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Maria

Dirigi por toda a cidade até que a exaustão me levou à porta da mansão de Pedro. Ou talvez tenha sido a loba dentro de mim que guiou meus passos até aqui. Fiquei encarando a porta de entrada por tanto tempo que, no fim, decidi descer do carro e ir até lá.

Não tenho para onde ir. Desde o momento em que peguei o carro e saí sem rumo, só conseguia pensar que este era o único lugar que fazia sentido: ao lado de Pedro. Não deveria, mas, ao apertar a campainha e vê-lo atender, um alívio imediato tomou conta de mim.

Sem dizer nada, o abracei. Apertei seu corpo como se isso pudesse tirar toda a angústia do meu peito. Ele correspondeu, deixando a garrafa de bebida que segurava cair ao chão. Nem o som do vidro se quebrando me fez soltar Pedro.

— Você está tão quentinho… e cheirando a vinho.

— O que foi, minha? O que está angustiando o seu coração? Conta pra mim.

Fiquei calada por um bom tempo, apenas aproveitando aquele abr
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