Desde pequena, Liz tinha uma saúde frágil. Talvez fosse por isso que Laura sempre foi mais paciente e cuidadosa com ela. Além disso, Liz era... Laura apertou os lábios ao pensar nisso. Depois de um breve momento, ela olhou para Liz e disse: — Você é muito atenciosa, minha filha. Eu entendi. Vou conversar com sua irmã. Você tem razão, para conquistar o respeito das pessoas, a opinião de quem está abaixo também é importante. Não podemos agir de forma impulsiva. Liz sorriu, com um brilho satisfeito no olhar: — Fico feliz que a senhora me entenda, mãe. Eu só quero o melhor para minha irmã. — Boa menina. — Laura deu um leve tapinha no dorso da mão de Liz e mudou o tema da conversa. — Minha filha, você é realmente uma boa garota. Eu sempre soube disso. Mas me diga, o que você pretende fazer sobre o Nelson? Aquele assunto ainda era uma ferida incômoda no coração de Laura. Afinal, eram suas duas filhas, e agora, por causa de um homem, a situação havia se tornado tão constrangedora.
Laura sempre foi rigorosa com Alana, mas, com Liz, era diferente: ela sentia mais compaixão. Liz, desde pequena, teve a saúde frágil e sempre foi mais sensível e compreensiva. Não importava o que fosse, Liz sempre parecia pensar na perspectiva da mãe. Por isso, entre Alana e Liz, Laura, no fundo, tendia a ser mais parcial com Liz, mesmo que não soubesse expressar isso claramente. Além disso, as responsabilidades da empresa frequentemente a deixavam sobrecarregada, e ela raramente tinha tempo para se preocupar com outros assuntos. Justamente por isso, às vezes Laura acabava negligenciando as dinâmicas e conflitos entre suas filhas. — Liz, não importa o que aconteça, se você sofrer alguma injustiça, venha e me conte. Eu estarei sempre do seu lado. Liz assentiu, com um semblante obediente: — Mamãe, eu sei. Obrigada.— Certo, agora vá se ocupar. Liz finalmente saiu do abraço de Laura e se retirou. Assim que voltou ao quarto, entretanto, sua expressão mudou completamente. Ela ol
Desde o último encontro, Diego não conseguiu mais nenhuma notícia de Alana. Essa ausência o deixava cada vez mais inquieto. Mesmo os informantes que ele havia enviado não conseguiam obter informações concretas sobre a segunda filha da família Alves. — Uma cambada de inúteis! — Diego resmungou, irritado, enquanto andava de um lado para o outro em seu quarto. Repassando os últimos acontecimentos, ele não pôde evitar pensar que havia algo estranho em Alana. Durante o tempo em que estiveram juntos, Alana parecia tão submissa e dócil. Mas agora que haviam terminado, parecia que ela finalmente estava mostrando sua verdadeira face. — Alana, sua vadia! Já que você foi injusta comigo, não me culpe por ser igual. Vamos ver quem será o vencedor no final! Diego apertou o celular com tanta força que os tendões na parte de trás de sua mão ficaram visíveis. Ele pensou em um contato de alto cargo que tinha dentro do Grupo Griff, alguém com quem havia cultivado uma relação amigável anteriorme
Enquanto isso, em outro lugar.O gerente voltou cabisbaixo para o escritório e, logo ao entrar, pegou o telefone e ligou para Liz para reportar o progresso:— Srta. Liz, a tarefa que você me pediu já foi concluída.— Você fez um ótimo trabalho. — A voz de Liz, satisfeita, ecoou do outro lado da linha.Mais tarde, ao final do expediente, o gerente pegou as chaves do carro e saiu acompanhado de Alana em direção ao restaurante Nuno Rest. Assim que entraram na sala reservada, encontraram dois homens de meia-idade, com barrigas proeminentes, já esperando por eles.— Sr. Daniel, Sr. Roberto, que prazer revê-los! Espero que estejam bem.Com um sorriso no rosto, o gerente, Paulinho, se aproximou para cumprimentá-los. Os dois, no entanto, permaneceram sentados, com uma postura altiva. Levantaram os copos como quem cumprimenta de forma condescendente:— Sr. Paulinho, ouvimos dizer que você está bastante envolvido com o projeto do Grupo Griiff. É compreensível estar ocupado.Paulinho acenou com a
