Ela o olhava com um ar de pura e desesperada inocência.Miguel soltou uma risada sarcástica, com um tom quase indiferente: — Você acha que eu vou acreditar em você?Ele já não confiava mais nela.Luiza entendeu que, neste momento, ele provavelmente achava que ela estava tentando o seduzir apenas por medo da morte. Mas mesmo que fosse assim, ela precisava enfrentar a situação. Enrolou suas pernas delicadas em torno das dele e disse: — Se você não confia em mim, então me mate.Ela ainda demonstrava uma certa tristeza.Miguel olhou para ela, com a linha dos lábios ligeiramente tensa: — Quantas vezes você vai fazer a mesma coisa? Não acha isso muito baixo e entediante?Se referia à tentativa de o seduzir.Luiza perguntou: — Você realmente quer me matar?Miguel permaneceu em silêncio.Luiza sabia que ele, com certeza, estava relutante em matar ela e tentava se manter firme. Estendeu a mão e acariciou seu rosto atraente, perguntando:— Ou talvez você prefira ficar assim comigo?Depois, c
Luiza, claro, não iria aceitar. Ela era uma pessoa independente e não aceitaria ser mantida trancada e não ver ninguém pelo resto da vida.Quando estava prestes a recusar, Miguel apertou seu queixo, a impedindo de terminar a frase, e riu friamente: — Está decidido. Foi você quem me seduziu primeiro, então, pelo resto da sua vida, você terá que arcar com as consequências dessa decisão.Ele mordeu seu pescoço branco, deixando marcas de mordidas.Luiza franziu a testa de dor. Miguel estava agindo como um louco. Durante o ato, seus comportamentos eram quase cruéis, como se quisesse causar dor e, ao mesmo tempo, experimentar um prazer indescritível...No meio dessa satisfação sem fim, parecia que ele havia aceitado essa configuração, a envolvendo com força e dominando seus lábios, tomando sua respiração de maneira possessiva.Luiza estava quase sem conseguir respirar devido ao beijo intenso. Seus grandes olhos estavam cheios de desamparo, e ela o espancava com força no ombro, dizendo: —
Luiza não pôde evitar um leve rubor no rosto.Depois de olhar, Miguel a encarou, sua voz agora um pouco mais suave. — Vou mandar alguém trazer um medicamento para você mais tarde.Luiza fez um biquinho, se sentindo um pouco injustiçada. — Agora você sabe como estou sofrendo, não é?Ele não a via tão desamparada havia muito tempo e, sem perceber, ficou um pouco distraído. Depois de um tempo, ele comentou: — Inexperiente e gosta de brincar, sabendo que é frágil, ainda assim tenta me seduzir assim.Luiza não queria corar, mas ao ouvir isso, seu rosto ficou corado de repente. Seus cabelos ligeiramente longos caíam sobre os ombros, dando a ele um ar doce e sedutor.Era uma cena bastante tentadora. Miguel a beijou novamente, com a voz rouca. — Seja mais comportada daqui para frente.Na manhã seguinte, ele realmente mandou alguém entregar o medicamento.Luiza estava com um pouco de vergonha, pegou o tubo de pomada e perguntou ao segurança que trouxe a comida: — Pode devolver meu celular
Na verdade, ele estava apenas dando a ela mais dois dias.Luiza se sentiu um pouco frustrada e perguntou: — Eu estou desaparecida há tanto tempo, ninguém está me procurando lá fora?Ela já estava na situação de sequestro por quase cinco ou seis dias.Miguel respondeu: — Está sim. O Theo está procurando você por toda parte, mas, infelizmente, ele está tão sobrecarregado que não tem tempo para te buscar.— E o que você fez para segurar ele?— Causei problemas para ele. Não só a empresa dele enfrenta dificuldades, como ele também corre o risco de ser alvo de bombas ou tentativas de assassinato enquanto caminha pela rua...Miguel tinha um olhar sombrio, refletindo o que Theo já havia feito a ele no passado. Agora, ele estava apenas devolvendo a moeda.— Você veio à América para matar ele?— É isso que te preocupa? Tem medo de que eu mate seu noivo?Miguel apertou o queixo dela, com um olhar que parecia um sorriso, mas não havia alegria em seus olhos.Luiza sentiu um leve pânico e tentou
