombros por fora da banheira, já Hanna chupa meu pau gemendo. Minha respiração está pesada, mas não é suficiente, Hanna me olha em pleno desejo absoluto louca para me fazer tremer de prazer, mas eu estou cansado e puxo ela pelos cabelos para ela saia da banheira. Jamili vem rápido para meu colo, seus seios estão expostos e eu apalpo eles, mas não é a mesma coisa, ela me olha procurando saber se pode ou não falar e eu ergo uma sobrancelha.— Papy.... Está duro o dia todo, mas não consegue gozar.Puxo ela pelo pescoço e aperto suas bochechas.— O que você está insinuado?! —Minha voz deixa-a assustada. — Não estamos te satisfazendo,
Khalil Mustafá FurakAPERTO TANTO o pescoço de Agatha e levanto-a que seus olhos se arregalam ao limite, o vigor que há em meus pulsos permite usar ainda mais da minha força, meus dentes trincados e sua vida por um fio. Atiro ela em cima da mesa, algumas velas tremeluzem ainda mais e livros caem no chão como pequenas bombas. Ela ofega com intensidade tentando recuperar a respiração ao normal, coloco munição na arma pronto para crivar a vidente com os tiros quando ela pega seu celular e grita:— Posso provar! Faço-a dizer palavra por palavra Mustafá! Acha que eu mentiria sabendo que iria morrer?! Me dê essa chance, me dê a chance de tirar o veneno dela dos seus olhos.Agatha ligou tremendo, a cada palavra enquanto olhava em meus olhos, ao início foi uma conversa patética onde Aisha menosprezava minha pequena, onde meu ódio se alimenta como um cavalo do deserto. O único momento que realmente fez eu franzir a testa foi
Anna AndariaTRÊS DIAS DEPOIS:— Você só precisará mexer a cintura desta maneira, sem usar muita força, com toda a delicadeza e os olhos predominantes como sempre, olhos extremamente sedutores. A professora fala enquanto Jamile reproduz o que devo fazer com perfeição em cima de uma cadeira, ela sorri rebolando, o véu fino em seu rosto deixa os olhos brilhantes.— Agora é sua vez, Andaria. A professora Jade pede e eu paraliso. — Não vou precisar disso, pelo menos não por algum tempo. — Mas por que minha flor?Abro a boca para dizer quando Stela entra na sala e interrompe qualquer possibilidade:— Anna precisa vir comigo, imediatamente, se me permite claro.Stela fecha a porta do
Aisha HussainAS CAMIRANGAS, abutres, apitãs e todas as malditas aves do deserto gritam no sol ardente, não sei qual odor é o pior os dos estupradores, das carniças que alimentam as aves ou o meu?Três dias se passaram e eu só desejo a morte, não sei como ainda estou viva! E só estou por que Mustafá me mantém assim, os médicos costuraram meu peito porque se não morreria de hemorragia em horas.Fui obrigada a andar horas com uma maldita máscara que castiga minha língua a cada momento que eu tente mexe-la, meus pés carcomidos por ácido não aguentam e eu caio diversas vezes, fazendo Habib puxar as hastes dos cavalos e cavalgar mais de pressa, me arrastando, fazendo minhas costas corroídas arderem ao extremo e eu não resisto ao grito, minha língua inteiramente furada é ainda mais excomungada. Me alimento do meu próprio sangue e do meu ódio.Mantenho minhas mãos mais longe possíveis por causa das alge
Khalil Mustafá FurakNA PORTA do hospital um médico me olha com um sorriso no rosto e me cumprimenta com uma simples reverência, eu não sei quanta raiva eu sinto, além dos motivos óbvios, mas Anna ter desmaiado depois de se atrever a colocar suas mãos de mulher em meu rosto com um tapa, me deixou preocupado, mais que isso, enfurecido!— O senhor será pai, sua bela e jovem esposa está grávida! Grávida? Abro a boca e sinto um nó na garganta, sinto um brilho nos meus olhos que não consigo imaginar.— Como ela está?!— Vai precisar de alguns cuidados, mas está perfeita em todos os quesitos referentes a saúde dela e do bebê, mas peço que ela passe essa noite no hospital, em observação. Poderá sair pela manhã.— Não, vou levá-la para casa, quero os melhores médicos supervisionando-a, com tudo que ela tem direito e é preciso.TARDE SUBS
Anna AndariaDIA SEGUINTE:— Estou grávida?! Ai Stela, isso é maravilhoso! Tem um bebezinho na minha barriga, na minha barriga! Agora sim irei me ocupar de verdade, será um menininho ou uma menininha?Digo alisando minha barriga na frente do espelho do closet, Stela está ao meu lado querendo que eu escolha alguma roupa. Descobri que estava grávida ontem, depois do desmaio, no Hospital minha felicidade nunca foi tanta.— Você está muito feliz, né Anna?Stela fica atrás de mim e passa os dedos sobre meu cabelo, sorrindo.— Como não estaria? Sempre gostei de crianças! Agora eu vou ter um filho, vou ser mamãe. — Stela puxa uma mecha do meu cabelo e eu solto um gritinho de dor.— Foi mal, Anna. Bom a senhora tem que escolher algumas peças, um sári que a deixa confortável e bastante estilosa. — Hmm... Para que mesmo? — As suas amigas senhora, chegarão es