Juan, no entanto, insistiu com convicção: — Eu não acredito. — O que tem para não acreditar? — Perguntou Alana, franzindo levemente as sobrancelhas. Ela não esperava que Juan pudesse ser tão infantil. Juan manteve o semblante sério, as sobrancelhas contraídas: — A menos que você me dê um beijo. Alana arregalou os belos olhos, incrédula de que aquelas palavras realmente tinham saído da boca de Juan. — Você… está falando sério? — Perguntou ela, com evidente surpresa. Juan encontrou o olhar chocado de Alana. Apesar de se sentir um pouco constrangido, ele pensou: afinal, uma beleza estava bem diante dele, então usar pequenos truques para aproximar-se não parecia nada errado. Ele assentiu com firmeza, mantendo o tom sério: — Sim, estou falando sério. Depois disso, ele ainda inclinou o rosto para mais perto dela, esperando o beijo. Alana sentiu o aperto firme da mão de Juan em seu pulso e, sem outra escolha, suspirou de leve. Em um ato de rendição, ela rapidamente se in
Alana estava tão cansada que nem sequer se lembrou de ir para o quarto de hóspedes... E foi assim que a cena constrangedora daquela manhã aconteceu.Juan observou as mudanças de expressão no rosto de Alana, que parecia um verdadeiro caleidoscópio de emoções, e um brilho de diversão passou por seus olhos. Ele falou com a voz baixa, mas carregada de humor:— Pelo visto, você já entendeu tudo, não é?A voz de Juan tinha um tom evidente de provocação.Alana desviou o olhar, evitando encará-lo:— N-não… Não quero falar disso. Preciso ir trabalhar.Ela achava que o erro tinha sido dela mesma, que havia se confundido no cansaço da noite anterior. Tudo aquilo era realmente muito embaraçoso.Tudo o que Alana queria agora era fugir dali o mais rápido possível.Ao ver a reação dela, o sorriso divertido nos olhos de Juan se intensificou. Ficava claro que ela havia se lembrado de tudo, caso contrário, não estaria com aquela expressão.Juan, percebendo isso, decidiu não insistir. Ele achou melhor de
Alana não queria que acontecesse nenhum contratempo na empresa enquanto ela estivesse fora.Se Liz tivesse algum novo movimento, ela também precisava saber imediatamente. Afinal, agora a ambição de Liz já era algo notório.Carolina, é claro, entendeu perfeitamente o recado de Alana e prometeu com convicção:— Pode ficar tranquila, diretora. Pode sair sem preocupações. Eu vou cuidar de tudo por aqui, garanto que nada de errado vai acontecer.Ao dizer isso, Carolina ainda fez uma reverência toda séria.Alana não conseguiu conter o riso ao ver aquela cena.— Chega, pare de fazer graça. Nem vou ficar tanto tempo fora, volto ainda hoje à tarde. — Falou Alana.Depois de passar as últimas orientações, Alana se preparou para sair. Ela se sentiu confiante, já que Carolina estaria ali cuidando da empresa.Após o almoço, Alana pegou a documentação do projeto e seguiu para o Grupo Griiff.Diante dos imponentes edifícios, Alana mais uma vez se perguntou quando conseguiria expandir o Grupo Alves até
Ao ouvir aquelas palavras, uma salva de palmas ecoou pela sala. Os olhares lançados a Alana agora carregavam ainda mais admiração.Apesar de jovem, Alana sabia se expressar e lidar com as situações. Além disso, era bonita, trabalhava com competência e tinha um jeito direto, humilde e generoso.Com tantas qualidades, era impossível que aquelas pessoas não gostassem de conviver com Alana. A maioria, na verdade, preferia muito mais estar ao lado dela.Quando a reunião terminou, Alana foi até a copa pegar um café e avistou um grupo de pessoas rodeando Juan.Juan, por sua vez, caminhava entre eles com uma expressão fria. Vestia um terno impecável, mas seu rosto não mostrava emoção alguma, o que o fazia parecer ainda mais distante e altivo.Alana franziu as sobrancelhas. Embora tivesse visto Juan mais cedo, pensou que ele estava ali apenas para discutir negócios.Agora, porém, ao observar o comportamento dos outros diante de Juan, percebeu algo diferente. Havia uma deferência especial, até m
