Juan percebeu que algo estava errado com Alana, mas não disse nada enquanto Paulinho saía. Ele sabia que, naquele momento, a prioridade era cuidar do estado dela.— Está tudo bem? — Perguntou ele com a voz baixa, inclinando-se levemente para olhar seu rosto.Alana balançou a cabeça, tentando manter as aparências:— Estou bem, só acho que bebi um pouco demais.Ela afastou a mão de Juan e tentou caminhar para fora do restaurante. No entanto, assim que deu dois passos, seu corpo vacilou, quase caindo no chão.Felizmente, Juan estava perto o suficiente para segurá-la a tempo.Ele suspirou enquanto a segurava firme, percebendo que ela estava apenas tentando se mostrar forte. Sem dizer mais nada, passou os braços ao redor dela e a ergueu com facilidade, carregando-a no estilo "princesa".— O que você está fazendo? — Alana exclamou, surpresa com o gesto repentino.— Estou te levando para casa, é claro. — Respondeu Juan, com um tom calmo, mas firme.Ele saiu do restaurante com Alana nos braços
Alana deu um leve "hm" e perguntou:— O que é isso?— Sopa para ressaca. — Respondeu Juan, sentando-se ao lado dela e deixando-a descansar naturalmente em seu ombro largo. — Você bebeu tanto ontem que, com certeza, está com dor de cabeça agora. Fiz essa sopa para ajudar você a se sentir melhor.Alana olhou para a sopa de coloração laranja-amarelada. Sentiu um calor suave no peito, como se algo macio tivesse tocado seu coração.Ela ergueu os olhos e observou a expressão serena de Juan, seus traços impecáveis e o nariz perfeitamente delineado. Seu coração começou a bater mais rápido, quase sem que ela percebesse. Se ela realmente tivesse que considerar um parceiro para casamento, Juan era, sem dúvida, uma escolha ideal. Ele era muito mais do que Diego havia sido.Juan, percebendo o silêncio dela, franziu levemente o cenho:— O que foi? Por que está parada aí? É melhor beber enquanto está quente, dá mais resultado.Alana, ainda um pouco distraída, assentiu e abriu levemente os lábios, per
Dulce nunca tinha visto Alana daquela maneira. Um tanto assustada, ela assentiu com a cabeça:— É isso mesmo. Ele parecia estar com muita pressa. Acho que deve ser algo relacionado à família. Caso contrário, não estaria tão apressado assim.Ao ouvir isso, Alana soltou um leve riso frio, sem responder ao comentário de Dulce. Ela sabia muito bem por que Paulinho havia pedido demissão. Era óbvio que ele estava envergonhado de encará-la novamente. Além disso, estar no meio do conflito entre ela e Liz não era uma posição fácil para ninguém.Com a mente clara sobre o que precisava fazer, Alana pegou os contratos assinados pelos dois sócios e foi diretamente ao escritório da presidente.Ela parou na porta, bateu suavemente e, ao ouvir a autorização, entrou.Assim que entrou, Alana viu Laura usando seus óculos de corrente, sentada com a postura impecável. Sua figura exalava uma aura de elegância e autoridade.— Presidente. — Alana cumprimentou com respeito.Laura levantou os olhos, surpresa ao
Ao sair do Grupo Alves, Alana estreitou os olhos levemente. O sol brilhava em um céu limpo, mas, dentro de si, ela ainda sentia uma frieza desconfortante. Não conseguia entender por que, mesmo com as evidências quase diante de Laura, sua mãe ainda se recusava a acreditar nela.Sentiu uma pontada de frustração. Era difícil aceitar que, no coração de sua mãe, suas palavras tivessem tão pouca credibilidade.Alana decidiu que não valia mais a pena tentar convencer Laura com palavras. Era melhor colocar as provas na frente dela. O que importava agora era descobrir a verdade, e ela estava determinada a fazer isso.Com esse plano em mente, pegou o celular, pronta para entrar em contato com um detetive particular. No entanto, antes que pudesse fazer a ligação, o celular tocou. Era Laura.Por um momento, Alana hesitou. A mágoa ainda pesava em seu coração, mas sua mão vacilou. E se sua mãe tivesse mudado de ideia?Cedeu à esperança e atendeu. Antes que pudesse dizer qualquer coisa, Laura falou c