Alana não teve escolha a não ser permanecer em silêncio, mantendo um leve sorriso no rosto:— Muito bem, vejo que os senhores são pessoas de espírito livre. O principal objetivo da nossa reunião hoje é propor uma redução adicional de 5% nos lucros. Este é o valor mínimo que o Grupo Alves pode oferecer.Daniel e Roberto trocaram olhares. Então era isso que o Grupo Alves queria? No fundo, já sabiam que, com o projeto do Grupo Griiff em mãos, qualquer produto que viesse dessa parceria seria um sucesso de vendas. Não havia preocupação com demanda o que realmente importava era qual grupo conseguiria fechar o contrato. E, pelo andar da carruagem, o Grupo Alves tinha uma boa chance de sair vencedor.Se isso acontecesse, conceder os 5% de desconto era algo que poderiam aceitar. Contudo... a questão da bebida era outra conversa.— Srta. Alana, negócios, negócios... mas são coisas que só se resolvem depois que brindamos algumas vezes. — Daniel falou com um tom enigmático, mas carregado de insinu
Juan falou de maneira despreocupada:— Sendo assim, esse negócio…Ele deixou a frase no ar, mas Daniel e Roberto, sendo homens experientes, entenderam imediatamente o que ele queria dizer.Ambos se voltaram para Alana com sorrisos forçados:— Srta. Alana, nós aceitamos as condições que você propôs. Você trouxe o contrato? Podemos assiná-lo agora.— Trouxe, sim.Alana respondeu, ainda um pouco surpresa com a reviravolta. Quando segurou o contrato em mãos, mal conseguia acreditar que tudo havia se resolvido tão rápido.O restante do jantar foi tranquilo para Alana, mas para Daniel e Roberto, a refeição foi um verdadeiro tormento. Sob a pressão de Juan, eles comeram como se estivessem em uma prisão, cada mordida pesada e desconfortável.Juan, por outro lado, parecia completamente à vontade. Ele não estava ali para negociar ou criar laços. Sua única intenção ao aparecer era clara: proteger Alana.Para ele, sua esposa era alguém que ele mesmo raramente ousava repreender. Como poderia tolera
Juan percebeu que algo estava errado com Alana, mas não disse nada enquanto Paulinho saía. Ele sabia que, naquele momento, a prioridade era cuidar do estado dela.— Está tudo bem? — Perguntou ele com a voz baixa, inclinando-se levemente para olhar seu rosto.Alana balançou a cabeça, tentando manter as aparências:— Estou bem, só acho que bebi um pouco demais.Ela afastou a mão de Juan e tentou caminhar para fora do restaurante. No entanto, assim que deu dois passos, seu corpo vacilou, quase caindo no chão.Felizmente, Juan estava perto o suficiente para segurá-la a tempo.Ele suspirou enquanto a segurava firme, percebendo que ela estava apenas tentando se mostrar forte. Sem dizer mais nada, passou os braços ao redor dela e a ergueu com facilidade, carregando-a no estilo "princesa".— O que você está fazendo? — Alana exclamou, surpresa com o gesto repentino.— Estou te levando para casa, é claro. — Respondeu Juan, com um tom calmo, mas firme.Ele saiu do restaurante com Alana nos braços
Alana deu um leve "hm" e perguntou:— O que é isso?— Sopa para ressaca. — Respondeu Juan, sentando-se ao lado dela e deixando-a descansar naturalmente em seu ombro largo. — Você bebeu tanto ontem que, com certeza, está com dor de cabeça agora. Fiz essa sopa para ajudar você a se sentir melhor.Alana olhou para a sopa de coloração laranja-amarelada. Sentiu um calor suave no peito, como se algo macio tivesse tocado seu coração.Ela ergueu os olhos e observou a expressão serena de Juan, seus traços impecáveis e o nariz perfeitamente delineado. Seu coração começou a bater mais rápido, quase sem que ela percebesse. Se ela realmente tivesse que considerar um parceiro para casamento, Juan era, sem dúvida, uma escolha ideal. Ele era muito mais do que Diego havia sido.Juan, percebendo o silêncio dela, franziu levemente o cenho:— O que foi? Por que está parada aí? É melhor beber enquanto está quente, dá mais resultado.Alana, ainda um pouco distraída, assentiu e abriu levemente os lábios, per