Luiza não respondeu, olhando fixamente para o casal.Miguel pensou que ela estava apenas absorta em seus próprios pensamentos e não deu importância, relaxando na cadeira, bebendo lentamente e aproveitando a atmosfera calorosa e romântica ao redor.Depois de um tempo, algumas pessoas começaram a dançar.Em seguida, outros convidados foram contagiados e também puxaram seus parceiros para a pista para uma dança lenta.De repente, Luiza sentiu vontade de participar. Ela sorriu para Miguel e estendeu sua mão delicada.Miguel olhou para a mão dela, não disse nada, colocou a garrafa de lado e segurou a mão dela.Os dois se abraçaram e começaram a dançar lentamente na pista.A música fluía suavemente.Ela se encostou em seu peito, com a bochecha colada ao coração dele; naquele momento, ela não queria pensar em nada, só ouvir as batidas do seu coração, sentir o calor do seu corpo...Eles passearam até tarde antes de voltar.Quando chegaram à casa dele, o carro de Luiza já havia sido trazido de
— Você deve estar cansada. — Theo falou com suavidade.Luiza respondeu: — Não estou cansada, Theozinho, mas acho que vou descansar agora. A estilista virá às seis da manhã, e preciso acordar cedo amanhã.— Certo. — Theo disse com um leve sorriso. — Boa noite, Luiza.Luiza desligou o telefone.Theo ainda estava sentado no escritório do outro lado da linha, pensativo. Ele se virou e olhou para o cofre à sua frente.Estendeu a mão e digitou a senha, retirando de dentro do cofre um pen drive.Esse pen drive continha as imagens que sua mãe havia gravado anos atrás, imagens que nunca foram divulgadas.Bryan já havia falecido, e aquele pen drive havia perdido sua utilidade. Theo colocou o pen drive sobre a mesa e o destruiu com um martelo.A partir de agora, esse assunto jamais seria trazido à tona novamente....No dia do casamento.Às seis da manhã, a estilista chegou para arrumar o cabelo e maquiar Luiza.Luiza vestia um casaco branco sobre o vestido de noiva. Seu colo e ombros estavam m
Ela abriu a porta.O guarda-costas do lado de fora disse:— Srta. Luiza, a pessoa já foi resolvida. Você pode vir conosco agora.— Ok. — Luiza ajudou Melissa a sair, e um grupo de pessoas entrou no carro.No meio do caminho, porém, Melissa de repente teve um ataque, como se não conseguisse respirar, seus lábios ficando roxos.Luiza, surpresa, gritou:— Vovó, você está bem? Vovó...Melissa, com dificuldade para respirar, disse:— Luiza, o coração da vovó está doendo muito... Não consigo respirar...Íris, em pânico, falou:— Srta. Luiza, parece que a Sra. Melissa está tendo um infarto. Precisamos levá-la ao hospital imediatamente!Ao ouvir isso, Luiza, em estado de pânico, disse ao guarda-costas que dirigia:— Caio, minha avó está tendo um infarto! Nos leve rápido ao hospital mais próximo!Caio olhou para Melissa; ela estava com extrema dificuldade para respirar, e seu rosto começava a ficar roxo, não parecia estar fingindo.Mas ele temia que parar o carro atrasasse o tempo necessário pa
Após suas palavras, ele recuou para a retaguarda e acenou com a mão. De repente, dezenas de pessoas saíram dos carros de casamento, todas armadas, apontando suas armas para o lado de Eduardo.Eduardo também não estava despreparado. Já em estado de alerta, ao ver as armas do outro lado, seu grupo apareceu, erguendo suas armas negras e ameaçadoras.As duas partes estavam prestes a entrar em combate.Nesse momento, o telefone de Theo tocou. Era Laís quem estava ligando. Ela havia sido nocauteada pelos seguranças e caído ao lado de um vaso de flores.Ao acordar, percebeu que todos em casa tinham desaparecido. Desesperada, ligou para Theo.— Sr. Theo, a Srta. Luiza e a Sra. Melissa desapareceram, foram levadas por alguém.Ao ouvir isso, Theo percebeu que havia um problema. Seus olhos gélidos se voltaram para Eduardo enquanto ele falava friamente:— Luiza desapareceu, foram vocês?— Claro, a senhora e nosso senhor têm uma ligação profunda e já estão juntos novamente. — Eduardo provocou Theo