Alana ficou imóvel, encarando Juan com sua expressão séria. No fundo, ela começou até mesmo a duvidar de si mesma.Seria mesmo como Juan estava dizendo? Afinal, fora isso, ela realmente não tinha outra teoria. A irritação e a dúvida no coração de Alana diminuíram um pouco. Meio desconfiada, ela perguntou: — O que você está dizendo... é mesmo verdade? Juan deu alguns passos na direção de Alana. Seus olhos brilhavam, e sua voz soou suave: — Naturalmente, é verdade. Foi só então que Alana acreditou no que ele dizia. Talvez, ele estivesse mesmo ali apenas para tratar de negócios. Ao notar que ela relaxava suas suspeitas, Juan respirou aliviado, mesmo que discretamente. No entanto, antes que ele pudesse relaxar completamente, Alana soltou uma pergunta inesperada: — Mas, toda vez que venho tratar do andamento dos projetos, acabo te encontrando. É coincidência assim mesmo? A frase pegou Juan desprevenido, e ele não soube como responder de imediato. Porém, ao encarar os olhos s
Depois que Alana saiu, ela não ficou pensando muito sobre o assunto. Afinal, tudo que Juan tinha dito fazia sentido; refletir demais não adiantaria de nada.O responsável, desde que recebera o telefonema de Edgar pedindo ajuda, passou a olhar para Alana de um jeito diferente. Ele achava que Alana era apenas uma gerente de projeto comum.Agora, percebia que a identidade de Alana talvez não fosse tão simples assim.Caso contrário, por que ele teria recebido um telefonema direto de Edgar?Afinal, Edgar era o assistente especial do presidente — alguém que ele quase nunca via durante o ano.O que mais o surpreendeu foi receber uma ligação do próprio, cujo único objetivo era afastar Alana dali e levá-la de volta.Quando ele chegou, ainda viu o presidente da empresa. Isso fez seu coração disparar. Uma resposta parecia prestes a surgir em sua mente.Alana percebeu que o responsável a encarava repetidas vezes. Uma ou duas vezes, tudo bem, mas depois de tantas, ela ficou intrigada.— O que foi?
Alana apertou os lábios, pensativa, tentando entender o que a mãe realmente queria.— Acho melhor eu ir até lá. — Disse Alana.Depois de refletir, Alana percebeu que, sabendo do que acontecera, fingir indiferença era impossível.Afinal, ela estava no Grupo Alves. Se voltasse ou não, a presidente saberia de qualquer forma. Não havia como esconder nada.Alana respirou fundo. Ao perceber isso, ela se convenceu ainda mais de que precisava enfrentar a situação, não fugir.Carolina também achou que Alana estava certa.— Tem mais alguma coisa que eu precise saber? — Perguntou Alana.Ao ouvir a pergunta, a assistente balançou a cabeça.— Não, Srta. Liz está muito tranquila, não aconteceu nada, e até agora só a presidente veio te procurar. — Respondeu ela.Alana assentiu e deixou para depois seus planos de voltar ao Grupo Griiff, seguindo direto para o escritório da presidente.Enquanto caminhava, Alana tentava adivinhar o motivo pelo qual Laura queria vê-la.Ela bateu na porta e, ao ouvir um “
Quando Laura viu Alana tão obediente naquele dia, e ainda mais parecida com ela mesma, sentiu uma mistura de carinho e melancolia.Alana, ao encarar o olhar da mãe, percebeu que Laura estava diferente. Laura a fitava de um jeito estranho, sem dizer nada, sem revelar logo o verdadeiro motivo da conversa.Se fosse antes, Laura já teria falado tudo de uma vez, resolvendo logo o assunto. Como poderia estar se comportando assim agora, enrolando tanto?Alana não conseguiu se conter e perguntou novamente.— Mãe, a senhora me chamou aqui hoje porque tem algum assunto específico?Sentar-se ao lado de Laura daquele jeito ainda deixava Alana um pouco constrangida.Ao ouvir a pergunta, Laura não conseguiu mais disfarçar. Ela olhou para Alana e, por fim, suspirou, decidindo contar a verdade em vez de continuar enrolando.Laura respirou fundo:— Na verdade, eu te chamei aqui hoje para conversar sobre sua irmã. Agora que estou entregando a empresa para você, fico pensando no que fazer com ela. Vocês