O que ele disse, na verdade, refletia sua falta de confiança nela, achando que ela estava mentindo. Luiza entendia, pois ele já havia sido enganado por ela antes e, após tanto tempo, estava especialmente cauteloso.Luiza respirou fundo e disse: — Minha avó ainda está sob o controle dele. Naquele dia, eu passei um tempo no hospital observando, e ele mandou muitas pessoas para vigiar minha avó.— E então? O que você quer fazer? Que eu resgate sua avó? — Miguel a olhou.Luiza tomou um gole de água antes de responder: — Não quero te incomodar. Só peço um pouco de tempo para que eu mesma possa resolver a situação da minha avó.Ela queria levar consigo os segredos do Grupo Santos Internacional e sair com o pai e a avó. No entanto, ainda não sabia quais eram esses segredos e precisava voltar para descobrir.Ela não ousava pedir ajuda ao Miguel, se ele descobrisse tudo, poderia tentar tomar os segredos do Grupo Santos Internacional para a controlar. Neste momento, Luiza sentia que ninguém
Miguel hesitou por alguns segundos e, em seguida, correu para a abraçar. Ela estava com o corpo fervente e já um pouco delirante devido à febre.— Luiza. — Miguel chamou seu nome com urgência.A cabeça de Luiza pendia sem forças em seu abraço, e ela estava meio confusa, sem responder. Miguel sentiu um peso no coração e deu instruções ao Eduardo para encontrar um médico. — Eduardo, chame um médico para cá.A médica chegou rapidamente, examinou Luiza e disse que a febre era causada pelo excesso da indulgência anterior, que havia causado uma lesão e, por isso, ela estava com febre. A médica prescreveu alguns medicamentos e recomendou que Miguel não fosse tão agressivo.O rosto de Miguel escureceu um pouco ao ouvir isso. Ele pegou os medicamentos e voltou para o quarto. Luiza ainda estava deitada ali, tremendo de frio e se abraçando.— Miguel… — Ela murmurou seu nome, com os lábios trêmulos.Miguel ficou surpreso por um momento, então se aproximou e a envolveu cuidadosamente em seus bra
Ele se sentou e disse: — Eu já te disse, eu não vou te matar. Se você ficar ao meu lado daqui para frente, estou disposto a te dar mais uma chance.— Então eu não quero. — Ela virou a cabeça, se encolhendo como um camarão. — Minha avó está presa agora. Como posso ir com você para a cidade sem me preocupar? Eu só preciso de um pouco mais de tempo para resolver as coisas. Você tem que ser tão apressado?Seus olhos estavam cheios de lágrimas, e seu rosto bonito estava marcado pelas marcas das lágrimas.Miguel manteve os lábios firmemente pressionados, com a voz rouca: — Eu só não quero complicar mais as coisas.— Salvar minha avó não pode ser considerado complicar as coisas. Luiza, vendo sinais de fraqueza nele, se levantou e se sentou em seu colo, fazendo um bico com os lábios e continuando: — Eu te peço, não preciso que você faça nada, só quero que você me dê um pouco mais de tempo. Se você está ocupado, vá para o país primeiro e, quando eu resolver as coisas aqui, eu vou te encontr
Miguel respirou profundamente e, a envolvendo com o cobertor, a segurou firmemente. Ele disse: — Não se agite mais, você está doente há dois dias. Tenho medo de perder o controle e que você não aguente.Luiza, sendo pressionada contra ele, sentiu seu rosto ficar inexplicavelmente vermelho. Com as mãos no pescoço dele, ela perguntou: — Então você vai aceitar?— Se você me trair, eu vou te matar na cama. — Miguel respondeu, sem entender completamente seus próprios sentimentos ou porque estava concordando com ela. Talvez ele não quisesse que a relação entre eles ficasse ainda mais tensa. Em vez de se afastarem, ele preferia uma relação doce e carinhosa...Os lábios finos de Miguel tocaram os dela, e ele completou: — E, como você disse, eu vou te vigiar 24 horas por dia.Luiza não esperava que ele realmente fosse cumprir a promessa. Mas como já havia se comprometido, ela teve que aceitar. — Tudo bem.Naquela noite, eles dormiram juntos, e Miguel não a tocou, mas a beijou do topo da