Quando viu Miguel se aproximando, Luiza sentiu seu coração disparar. Se fossem apenas os seguranças e Caio, talvez ainda tivessem uma chance de lutar. Mas com Miguel presente, a probabilidade de escapar era muito baixa.Luiza fechou os olhos em desespero. Quando os abriu novamente, já estava calma. Se virou e sussurrou para a avó: — Vovó, o Miguel chegou. Acho que não vou conseguir escapar. Vamos nos dividir em dois grupos. Eu vou distraí-lo, e você segue com o Lucas e os outros para a pista de decolagem e vá para o país R.A avó carregava segredos importantes. Luiza não podia permitir que ela caísse nas mãos de Miguel, pois se a avó fosse capturada, seria quase impossível escapar do controle de Miguel.Desde que Luiza recebeu uma ligação de Dalila, e descobriu através dela que Francisco era seu genro, ela não teve mais dúvidas sobre ele. Ele era uma boa pessoa.Melissa discordou, balançando a cabeça. — Luiza, como eu posso te deixar sozinha e ir embora?Luiza respondeu calmamente:
— Eu sabia que você estava me enganando o tempo todo.Miguel soltou um riso frio, sentindo seu coração afundar. A vontade de estrangulá-la era quase incontrolável.Durante todo esse tempo, ele foi constantemente dilacerado entre confiar nela e suspeitar dela.Quando desconfiava, se sentia desprezível, se questionando porque não conseguia confiar na mulher que amava. Mas quando tentava confiar, tudo parecia suspeito demais.Especialmente em relação ao Bryan. Ela poderia ter contado a ele, mas escolheu o esconder e resgatar o Bryan por conta própria.Então, ele decidiu jogar o mesmo jogo, enviando Bryan de volta ao país e colocando alguém para vigiar o quarto do hospital 24 horas por dia.Ontem, finalmente obteve uma resposta. O médico do sanatório ligou para dizer que algumas pessoas desconhecidas haviam aparecido, fazendo perguntas sobre o quarto de Bryan.Naquele momento, Miguel entendeu tudo.Luiza o estava enganando.Naquela mesma manhã, ela ainda estava com ele na suíte, fazendo a
Miguel não acreditava mais naquela mulher cheia de mentiras.Ele não acreditava que ela realmente morreria.Antes, para sobreviver, ela foi capaz de fazer coisas que a deixaram sem dignidade alguma. Como ela poderia estar disposta a morrer agora?Ela só queria testar sua reação, mas ele não cairia mais tão facilmente.O rosto de Luiza estava pálido como a morte. Após um momento, ela acenou levemente com a cabeça e disse: — Certo, então espere eu morrer, e depois libere minha avó.Miguel olhou com desprezo para ela.Luiza sabia que ele não acreditava mais nela. Olhou ao redor e viu que um dos seguranças segurava uma faca, cujo brilho cortante refletia no ambiente.Sem hesitar, ela correu e arrancou a faca da mão dos seguranças, a cravando em sua própria barriga.Miguel não esperava que ela fosse pegar a faca, e seu rosto mudou de expressão. Ele correu para detê-la, mas já era tarde demais.Luiza já havia enfiado a lâmina em sua barriga, e o sangue vermelho vivo jorrou imediatamente, pr
— E minha avó? — Ela perguntou de repente.Ela pensou que ele não responderia, mas para sua surpresa, ele disse: — Ela foi para o país R.Luiza ficou um pouco atônita. — Você a liberou?— Não foi você quem disse? Desde que eu a liberasse, você não teria nenhuma queixa sobre como eu vou tratar você no futuro. — Ele falou com frieza, sem demonstrar emoções.Após um momento de surpresa, Luiza sorriu. — Sim.Miguel achou que o sorriso dela era um pouco ofuscante e, com um tom de raiva, disse: — A partir de agora, você terá que suportar qualquer coisa que eu faça com você.Ela não sabia como ele pretendia a tratar no futuro. Mas sua avó já havia ido para o país R, e Felipinho também estava lá, então Luiza estava aliviada.Ela deu um sorriso amargo e respondeu: — Faça o que quiser.Luiza ficou alguns dias no hospital, e Miguel não apareceu.Uma semana depois, uma mulher de meia-idade veio a buscar, dizendo que era Ângela, a governanta da Mansão Jardim.— Mansão Jardim?Luiza nunca tinh