Algumas pessoas reconheceram Alana e se aproximaram para cumprimentá-la. Ela respondia com leves acenos de cabeça, cada movimento no ângulo exato, elegante e natural.Ela circulava entre os grandes nomes presentes, sem demonstrar qualquer desconforto. Pelo contrário, parecia que onde quer que fosse, tornava-se o centro das atenções. Até mesmo os executivos mais experientes não poupavam elogios à sua postura e presença.Do outro lado do salão, Diego a observava com um olhar sombrio, enquanto apertava os punhos lentamente.— Essa vadia está bem feliz sem mim, hein? — Murmurou ele, com sarcasmo e amargura.Seus olhos percorriam os detalhes do visual de Alana. Com aquela roupa impecável e postura confiante, ela parecia outra pessoa. Como uma estudante sem muitos recursos financeiros poderia se vestir assim?Natalie, que estava ao lado dele, fingiu preocupação ao falar:— Diego, você acha que Alana conseguiu essa roupa como? Não pode ser dela, né? Aposto que foi alugada.Ao ouvir isso, Dieg
Esse projeto, que Alana havia preparado com tanto cuidado, era o que mais se alinhava à filosofia de design do Grupo Griiff. Ela revisara tudo várias vezes para garantir que não havia falhas. Como alguém como Diego poderia abalar sua confiança com meras palavras?Alana voltou para o seu lugar, observando Diego depositar o envelope com sua proposta na urna. Em seguida, viu ele se virar e retornar ao seu assento.No entanto, aquele sorriso enigmático no rosto de Diego despertou algo em Alana. Havia algo estranho. Ela repassou mentalmente todos os passos do projeto e revisou, em sua mente, cada detalhe da proposta que havia entregue. Tudo estava em ordem, sem qualquer erro.Com isso, Alana afastou as dúvidas e se permitiu relaxar. Era Diego, afinal. Um palhaço. Para que perder tempo se preocupando com ele?Pouco mais de dez minutos depois, todos os envelopes haviam sido depositados na urna.O anfitrião do evento subiu novamente ao palco e anunciou:— Agora levaremos a urna para a sala de
Alana, apesar das dúvidas que surgiam em sua mente, decidiu controlar sua ansiedade e continuar esperando. Enquanto isso, Diego, acompanhado por Natalie, aproximou-se dela com um sorriso cheio de malícia:— Ainda está esperando? Eu, no seu lugar, já teria ido embora. Afinal, não vai adiantar nada ficar aqui.— O que você quer dizer com isso? — Perguntou Alana, franzindo as sobrancelhas. Algo no comportamento de Diego parecia fora do comum naquele dia. Ele exalava uma confiança inexplicável, como se tivesse certeza absoluta de que ela não conseguiria o projeto.Mas Diego, afinal, sequer era responsável por aquele projeto. Por que ele estava tão confiante?Ao ouvir a provocação de Diego, Natalie começou a ligar os pontos. Com base em tudo o que já tinha visto, ela finalmente entendeu por que Diego estava tão certo de si. Era óbvio que ele tinha feito algo por debaixo dos panos para prejudicar Alana. O conflito entre eles só aumentava, e isso era algo que Natalie apreciava. Ela detestava
— Melhor assim. — Disse Alana, levantando levemente a sobrancelha. — Então, Sr. Diego, sente-se educadamente e me assista subir ao palco para discursar.Diego fixou o olhar no rosto confiante de Alana, e seus punhos ao lado do corpo se fecharam lentamente.“Vagabunda, me aguarde.” Pensou Diego, com seus olhos queimando de raiva.Alana, no entanto, manteve o olhar firme e desafiador, sem demonstrar o menor sinal de medo.Foi Natalie quem puxou Diego pelo braço, tentando acalmar o homem furioso. Somente assim ele se sentou, embora a contragosto.Ao ver isso, o sorriso no canto dos lábios de Alana se alargou. Se alguém estava disposto a se colocar em uma posição para ser humilhado, ela não se importava em brincar um pouco. Era algo que ela faria com prazer.Com passos elegantes, Alana se virou e caminhou até o responsável pelo evento. Com seriedade, pegou das mãos dele o documento oficial do projeto.— Parabéns, Srta. Alana. Espero que o Grupo Griiff e o Grupo Alves tenham uma parceria de