Ao ouvir aquelas palavras, uma salva de palmas ecoou pela sala. Os olhares lançados a Alana agora carregavam ainda mais admiração.Apesar de jovem, Alana sabia se expressar e lidar com as situações. Além disso, era bonita, trabalhava com competência e tinha um jeito direto, humilde e generoso.Com tantas qualidades, era impossível que aquelas pessoas não gostassem de conviver com Alana. A maioria, na verdade, preferia muito mais estar ao lado dela.Quando a reunião terminou, Alana foi até a copa pegar um café e avistou um grupo de pessoas rodeando Juan.Juan, por sua vez, caminhava entre eles com uma expressão fria. Vestia um terno impecável, mas seu rosto não mostrava emoção alguma, o que o fazia parecer ainda mais distante e altivo.Alana franziu as sobrancelhas. Embora tivesse visto Juan mais cedo, pensou que ele estava ali apenas para discutir negócios.Agora, porém, ao observar o comportamento dos outros diante de Juan, percebeu algo diferente. Havia uma deferência especial, até m
Alana ficou imóvel, encarando Juan com sua expressão séria. No fundo, ela começou até mesmo a duvidar de si mesma.Seria mesmo como Juan estava dizendo? Afinal, fora isso, ela realmente não tinha outra teoria. A irritação e a dúvida no coração de Alana diminuíram um pouco. Meio desconfiada, ela perguntou: — O que você está dizendo... é mesmo verdade? Juan deu alguns passos na direção de Alana. Seus olhos brilhavam, e sua voz soou suave: — Naturalmente, é verdade. Foi só então que Alana acreditou no que ele dizia. Talvez, ele estivesse mesmo ali apenas para tratar de negócios. Ao notar que ela relaxava suas suspeitas, Juan respirou aliviado, mesmo que discretamente. No entanto, antes que ele pudesse relaxar completamente, Alana soltou uma pergunta inesperada: — Mas, toda vez que venho tratar do andamento dos projetos, acabo te encontrando. É coincidência assim mesmo? A frase pegou Juan desprevenido, e ele não soube como responder de imediato. Porém, ao encarar os olhos s
Depois que Alana saiu, ela não ficou pensando muito sobre o assunto. Afinal, tudo que Juan tinha dito fazia sentido; refletir demais não adiantaria de nada.O responsável, desde que recebera o telefonema de Edgar pedindo ajuda, passou a olhar para Alana de um jeito diferente. Ele achava que Alana era apenas uma gerente de projeto comum.Agora, percebia que a identidade de Alana talvez não fosse tão simples assim.Caso contrário, por que ele teria recebido um telefonema direto de Edgar?Afinal, Edgar era o assistente especial do presidente — alguém que ele quase nunca via durante o ano.O que mais o surpreendeu foi receber uma ligação do próprio, cujo único objetivo era afastar Alana dali e levá-la de volta.Quando ele chegou, ainda viu o presidente da empresa. Isso fez seu coração disparar. Uma resposta parecia prestes a surgir em sua mente.Alana percebeu que o responsável a encarava repetidas vezes. Uma ou duas vezes, tudo bem, mas depois de tantas, ela ficou intrigada.— O que foi?
Alana apertou os lábios, pensativa, tentando entender o que a mãe realmente queria.— Acho melhor eu ir até lá. — Disse Alana.Depois de refletir, Alana percebeu que, sabendo do que acontecera, fingir indiferença era impossível.Afinal, ela estava no Grupo Alves. Se voltasse ou não, a presidente saberia de qualquer forma. Não havia como esconder nada.Alana respirou fundo. Ao perceber isso, ela se convenceu ainda mais de que precisava enfrentar a situação, não fugir.Carolina também achou que Alana estava certa.— Tem mais alguma coisa que eu precise saber? — Perguntou Alana.Ao ouvir a pergunta, a assistente balançou a cabeça.— Não, Srta. Liz está muito tranquila, não aconteceu nada, e até agora só a presidente veio te procurar. — Respondeu ela.Alana assentiu e deixou para depois seus planos de voltar ao Grupo Griiff, seguindo direto para o escritório da presidente.Enquanto caminhava, Alana tentava adivinhar o motivo pelo qual Laura queria vê-la.Ela bateu na porta e, ao ouvir um “
Quando Laura viu Alana tão obediente naquele dia, e ainda mais parecida com ela mesma, sentiu uma mistura de carinho e melancolia.Alana, ao encarar o olhar da mãe, percebeu que Laura estava diferente. Laura a fitava de um jeito estranho, sem dizer nada, sem revelar logo o verdadeiro motivo da conversa.Se fosse antes, Laura já teria falado tudo de uma vez, resolvendo logo o assunto. Como poderia estar se comportando assim agora, enrolando tanto?Alana não conseguiu se conter e perguntou novamente.— Mãe, a senhora me chamou aqui hoje porque tem algum assunto específico?Sentar-se ao lado de Laura daquele jeito ainda deixava Alana um pouco constrangida.Ao ouvir a pergunta, Laura não conseguiu mais disfarçar. Ela olhou para Alana e, por fim, suspirou, decidindo contar a verdade em vez de continuar enrolando.Laura respirou fundo:— Na verdade, eu te chamei aqui hoje para conversar sobre sua irmã. Agora que estou entregando a empresa para você, fico pensando no que fazer com ela. Vocês
Ao ouvir essas palavras, Laura realmente ficou em silêncio. Ela não havia perguntado a opinião de Liz, apenas pensou na possibilidade de Alana não querer aceitar. Afinal, Laura acreditava que essa era uma oportunidade valiosa para Liz, um momento ideal para que ela começasse a se envolver com a empresa. No entendimento de Laura, era improvável que Liz recusasse essa chance. Porém, ao ouvir o que Alana dissera, Laura começou a duvidar se estava agindo da maneira correta. Alana, percebendo o silêncio da mãe, levantou-se calmamente: — Mãe, pela sua reação, com certeza você não conversou com a irmã sobre isso. Então, minha sugestão é que você fale com ela. Quanto a mim, não há nenhum problema. Se Liz quiser vir trabalhar aqui, ela será muito bem-vinda. Laura, ao ouvir isso, esboçou um sorriso de satisfação: — Lana, você realmente cresceu. Alana deu um leve sorriso: — Não é que eu tenha crescido, mãe. Apenas sei que preciso aliviar o seu fardo. Sei o quanto você tem se esforça
— Ainda bem que você pensou nisso com mais cuidado. Desta vez, realmente fui impulsiva. — Continuou Laura. — Você tem razão. Mesmo que eu vá arranjar uma posição para você na empresa, não deveria ser sob o comando de Alana. Isso daria às pessoas motivo para falarem sem parar. Liz, ao perceber que a mãe finalmente havia entendido seu ponto de vista, exibiu um sorriso ainda mais sincero no rosto: — Então, mãe, o que você acha que seria uma posição adequada para mim na empresa? — Deixe-me pensar nisso com mais calma. Depois eu falo com você. Laura não quis responder imediatamente, para evitar criar expectativas em Liz e, mais tarde, acabar decepcionando-a. Liz apertou os punhos discretamente, sentindo-se cada vez mais insatisfeita. Afinal, ambas eram filhas de Laura, então por que Alana conseguia a posição de gerente geral com tanta facilidade, enquanto ela precisava esperar? Além disso, o primeiro pensamento de Laura foi colocá-la sob comando de Alana. Como poderia se sentir em
Quando Diego Arruda trouxe seu primeiro amor para a festa de aniversário, Alana Alves soube que havia perdido.No canto do salão, ela olhou rapidamente para a mensagem que sua mãe havia enviado:— Alana, você perdeu. Três anos se passaram, e Diego ainda não se apaixonou por você. Conforme o combinado, está na hora de voltar e assumir suas responsabilidades.Com o canto dos olhos, Alana observou a garota que Diego segurava pela cintura. Era a primeira vez que via o famoso primeiro amor dele. A garota era pura, com uma beleza tranquila e um ar pacífico. Mesmo vestida com roupas simples e baratas, ela chamava atenção. Então era isso que Diego gostava.Os lábios de Alana sentiram o gosto amargo da derrota. De repente, ela se lembrou de uma cena de quatro anos atrás, quando uma jovem rica do círculo social deles se aproximou de Diego para se declarar. Ele, enquanto apagava o cigarro com indiferença, lançou um olhar frio e respondeu com um tom debochado:— Me desculpe, senhorita, mas eu gost